Os Portugueses em Le Mans

Os Portugueses em Le Mans


Neste espaço gostaria de contar algumas das muitas histórias que os nossos compatriotas protagonizaram e protagonizam em Le Mans, tanto como pilotos, mecânicos, comissários de pista, jornalistas... enfim de Portugueses.
Para tal gostaria de ter a vossa colaboração.




Os Portugueses em Le Mans

Quando se fala nos Portugueses em Le Mans, fala-se essencialmente nos pilotos, no entanto esquecem-se todos os outros protagonistas, sejam eles dirigentes de equipas, mecânicos, comissários, jornalistas, fotógrafos etc. todos eles fizeram e fazem parte desta prova mítica, com mais sucesso do que aquele que se poderia supor…

A primeira aparição de um nome lusitano surge logo em 1929, Alfredo Luis Miranda, que fazia equipa com Charles Moran (USA) num Du Pont Model G Speedster tendo abandonado com problemas de transmissão com 20 voltas, mas Alfredo Luis surge com a nacionalidade francesa, teria dupla nacionalidade? Segundo o livro "Americans at Le Mans" Miranda seria "Alfredo J. Miranda Jr.", pertencia à família mexicana Miranda Brothers International que se dedicava ao comércio de armas.

Em 1935 surge novo nome supostamente português, e desta vez um vencedor... Luis Fontes, que com Johnny Hindmarsh vence num Lagonda M45 Rapide. No entanto tal como Alfredo Luis, certezas não há, a única certeza que existe é que tinha dupla nacionalidade e que uma delas era francesa. A dúvida surge se a segunda nacionalidade seria portuguesa, brasileira ou argentina, no entanto o nome surge como Luis Fontès.

A primeira aparição nacional "oficial" surge entre 1952 e 1955 com António Marques, um mecânico da Scuderia Ferrari.

  • A primeira participação de um piloto português surge em 1960 com Carlos Manuel Reis que com Raymond Quilico (F) conduziu um Stanguellini Bialbero 740 tendo abandonado com problemas de motor ao fim de 103 voltas.

  • 8 anos mais tarde, em 1970 Hélder de Sousa, era o responsável pela logística das deslocações e cronometragem da equipa VDS de Gustave Gosselin e Teddy Pilette, conduziam um Lola T70 acabaram por abandonar com problemas de caixa de velocidades com 109 voltas cumpridas. Helder de Sousa esteve também ligado ao mítico filme de Steve McQueen, "Le Mans", onde prestou assistência ao Lola "emprestado" às filmagens. 1970: Um português em Le Mans

  • Mário Araújo "Nicha" Cabral foi o seguinte em 1972 na equipa do Jo Bonnier, mas um mal entendido no seio da equipa fez com que Nicha Cabral não tivesse conduzido. A equipa abandonou com problemas de embraiagem. Esta participação ficou marcada com o acidente fatal do chefe da equipa, Jo Bonnier, que colidiu com o Ferrari de Florian Vetsch.

  • Em 1981, Domingos Piedade participa como Director da GS Sport, onde participa com um BMW M1/GS tripulado por Hans-Joachim Stuck/ Jean-Pierre Jarier/Helmut Henzler, o resultado não foi o melhor, porque abandonaram com o chassis partido com apenas 57 voltas. Na mesma equipa Joe Gonçalves é um dos mecânicos.

  • Em 1982, Domingos Piedade é de novo Director da GS Sport, com os Sauber SHS C6, mais uma vez com Hans-Stuck/Jean-Louis Schlesser e Dieter Quester, o resultado foi o abandono com motor partido.

  • 1983, Domingos Piedade agora como director desportivo da Joest Racing e consegue um 6º lugar com o Porsche 956 tripulado por Klaus Ludwig/Stefan Johansson/Bob Wollek, isto depois do carro ter batido quando estava na liderança, onde foram obrigados a fazer o resto da prova com o "normal tail", isto porque não dispunham de mais nenhum "long tail" de reserva.

  • Entretanto em 1984 e 1985 a presença portuguesa em Le Mans saudou-se com 2 vitórias, Domingos Piedade ainda como director desportivo da Joest Racing com Henri Pescarolo/Klaus Ludwig em 1984. Em 1985 a vitória coube a Klaus Ludwig/Paolo Barilla/John Winter, com um Porsche 956. Pela segunda vez na história da prova o mesmo carro chega à vitória, com o mesmo chassis o mesmo motor e com o mesmo número (7). Inédito até à altura!

  • Em 1986, Domingos Piedade, ainda e sempre como director desportivo da Joest Racing, com o carro, o nº7 (o mesmo chassis que tinha ganho nos dois anos anteriores) é obrigado a abandonar com problemas de motor quando liderava com um avanço de mais de uma volta para o futuro vencedor, isto após a grande neutralização que a corrida teve devido ao acidente no qual viria a falecer Jo Gartner.

  • Em 1991 Carlos Barros estreia-se em Le Mans pela Peugeot, como chefe dos mecânicos do carro nº6 o 905 de (Keke Rosberg/Yannick Damas/Pierre-Henri Raphanel cujo resultado foi um abandono com problema de caixa de velocidades ao fim de 68 voltas.

  • Em 1992, Carlos Barros também esteve na origem da vitória da Peugeot como chefe da equipa de mecânicos do carro nº1 (Yannick Dalmas/ Thierry Boutsen/Mark Blundel).

  • Entre 1993 e 1995 uma equipa de comissários da ACDME fazem parte da equipa de comissários presentes na prova, de onde resulta o episódio do "Porra's Bar".
    Carlos Barros é novamente chefe da equipa dos mecânicos do carro nº1, desta vez com Yannick Dalmas/Thierry Boutsen/Teo Fabi) que concluíram em 2º.
    Eduardo Freitas, actual director de prova, era chefe de posto no posto nº50 (entre as chicanes da recta das Hunaudières).

