Resumo da corrida

Resumo da corrida

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Na sua segunda participação nas 24 Horas de Le Mans, a Jaguar deixou pela primeira vez a sua marca nesta corrida mítica. A equipa do felino saltador entrou com o pé direito nos seus anos resplandecentes com os Tipo C.
 

Os espectadores podiam contar com cinco grandes cilindradas na grelha de partida: dois Allard e três Cunningham de motor Chrysler de 5.5 litros. Assim sendo, os cinco Talbot de Gonzales, Marimon, Fangio, Rosier e Levegh ou os quatro Ferrari de Chinetti, Lucas, Chiron e Dreyfus pareciam estar ali apenas para marcar presença. Era notório que o nÍvel de preparação aumentava de ano para ano e confirmava-se a tendência de 1950: os automóveis presentes em Le Mans tinham um perfil talhado para a competição. E tirando a lengalenga do Renault 4 CV afectuosamente denominado «Quatro Cavalos», ou do Simca Huit, a música que saía dos tubos de escaoe não deixava dúvidas quanto à vocação desportiva dos motores. E se para uns as 24 Horas de Le Mans desse ano foram uma festa, para Amedée Gordini revelaram-se um desastre, já que nenhum dos seus quatro Simca inscritos conseguiu acabar a prova. No fim da temporada de 1951, a Simca retirou-lhe a confiança.

Os veÍculos verdes ingleses surgidos no ano anterior deram nas vistas. mas destacou-se muito em particular um jovem piloto de 22 anos que corria certamente com o diabo no corpo, mas também com uma maturidade espantosa. Esse homem chamava-se Stirling Moss.

As primeiras horas decorreram a um ritmo desenfreado, enquanto o Jaguar C de Stirling Moss e os Talbot de Juan Manuel Fangio e Jose Froilan Gonzales travavam uma batalha de antologia. Não muito longe, os outros Talbot, Ferrari e Tipo C esperavam pelo menor passo em falso. E com uma boa razão, pois as mecânicas dos líderes da corrida falharam redondamente na mesma volta durante a nona hora: junta da colaça no Jaguar e sistema de refrigeração no Ferrari. Um pouco mais tarde, na décima terceira hora, o Talbot n.º 7 de Gonzales também abandonou com o radiador furado. Durante esta décima nona edição, bateram-se todos os recordes de velocidade e de distância: o Jaguar C de Peter Walker e de Peter Whitehead superou a fasquia mÍtica dos 3500 km; Stirling Moss efectuou várias voltas a uma média de mais de 169 km/h e o número de inscritos atingiu a cifra de sessenta participantes como no ano precedente. Também se assistiu a uma estreia na jovem história da equipa Ferrari: as senhoras Simon e Haig terminaram no décimo quinto lugar da classificação geral ao volante do 166 MM Coupé inscrito pelo incontornável Luigi Chinetti que se classificou na oitava posição. Também se deve evidenciar que o motor de 611 cc (a mais pequena cilindrada à partida) do Panhard pilotado por Raymond Gaillard e Pierre Chancel manteve-se sem fraquejar durante as duas voltas do relógio e terminou em vigésimo quinto com 2576,61 km percorridos.


Lendas de Le Mans
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