Resumo da corrida

Resumo da corrida

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Com um número recorde de sessenta equipas inscritas, 1950 foi um grande ano para as 24 horas de Le Mans. A concorrência foi renhida, mas a história reteve sobretudo a fantástica recuperação do Talbot Lago T26 GS.
 

Depois de vinte e quatro horas de corrida, os clnco primeiros acabaram com apenas cinco voltas de diferença. Separavam-nos apenas 95 km, o que demonstra ambição demonstrada na prova. É preciso dizer que os bólides inscritos eram cada vez mais uns verdadeiros monstros de competição. O americano Briggs Cunningham inscreveu dois Cadillac: uma barqueta protótipo muito original que ele denominava «O Monstro» e um coupé Tipo 61 saído de série. A Ferrari, a Talbot e a Aston Martin partilhavam da preferência do público, enquanto a Simca Gordini apresentava uma lista de pilotos particularmente fogosos como Maurice Trintignant, José Froilan Gonzales, Juan Manuel Fângio ou Jean Behra; no entanto, nenhum dos sete carros presentes à partida conseguiu terminar. À cabeça e muito rápido desde o início da prova, Raymond Sommer começou por bater o recorde da volta mais rápida. Mostrava-se exuberante ao volante do Ferrari 195 SC, mas, de repente, o circuito eléctrico do nº 25 deu de sÍ depois de doze horas de corrida. Vários carros de pequena cilindrada franceses, como os 4 CV da Renault os Dyna da Panhard ou os Simca 6 e 8, estavam a bater-se pelo índice do desempenho. Venceu o Panhard Monopole Tank X 84 de 611 cc, pilotado por Jean Hemard e Jean de Montremy. Com uma maior cilindrada. Louis Rosier no seu Talbot nº 5 tomou conta dos acontecimentos a partir da segunda hora, mas às cinco teve de parar cerca de 45 minutos nas boxes. Voltou a partir assanhado e ultrapassou um a um todos os seus adversários para acabar a corrida à sua frente. Muito diferentes dos bólides enormes de antes da guerra, os Talbot evoluÍram como muitos dos concorrentes para linhas perfiladas mais conforme os carros de corrida. As mecânicas também evoluíram tornando-se cada vez mais potentes sem sacrificarem a fiabilidade. No fim, a Talbot terminou com uma fantástica dobradinha. O carro de Pierre Meyrat/Guy Mairesse, derivado do modelo de Grande Prémio, e à frente de um surpreendente Allard motorizado com um Cadillac V8 de 5.4 litros. Esta edição andou verdadeiramente depressa, já que os quinze primeiros superaram a barreira dos 3000 km percorridos.
Poucos repararam na estreia dos primeiros Jaguar. No entanto, dois dos três Tipo C classificaram-se honrosamente na décima segunda e décima quinta posição. Eram os primeiros de uma longa saga da Jaguar em Le Mans.

Lendas de Le Mans
Planeta de Agostini
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