  • Em 1996 e 1997 nova vitória da Joest Racing, ambas tal como em 1984 e 1985 com o mesmo carro e com o mesmo número (7). Manoel Reuter/Davy Jones/Alexander Wurz em 1996 e Michele Alboreto/Stefan Johansson e um tal de Tom Kristensen que até à data é o recordista de vitórias, 8 no total!!!). Estas vitórias tiveram também com o apelido Piedade como director de equipa, desta vez Marc Piedade, filho de Domingos.

  • Ainda em 1996 e pela primeira vez e única até hoje, surge uma equipa formada por 3 irmãos, Pedro, Manuel e Tomaz Mello Breyner que tentam a pré-qualificação com um Porsche 911 GT2 do Team Jumbo Pão de Açúcar. A Pré-qualificação falhou, mas ficou a promessa de voltar para o ano...

  • Em 1997 os 3 irmãos conseguem um honroso 3º lugar na classe GT2 (11º da geral). O mesmo conseguiu Pedro Lamy na primeira participação com Patrice Goueslard e Armin Hahne num Porsche 911 GT1 conseguem um 3º lugar nos GT1 e 5º da geral. Estavam abertas as portas de Le Mans para os pilotos portugueses.

  • 1998, surge uma nova equipa nacional, a Estoril Racing Communication de Manuel e Michel Monteiro, pai e filho, que com Michel Maisonneuve em Porsche 911 GT2 abandonam com problemas de motor na volta 277.
    Gonçalo Gomes, Manuel Mello Breyner e Ni Amorim fazem equipa com um Chrysler Viper GTS-R e conseguem obter o 7º lugar nos GT2 e 21º da geral.
    Pedro Lamy também em Chrysler Viper GTS-R com Olivier Beretta e Tommy Archer consegue o 2º lugar nos GT2 e 13º da geral.

  • Em 1999, os irmãos Pedro, Manuel e Tomaz Mello Breyner alinham com um Chrysler Viper GTS-R conseguindo um 4º lugar nos LMGTS e 15º da geral.
    Manuel e Michel Monteiro de novo com Michel Maisonneuve no Porsche 911GT2 da Estoril Racing Communication abandonam após acidente com o Toyota GT One de Boutsen/Kelleners e McNish na chicane Dunlop.
    Ni Amorim fez equipa com Hans Hughenholtz e Toni Seiler num Chrysler Viper GTS-R e consegue um 3º lugar nos LMGTS, 14º da geral.

  • Ainda em Chrysler Viper GTS-R, Tiago Monteiro participa pela primeira vez com Paul Belmondo e Marc Rostan, tendo terminado em 6º do LMGTS e 17º da geral.
    Pedro Lamy fazia parte da formação oficial da Mercedes-Benz com um CLR em conjunto com Bernd Schneider e Franck Lagorce, chegaram a rodar em 1º na 1ª hora, mas a equipa foi retirada após o voo de Peter Dumbreck. A Mercedes já tinha ficado sem outro carro no Warm-Up também com um voo. Estes acidentes tiveram origem num defeito na aerodinâmica do carro.

  • Em 2000 a comitiva nacional resumiu-se unicamente a Ni Amorim que volta a conseguir um 2º lugar na classe LMGTS (9º da geral) num Chrysler Viper GTS-R partilhado com David Donohue e Anthony Beltoise, uma dupla de luxo, ambos filhos de ex-pilotos (Marc Donohue e Jean-Pierre Beltoise).

  • Quarta participação de Ni Amorim em 2001 num Chrysler LMP 2001 partilhado com Seiji Ara e Masahiko Kondo, tendo resultado no abandono com problemas de Motor com 243 voltas.
    Pedro Lamy, também em Chrysler LMP 2001 consegue mais um pódium, um 3º lugar dos LMP900 (4º da geral) com Olivier Beretta e Karl Wendlinger.
    Nova participação de Tiago Monteiro que é 4º nos LMGTS (20º da geral) com Christophe Bouchut e Jean-Philippe Belloc.
    Luis Marques num Porsche 911 GT3-RS na companhia de Luc Alphand e Michel Ligonnet terminam em 8º LMGT (17º da geral).

  • Em 2002 todos os pilotos portugueses terminam, Miguel Ramos e Pedro Matos Chaves num Saleen S7-R terminam em 5º LMGTS (23º da geral).
    Pedro Lamy num Dallara LMP 02 termina em 4º dos LMP900 e 5º da geral com Olivier Beretta e Eric Comas.
    O duplo Rui Martins é o piloto "Oficial" nas filmagens do filme «Michel Vaillant».

  • Em 2003 Luis Marques não teve a mesma sorte de 2001, conduzia um Chrysler Viper GTS-R com Dominique Dupuy e Olivier Thévenin. Abandonam com problemas de motor ao fim de 229 voltas.
    Pedro Matos Chaves volta a participar num Saleen S7-R com Thomas Erdos e Mike Newton termina em 6º em LMGTS (22º da geral).

  • Em 2004 só João Barbosa participa com Martin Short e Rob Barff num Dallara, mas o resultado foi um abandono por uma saída de pista com 230 voltas.

  • Nova participação de João Barbosa em 2005 na companhia de Vanina Ickx (filha de Jacky Ickx) e de Martin Short ainda no Dallara da Oreca onde foi 5º nos LMP 900 e 16º da geral.
    Miguel Ramos participa com o Ferrari 550 Maranello da Prodrive com Fabrizio Gollin e Christian Pescatori, resultado: saída de pista na volta 67.
    Ni Amorim em Courage C65 com Romain Iannetta e Christophe Pillon abandona com problemas mecânicos com 99 voltas cumpridas.
    Pedro Lamy faz parte da equipa oficial da Aston Martin com um DBR 9, na companhia de Peter Kox e Tomas Enge. Terminam com um abandono na volta 327.

  • Em 2006 a presença portuguesa surge com a forma de uma equipa, a ASM Team do ex-piloto António Simões, surge em parceria com a Chamberlain Motorsports na classe LMP2. Alinham com um Lola B05/40 com Miguel Pais do Amaral, Miguel Angel de Castro e Warren Hughes não conseguindo terminar, problemas de caixa de velocidades na volta 196.
    João Barbosa em Radical SR9 na companhia mais uma vez de Martin Short e Stuart Moseley, terminam em 5º da categoria LMP2, 20º da geral.
    Pedro Lamy regressa de novo na formação oficial da Aston Martin, de novo com um DBR9 na companhia de Stéphane Ortelli e Stéphane Sarrazin, onde foram 5º da categoria LMGT1 e 10º da geral.

  • Em 2007 Pedro Lamy integra a formação oficial da Peugeot com um 908 HDI FAP, onde consegue ser 2º da geral mais uma vez com Stéphane Sarrazin e Sébastien Bourdais.
    Desta vez a equipa ASM Team surge como uma equipa totalmente portuguesa, já sem a estrutura da Chamberlain e ainda na categoria LMP2, mais uma vez com Miguel Pais do Amaral, Miguel Angel de Castro e Warren Hughes com o Lola B05/40, que terminam com um abandono por saída de pista.
    João Barbosa termina em 4º da geral com um Pescarolo 01 da Rollcentre, partilhado por Stuart Hall e Martin Short.

  • João Barbosa alinha de novo em 2008 pela Rollcentre ainda com o Pescarolo 01 sendo 10º dos LMP1, 11º da geral.
    Pedro Lamy de novo na formação oficial da Peugeot termina em 5º da geral na companhia de Stéphane Sarrazin e Alexander Wurz, depois de terem rodado no comando da prova nas 2 primeiras horas.
    Miguel Pais do Amaral e a ASM Team terminam em 4º da LMP2 ainda com o Lola B05/40 utilizado nas 2 edições anteriores, desta vez com a ajuda de Olivier Pla e Guy Smith (vencedor em 2003 pela Bentley).

  • Em 2009, João Barbosa participa a nível oficial pela Pescarolo com Christophe Tinseau e Bruce Jouanny. Terminam em 8º da geral e da categoria LMP1.
    Pedro Lamy é 6º da geral e LMP1 com o Peugeot 908 HDI FAP oficial com Nicolas Minassian e Christian Klien.
    Manuel Rodrigues em Ferrari F430GT é 8º dos LMGT2, 29º da geral com Yvan Lebon e Christophe Bouchut.
    A ASM Team troca de carro, desta vez participa com um Zytek 09S/2 com Miguel Pais do Amaral que tal como no ano passado participa com Olivier Pla e Guy Smith, desta vez o resultado foi um abandono devido a problemas no chassis após acidente.
    Tiago Monteiro em Courace LC70E na companhia de Bruno Senna e Stéphane Orttelli abandonam com problema mecânico.

  • 2010 Manuel Rodrigues participa com um Audi R10TDI (ex equipa de fábrica) com Christophe Bouchut e Scott Tucker, tendo abandonado com uma saída de pista.
    Nova participação da ASM Team com o mesmo carro do ano passado agora rebaptizado de Gineta-Zytek 09S com Miguel Pais do Amaral, Olivier Pla e Warren Hughes, tendo terminado em 7º da LMP2 e 20º da geral.
    Pedro Lamy com Sébastien Bourdais e Simon Pagenaud em Peugeot 908 HDI FAP abandona com a suspensão partida quando estavam na segunda posição e tinham comandado a corrida na primeira hora apenas com 38 voltas, uma situação anormal, tanto que a quebra deu-se na junção dos braços com o próprio chassis.
    Luis Santos, um licenciado em Marketing, participa no Dunlop Livery Competition, um concurso com o objectivo de encontrar a decoração para o Aston Martin da equipa JMW, onde ficou classificado nos 5 finalistas.

  • 2011 Pedro Lamy é de novo segundo da geral com o Peugeot 908 HDI FAP com Sébastien Bourdais e Simon Pagenaud quando apenas fez um turno de condução…
    João Barbosa participa com um Lola B11/80 Coupé com Christophe Bouchut e Scott Tucker, onde consegue o 3º lugar LMP2 e 10º da geral.
    Manuel Rodrigues agora em Ferrari F430 com Jean-Marc Menahem e Nicolas Marroc é 4º da LM GTE Am e 27º da geral.
    Nova participação da ASM Team ainda com o Zytek 09 (voltou a ser renomeado de Zytek) com Miguel Pais do Amaral, Olivier Pla e Warren Hughes abandonam com o motor partido com apenas 48 voltas.
    Rui Àguas participa pela primeira vez na prova ao volante de um Ferrari 458 Italia com Robert Kauffman e Michael Walltrip onde abandonam com o diferencial partido com 178 voltas.
    Tiago Monteiro com Guillaume Moreau e Pierre Ragues em OAK Pescarolo também não teve melhor sorte, o abandono deveu-se a problemas na direcção assistida com 80 voltas.


  • Em 2012 a presença portuguesa na prova esteve ao mais alto nível. Eduardo Freitas é o director de prova.
    Quanto a pilotos todos participaram na classe LM GTE Am, Pedro Lamy volta a participar mas desta vez ao volante de um Chevrolet Corvette da Larbre Competition, onde obteve uma histórica vitória, partilhando o carro com Patrick Bornhauser e Julien Canal.
    Rui Àguas participa com Robert Kauffman e Brian Vickers num Ferrari 458 Itália obteve um 6º lugar.
    Manuel Rodrigues partilha o Ferrari 458 Itália da JMB Racing com Philippe Illiano e Alain Ferté tendo sido 7º.
    Mauricio Pinheiro é o Team Manager do Ferrari nº81 da AF Corse.



  • 2013, ano do 90º aniversário, comemorado com pompa e circunstância e nova presença de Eduardo Freitas como director de prova.
    No que se refere a pilotos, a participação não teve assim tanto brilho, já que Pedro Lamy, integrado na equipa oficial da Aston Martin, na companhia de Bill Auberlen e Paul Dalla Lana, abandonaria com o motor partido, depois de da participação da equipa ficar manchada pelo acidente no qual faleceu Allan Simonsen na volta 3.
    Rui Àguas com Vicente Potolicchio e Jason Bright no Ferrrai 458 Itália da 8 Start Motrorsports termina em 10º da LM GTE Am e Manuel Rodrigues com Philippe Dumas e Cooper MacNeil como companheiros, no Chevrolet Corvette da Larbre é 11º também da categorias LM GTE Am.
    Carlos Tavares é director-geral delegado da Renault e responsável pelo regresso da Alpine a Le Mans, que termina num 14º lugar da geral.
    Mauricio Pinheiro é de novo Team Manager da AF Corse

  • Para 2014 a expectativa estava em alta. Filipe Albuquerque inscrito como piloto da Audi era um dos candidatos à vitória, mas a colisão com o Ferrari nº81, na altura pilotado por Marco Bonanomi, no seguimento do acidente do Toyota nº8 com o forte aguaceiro que se debateu na pista ainda durante a 2ª hora de prova.
    Àlvaro Parente fazia também a sua estreia em Le Mans, tal como Albuquerque, mas ao volante do Ferrari 458 Itália da RAM Racing, mas o resultado foi o abandono. Quanto a Pedro Lamy, foi 6º nos LM GTE AM, numa corrida sem história. Já Eduardo Freitas foi de novo o director da prova.

  • Para a edição de 2015, o elenco era de luxo. mas os resultados não foram os que eram desejados. Senão vejamos:
    Eduardo de Freitas é de novo o director de prova.
    Nos pilotos, Pedro Lamy, Filipe Albuquerque, João Barbosa e Rui Àguas com hipóteses de lutar pela vitória nas respectivas classes.
    Lamy esteve quase lá, tendo perdido a vitória por erro de Paul de la Lana quando destruiu o carro a 45 minutos do fim.
    O Filipe Albuquerque teve o melhor tempo no Warm-Up, na 3ª sessão de qualificação ficou a 0,03s do melhor tempo e chegou a ter a melhor volta da corrida durante 276 voltas. No entanto problemas relegaram-no para o 7º lugar.
    João Barbosa não consegue melhor que o 12º lugar nos LMP2 após alguns problemas.
    Rui Àguas não consegue melhor que o 4º lugar, e Tiago Monteiro que tinha como expectativa ser o melhor não oficial, teve tantos problemas que a equipa foi excluída.

  • 2016. Eduardo de Freitas é novamente o director de prova.
    Desta vez nos LMP1 não houve nenhum representante luso, mas nos LMP2 Filipe Albuquerque era 10º e João Barbosa 13º, ambos em Ligier JS P2.
    Nos LM GTE Am, Rui Àguas consegue ser 2º num Ferrari 458 Itália e Pedro Lamy num Aston Martin Vantage não consegue ser classificado por não ter conseguido a distância suficiente, devido a problemas mecânicos.

  • Em 2017 só 3 pilotos portugueses estiveram em Le Mans, Filipe Albuquerque nos LMP2, que obteve um 5º lugar da geral e 4º nos LMP2.
    Nos LMGTE Am, Pedro Lamy viu o pneus dianteiro direito explodir de tal maneira que arrancou o guarda-lamas dianteiro e obrigou a uma reparação demorada nas boxes que o relegou da liderança que ocupava na altura para o 8º dos LMGTE Am, 36º da geral.
    Quando a Àlvaro Parente, terminou em 40º da geral e 11º dos LMGTE Am. Entretanto Eduardo de Freitas é novamente o director de prova e como adjunto Rui Marques, e a nível das equipas temos André Costa como engenheiro bem como vários mecânicos portugueses na Algarve Pro Racing que também contava com um Ligier JSP217 nº45, Francisco Freitas como engenheiro de telemetria no Porsche #88 da Proton Racing, Santiago é mecânico no Oreca #21 da Dragon Speed, e Guilherme Castro na Ford.

  • O ano de 2018 contou com a habitual presença de Eduardo Freitas como director de prova e Rui Marques como seu adjunto.
    Após um interregno de 25 anos, os comissários portugueses regressam a Le Mans tendo ficado com os postos 12b e 13b, a seguir à primeira chicane das Hunaudières, trabalhando em conjunto com uma equipa de comissários franceses.
    Quanto aos pilotos, nenhum deles conseguiu terminar a prova. Filipe Albuquerque foi o representante nos LMP2, nos LM GTE Pro tivemos a presença de António Félix da Costa, nos LM GTE Am, fomos representados pelo Pedro Lamy.
    Tivémos também a presença da Algarve Pro Racing com o Ligier JSP217 nº25 que também não foi feliz na participação e abandonou com problemas de caixa de velocidades, tendo também a presença de vários mecânicos, tal como o Ford nº66 contava com a presença de Guilherme Castro.
    Outro português com um papel fundamental é Joel Dias, o controlador do Safety-Car "C".



  • Como já é hábito, a edição de 2019 voltou a ter a participação de Eduardo Freitas como director de prova e Rui Marques como seu adjunto.
    Pelo segundo ano consecutivo, os postos 12b e 13b voltaram a ter a colaboração de uma equipa de comissários portugueses, desta vez foram 8 a colaborar com os colegas franceses e belgas.
    Na pista as coisas não correram pelo melhor, já que Pedro Lamy ficou pelo caminho com o motor partido. António Félix da Costa no BMW foi 30º (10º LMGTE Pro) e Filipe Albuquerque 9º da geral e 4º dos LMP2. Ainda nos LMP2 a Algarve Pro Racing com o Oreca 07 nº25 foi 25º da geral e 10º dos LMP2.


  • 2020, A direcção de corrida continua firme nas mãos de Eduardo de Freitas e Rui Marques.
    Os comissários portugueses vieram para ficar, com nova presença nos postos 12b e 13b, os postos a seguir à saída da primeira chicane das Hunaudières.
    A nível desportivo, Filipe Albuquerque vence nos LMP2, logo seguido por Antonio Felix da Costa com um excelente segundo lugar também nos LMP2.

  • Em 2021, voltamos a ter a direcção da prova com Eduardo Freitas e Rui Marques.
    De novo os comissários portugueses estiveram nos postos 12b e 13b. Alvaro Parente abandona com problemas de transmissão. Antonio Felix da Costa é 8º nos LMP2 e 13º da geral. Filipe Albuquerque não teve tanta sorte e termina em 18º nos LMP2 e 40º da geral.

  • 2022. O dia de Portugal foi comemorado em La Sarthe, em 5 vitórias possíveis, 3 foram nossas.
    Mais uma vez sob a batuta de Eduardo Freitas a edição de 2022 iria brilhar em verde e vermelho.
    Os postos 12b e 13b voltaram a ter a presença dos nossos comissários.
    Filipe Albuquerque terminou em 10º nos LMP2 e 14º da geral. Podia ter lutado pela vitória na classe se na primeira curva William Owen não tivesse sido colocado na gravilha num incidente previsto e avisado por Eduardo Freitas no briefing antes da prova e ignorado por Rene Rast. O resultado foi o atraso de 3 voltas e a penalização de 1m para o carro #31.
    Antonio Felix da Costa é 5º da geral e vencedor nos LMP2.
    Ainda nos LMP2, o carro #45 da Algarve Pro Racing vence nos LMP2 Pro/Am. Partiu da última posição da grelha de partida, devido ao acidente obtido na primeira sessão de treinos livres e que obrigou à troca de chassis, não tendo obtido tempo na sessão de qualificação. Nos LMGTE Am, Henrique Chaves vence na sua estreia.


     


    Gostaria de agradecer a contribuição de Hélder de Sousa, Carlos Barros, Domingos Piedade, Ni Amorim, ASM Team e Algarve Pro Racing.
  •     Pela primeira vez, e com o impacto mediático destas ocasiões, "todos" dizem, escrevem ou sentem que, desta vez, um Português pode ganhar em Le MANS. Fala-se num Portuguës.. e melhor seria referir um PILOTO português... pois o Domingos Piedade, como Director Desportivo da NEW MAN JOEST RACING, conseguiu a vitória em dois anos consecutivos: 1984/85.
        É História, um grande feito... mas o Domingos é mais visto como um cidadão do Mundo Automóvel, um Europeu que não esperou pela CEE... E, juntamente com o seu filho, Marc, pode orgulhar-se de QUATRO vitórias - QUATRO!!!

        Após a fiasco do ano anterior a Mercedes regressa "em grande". Carros bem preparados, com testes infindáveis, com um pormenor e uma logística diferente da que a "afundou" em 98. Foram Campeões do Mundo.., mas perderam a prova que mais interessava -Le Mans- e, com o seu quê de sobranceria e incompetência. Este ano não Pode e não DEVE falhar... Equipas de ponta, rápidas, experientes e que incluem, sempre, um piloto alemão. Para a mítica corrida francesa incluir um piloto francês é aquela publicidade que ninguém descura... E o terceiro piloto de cada carro terá nacionalidade diferente (São os "mercados", os "curriculuns", os dotes profissionais e o estar no sítio certo... no lugar certo!). O Domingos Piedade, sempre ele, está lá! Lamy tem "curriculum", tem títulos na Alemanha e... é Bom!!!
        Se o novo Mercedes, batido nos treinos, for "aquilo" que se diz... então um Piloto nacional pode vir a inscrever o nome nos vencedores de Le Mans... À Toyota, Panoz (???) Audi, BMW e Nissan competirá a papel de oposição. Ainda, por cima, em dia de eleições europeias...

        Os outros pilotos nacionais jogam em GTS. Desta vez só os Monteiro (Manuel e Michel - pai e filho) alinham num Porsche. A que faltam cavalos.., muitos cavalos. Mas porque o Estoril Racing goza das simpatias em França, porque são "habitués" dos circuitos, talvez que uma qualquer equipa com problemas, lhes possa ceder um motor mais encorpado. Para que corram e terminem, esquecendo os problemas e a desistência a um quarto de hora do final, no ano passado.
        Os Chrysler Viper GTS-R são a "montada favorita" dos outros pilotos portugueses. Os três irmãos Breyner estão incluídos no Team Oreca, semi-oficial com as cores CICA. Podem lutar pela primazia nos GTS no caso do "insólito" visitar o Viper Team Oreca. Na Chamberlain Engineering, Ni Amorim pode ser um sólido "out-sider" e terminar numa posição honrosa.
        Tiago Monteiro, um "nome" ascendente na Fórmula 3 gaulesa, recém saído de uma vitória, vai estrear-se na Paul Belmando Racing. Sem conhecer a pista e o carro está lá para "aprender"... Mas, não seria a primeira vez que uma estreia ditava uma vitória, na Classe ou no Grupo... Em Le Mans, o impossível também acontece...
    Jorge Curvelo
    99

        Um entusiasmo transbordante, umas centenas de milhares de espectadores pagantes, deveria fazer pensar duas vezes os mandantes da FIA. Fazem regulamentos anacrónicas, obrigam os teams a pagamentos de fortunas e, depois, o Campeonato é de um descrédito total. As Marcas não investem em novos carros, em provas sem publicidade e respectivo retorno, os títulos esquecem-se, mal são alcançados.
        Mas o Automobile Club de L'Ouest continua teimoso. Com as suas regras próprias e á revelia de qualquer Campeonato Oficial. O peso da tradição mostra-lhes um número de inscrições sempre crescente, direitos televisivos cada vez maiores e audiências mundiais que ultrapassam a Fórmula 1 e se equivalem aos grandes acontecimentos olímpicos. Talvez, por isso, tornem o diálogo difícil... e continuam "orgulhosamente sós" mas, no bom sentido...
        Já este ano a Audi regressou aos Protótipos com "coupés" e "spiders". A BMW investiu em novos motores e carros. A Panoz lança "spiders". A Mercedes abandona o modelo Campeão FIA e apresenta carros novos. A Toyota não descansa enquanto não vencer. A Nissan cria "barquettas". A Lola, a Riley & Scott marcam presença. Mas... a Porsche afastou-se e a Ferrari só pensa na Fórmula 1...
        Mas 98 viu a estreia de vários carros. Preparados em cima da hora os problemas de juventude são, sempre, evidentes. Os novos BMW com problemas de motor e de aerodinâmica. Um capot traseiro "salta" a altas velocidades. Depois, são as jantes que partem... Nos Mercedes os problemas de fiabilidade estão presentes... já não são corridas de duas ou três horas... Os Toyota GT One "confessam" que precisam de tempo, de testes, de experiência, de caixas de velocidade novas.
        O trauma de Le Mans 55 está bem presente nos alemães. Não arriscam a "marca" preferindo a abandono. Mercedes e BMW já estão ausentes nas terceira e quinta horas. A quarta hora a juventude dos Toyota começa a atrasar os primeiros classificados mas, pelas nove da noite, Brundle assina um novo record de volta... O Porsche de Alboreto encosta ás 22h e, pelas 23h a aventura Toyota termina. Dois Porsche GT1 estão na frente.
        Problemas vários e uma boa recuperação da Toyota fazem renascer a esperança até que, a hora e meia do final da corrida, a transmissão "diz" que, desta vez, não há milagre. E, quase sem chama, a prova arrasta-se e termina com mais uma vitória Porsche.
    Jorge Curvelo
    99

        Lamy e Beretta tinham a título de GT2, práticamente, no bolso mas o Campeonato FIA é uma coisa e Le Mans... outra. Tentavam a vitória... e o segundo lugar, atrás de um carro do mesmo Team, "soube a pouco." O Viper perde 48 minutos de uma assentada (quase dez voltas) com o colector de escape partido e, depois, com o selector da caixa de velocidades encravada. Duas participações, sempre terminando, é de constar de qualquer "curriculum'...
        Ni Amorim, no Viper/Chamberlaïn (com Gonçalo Games e Manuel Mello-Breyner) tentava, dentro do esquema de uma equipa privada "versus" Oficial, a melhor classificação possível. Um problema idêntico ao sofrido por Lamy/Beretta, (Caixa/transmissão) fez-lhes perder 3h e 30 m, nas boxes. Eram terceiros em GT2, seguindo os dois Oreca, antes do "azar". "...isto, é Le Mans!"
        Mas... havia um Porsche, um 911 GT2, da Estoril Racing... de Manuel Monteiro, de seu filho Michel Monteiro, com Maïsonneuve, piloto francês com certo crédito e que qualificara o carro. Ninguém, entre nós, falava deles. Mas... estavam lá!
        As horas iam passando e o 911 continuava. A paragem de Lamy era um balde de água fria para quem só exigia a vitória em GT2. O Viper Chamberlain, com outras "desculpas", mantinha a simpatia. Mas... Estoril Racíng??? Era medíático, SIC, etc... Era 18° da geral á 23a hora!!! O sonho, a chama da Glória, morre a um quarto de hora da fim. O motor... "out".! Ainda tentaram o empurrão, o fazer a volta final. Mas, o regulamento é Lei: o carro tem que cortar a meta. E... não cortou. Não foi fïnalïsta, não consta da História de Le Mans... A não ser como azarado. Mas, desde 1923, quantos carros não terminaram a última volta? E, quantos pararam uns metros antes para, mesmo de empurrão, quando o vencedor cumpria 24 horas, cortarem a lïnha de chegada? Injusto?, talvez.., mas é o Mito e, nisto reside a mística de 'Le Mans"...
    Jorge Curvelo
    99

        Sem contar com a infeliz participação de Araújo Cabral, em 72, com o Lola Team de Jo Bonníer, que faleceu no acidente, durante a noite, e obrigou ao abandono da equipa, havia, em 91, um português em Le Mans e... num Porsche GT1. Não era de fábrica mas... era um Porsche de "top".
        Não havia hipóteses, não era um vencedor. Mas... era o Lamy e a esperança é sempre a última a morrer...
        E, foi o melhor lugar conquistado até hoje: 5° na Geral e 3° na Categoria GT1.     Teve problemas mecânicos de aquecimento, de adaptação, de resistência, uma enorme pressão psicológica. Não conseguiu, práticamente, dormir. As últimas voltas, sempre á espera que o carro falhasse, foram dramáticas. Mas... acabou!!! e como melhor carro "PRIVADO" e, isto quer dizer não Oficial, não de Fábrica !!!
        Claro que, este ano, oficial e de fábrica, o mínimo que lhe exigem é a vitória, E... "no coments...".
        Desde 96 que a"familia" Mello-Breyner (e o Cascais Shopping) tentavam o Guiness de Le Mans: 3 irmãos, no mesmo carro, nunca acontecera. Em 96 a qualificação falhara por pouco. Com outros meios, outra logística e um Team garantido de antemão, o projecto tinha pernas para andar. E... andou! Correram, andaram bem, tiveram os problemas habituais mas não insolúveis e, terminaram 11°s da Geral e 3°s em GT2. Foram mais "badalados" em França, desde o Le Maine ao Autohebdo, do Canal Plus ao DSF, do que entre nós. Boa reportagem, publicitada, é certo, pelo Cascais Shopping e Jumbo, só saiu na revista OQ... E, porquê???
        Por ser uma revista do "social"?
        Quando os pilotos dão o que têm e tentam arranjar o que não têm, ainda por cima correndo por nós e, para nós... as críticas de certos "críticos" deveriam ficar espetadas nos rails das Hunaudíéres... ou nos bancos de areia de Mulsanne ou Arnage...
    Jorge Curvelo
    99

    (Primeira participação de uma equipa de comissários de pista da ACDME.)

      Na comitiva que se deslocou a Le Mans havia um elemento cuja palavra "preferida", no meio do imenso vocabulário utilizado, era a vernácula expressão "porra".
      Nas idas, mais ou menos frequentes, a um bar situado nos arredores do acampamento onde a comitiva da ACDME estava instalada, o dono do "refúgio" estranhou a itensidade da expressão e resolveu indagar, junto do "utilizador", a sua tradução. Descontraídamente e com o espírito de improviso que caracteriza as nossas gentes, ele resolveu o axioma, fornecendo uma tradução para o intraduzível:
      "Porra é um vinho do Porto com mais de 30 anos."
      Com todo o respeito que nos merece a centenária "instituição alcoólica nacional", a expressão e respectiva interpretação acabou por ser de tal forma aceite no local que o homem do bar deixou (quase) de conhecer outros "vernaculismos", para apenas gastar o nosso... claro de depois de convenientemente e "cientificamente" explicado.

      Por tudo isso, o local de "culto" ficou conhecido, entre a comitiva nacional, pelo "Porra´s bar".
    Volante (1993/06/28)
    ACDME (1994)

  • Primeiros no "bowling"
      Para lá do louvor, a equipa portuguesa de comissários sagrou-se vencedora, por equipas, do torneio de "bowling" que, em plena cidade de Le Mans, opôs comissários organizadores e pilotos:
      "Percorremos oito quilómetros a pé, em bicha, com as nossas camisolas iguais, entoando canções tipo "dos fuzileiros", até chegarmos ao local onde se desenrolava a prova e onde estavam à nossa espera. Pelo caminho, quando atravessávamos as passadeiras, faziamos parar o trânsito, pois ninguém arrancava no sinal enquanto toda a equipa não tivesse acabado de atravessar. Fomos recebidos com uma salva de palmas, à chegada."
      Equipados como deve ser, "com luvas e tudo", o melhor representante nacional terminou em "quarto lugar mas, por equipas, fomos os vencedores."
    Volante (1993/06/28)
  • Derrapagens de... Pedro Chaves

      Na segunda vez que fui a Le Mans, fiz equipa com o brasileiro Thomas Erdos e o inglês Mike Newton. O Erdos, pelas quatro da manhã, ficou desidratado e incapaz de continuar a conduzir. Por isso, eu tive que fazer a parte dele. Não sei quantos turnos fiz, mas estive ao volante umas 12 horas, o que não é pêra-doce numa pista como Le Mans, onde o Saleen chegava a atingir os 322 km/h. A corrida acabava pelas quatro horas da tarde e, quando faltavam uns 45 minutos para o fim, em Mulsanne, a curva em ângulo recto a seguirà recta das Hunaudières, ouvi uma enorme explosão e fiquei em roda livre. Nessa altura, estava a guiar cinco a dez segundos mais lento que o normal, que é o que toda a gente faz, quase no final da corrida e quando não há já nada a perder ou a ganhar - apenas se quer chegar ao fim.
      Estava a sair da curva, meti 2ª, depois 3ª e... pum! O "cockpit" ficou cheio de pó e eu, de tão cansado que estava, não tinha a mínima ideia do que tinha sucedido. Encostei fora da pista e nem sequer me lembrava como tinha feito a curva, se tinha ou não subido o corrector, por exemplo. Estava eu ainda dentro do carro, que tem uma janelinha minúscula, aí com um palmo, quando um comissário, vestido com o fato do ACO, que organiza a prova, se abeirou e perguntou, em bom português: «Então Pedro? Está tudo bem?».
      Aí é que fiquei mesmo baralhado: não só não sabia o que tinha sucedido, como nem sequer sabia onde estava, se no Estoril ou noutra pista qualquer!
    Autosport (2007/06/11)

    Classificações
    PilotoAno
    EquipaCarro NºCarroClassificação
    Afonso de Burnay1954Ecurie Jeudy-Bonnet 52Deutsch & Bonnet HBRAbandono: Perca de roda
    Carlos Manuel Reis1960Automobili Stanguellini 55Stanguellini Bialbero 740Abandono: Distribuição, Motor
    Nicha Cabral1972Ecurie Bonnier Switzerland 7Lola T 280Abandono: Embraiagem
    Manuel Mello Breyner1997Roock Racing International Motorsport GMBH 73Porsche 911 GT211º (3º GT2)
    Pedro Lamy1997Schübel Engineering 33Porsche 911 GT15º (3º GT1)
    Pedro Mello Breyner1997Roock Racing International Motorsport GMBH 73Porsche 911 GT211º (3º GT2)
    Tomaz Mello Breyner1997Roock Racing International Motorsport GMBH 73Porsche 911 GT211º (3º GT2)
    Goncalo Gomes1998Chamberlain Engineering 55Chrysler Viper GTS-R21º (7º GT2)
    Manuel Mello Breyner1998Chamberlain Engineering 55Chrysler Viper GTS-R21º (7º GT2)
    Manuel Monteiro1998Estoril Racing Communication 71Porsche 911 GT2Abandono: Motor
    Michel Monteiro1998Estoril Racing Communication 71Porsche 911 GT2Abandono: Motor
    Ni Amorim1998Chamberlain Engineering 55Chrysler Viper GTS-R21º (7º GT2)
    Pedro Lamy1998Societé Viper Team Oreca 51Chrysler Viper GTS-R13º (2º GT2)
    Manuel Mello Breyner1999Cica Team Oreca 50Chrysler Viper GTS-R15º (4º LMGTS)
    Manuel Monteiro1999Estoril Racing Communication 66Porsche 911 GT2Abandono: Acidente com o n.2 (Chicane Dunlop) (Radiador e circuito de lubrificação)
    Michel Monteiro1999Estoril Racing Communication 66Porsche 911 GT2Abandono: Acidente com o n.2 (Chicane Dunlop) (Radiador e circuito de lubrificação)
    Ni Amorim1999Hugh Chamberlain Engineering 56Chrysler Viper GTS-R14º (3º LMGTS)
    Pedro Lamy1999AMG Mercedes 6Mercedes-Benz CLRAbandono: Retirado Apos o acidente do nº 5
    Pedro Mello Breyner1999Cica Team Oreca 50Chrysler Viper GTS-R15º (4º LMGTS)
    Tiago Monteiro1999Paul Belmondo Racing 54Chrysler Viper GTS-R17º (6º LMGTS)
    Tomaz Mello Breyner1999Cica Team Oreca 50Chrysler Viper GTS-R15º (4º LMGTS)
    Ni Amorim2000Viper Team Oreca 53Chrysler Viper GTS-R9º (2º LMGTS)
    Luis Marques2001Luc Alphand Adventures 74Porsche 911 GT3-RS17º (8º LM GT)
    Ni Amorim2001Viper Team Oreca 14Chrysler LMP 2001Abandono: Incêndio
    Pedro Lamy2001Team Playstation 16Chrysler LMP 20014º (3º LMP 900)
    Tiago Monteiro2001Larbre Compétition 58Chrysler Viper GTS-R20º (4º LM GTS)
    Miguel Ramos2002RML 68Saleen S 7-R23º (5º LMGTS)
    Pedro Lamy2002Playstation Team ORECA 15Dallara LMP 025º (4º LMP900)
    Pedro Matos Chaves2002RML 68Saleen S 7-R23º (5º LMGTS)
    Luis Marques2003Scorp Motorsport 68Chrysler Viper GTS-RAbandono: Motor
    Pedro Matos Chaves2003Graham Nash Motorsport 64Saleen S 7-RNão Classificado (Distância Insuficiente).: Motor. Não recebeu a bandeira de xadrez
    Joao Barbosa2004Rollcentre Racing 6Dallara SP1Abandono: Saída de pista (Curva do karting)
    Joao Barbosa2005Rollcentre Racing 18Dallara DO02 Oreca16º (5º LMP1 - LMP 900)
    Miguel Ramos2005BMS Scuderia Italia 51Ferrari 550 Maranello ProdriveAbandono: Saída de pista
    Ni Amorim2005Noel del Bello 31Courage C65Abandono: Problema mecânico
    Pedro Lamy2005Aston Martin Racing 58Aston Martin DBR 9Abandono: Falta de combustível nas curvas Porsche
    Joao Barbosa2006Rollcentre Racing 22Radical SR920º (5º LMP2)
    Miguel Pais do Amaral2006Chamberlain - Synergy Motorsport / ASM 39Lola B05/40Abandono: Caixa de velocidades
    Pedro Lamy2006Aston Martin Racing 009Aston Martin DBR910º (5º LMGT1)
    Joao Barbosa2007Rollcentre Racing 18Pescarolo 014º (4º LMP1)
    Miguel Pais do Amaral2007Quifel - ASM Team 40Lola B05/40Abandono: Saída de pista
    Pedro Lamy2007Team Total Peugeot 8Peugeot 908 HDI FAP2º (2º LMP1)
    Joao Barbosa2008Rollcentre Racing 18Pescarolo 0111º (10º LMP1)
    Miguel Pais do Amaral2008Quifel - ASM Team 40Lola B05/4020º (4º LMP2)
    Pedro Lamy2008Team Peugeot Total 8Peugeot 908 HDI FAP5º (5º LMP1)
    Joao Barbosa2009Pescarolo Sport 16Pescarolo 018º (8º LMP1)
    Manuel Rodrigues2009JMB Racing 99Ferrari F430 GT29º (8º LMGT2)
    Miguel Pais do Amaral2009Quifel - ASM Team 40Ginetta 09SAbandono: Problema de chassis após acidente
    Pedro Lamy2009Team Peugeot Total 7Peugeot 908 HDI FAP6º (6º LMP1)
    Tiago Monteiro2009Team Matmut Oreca AIM 10Oreca 01Abandono: Problema mecânico
    Manuel Rodrigues2010Kolles 14Audi R10 TDIAbandono: Saída de pista no posto 123
    Miguel Pais do Amaral2010Quifel - ASM Team 40Ginetta-Zytek 09S/220º (7º LMP2)
    Pedro Lamy2010Peugeot Sport Total 3Peugeot 908 HDI FAPAbandono: Suspensão dianteira direita
    Joao Barbosa2011Level 5 Motorsports 33Lola B11/80 Coupe10º (3º LMP2)
    Manuel Rodrigues2011JMB Racing 83Ferrari F430 GTC27º (4º LMGTE Am)
    Miguel Pais do Amaral2011Quifel - ASM Team 20Zytek 09 SCAbandono: Motor partido
    Pedro Lamy2011Team Peugeot Total 9Peugeot 908 HDI-FAP2º (2º LMP1)
    Rui Aguas2011AF Corse 71Ferrari 458 ItaliaAbandono: Diferencial partido
    Tiago Monteiro2011OAK Racing 15OAK Pescarolo 01Abandono: Direcção assistida
    Manuel Rodrigues2012JMB Racing 83Ferrari 458 Italia32º (7º LMGTE Am)
    Pedro Lamy2012Larbre Competition 50Chevrolet Corvette C6 ZR120º (1º LMGTE Am)
    Rui Aguas2012AF Corse 61Ferrari 458 Italia31º (6º LMGTE Am)
    Manuel Rodrigues2013Larbre Competition 70Chevrolet Corvette C6-ZR141º (11º LMGTE Am)
    Pedro Lamy2013Aston Martin Racing 98Aston Martin Vantage V8Abandono: Motor partido
    Rui Aguas20138 Star Motorsports 81Ferrari 458 Italia37º (10º LMGTE Am)
    Alvaro Parente2014RAM Racing 52Ferrari 458 ItaliaAbandono: Caixa de velocidades
    Filipe Albuquerque2014Audi Sport Team Joest 3Audi R18 E-Tron QuattroAbandono: Acidente com o nº8 e o 81
    Pedro Lamy2014Aston Martin Racing 98Aston Martin Vantage V826º (6º LMGTE Am)
    Filipe Albuquerque2015Audi Sport Team Joest 9Audi R18 E-Tron Quattro7º (7º LMP1)
    Joao Barbosa2015Krohn Racing 40Ligier JS P232º (12º LMP2)
    Pedro Lamy2015Aston Martin Racing 98Aston Martin Vantage V8Abandono: Acidente
    Rui Aguas2015AF Corse 83Ferrari 458 Italia26º (4º LMGTE Am)
    Tiago Monteiro2015Team Bykolles 4CLM P1/01Desclassificado: Desclassificado. Peso dos pilotos não conforme
    Filipe Albuquerque2016RGR Sport by Morand 43Ligier JS P215º (10º LMP2)
    Joao Barbosa2016Krohn Racing 40Ligier JS P222º (13º LMP2)
    Pedro Lamy2016Aston Martin Racing 98Aston Martin VantageNão Classificado (Distância Insuficiente).: Linha de chegada não cruzada
    Rui Aguas2016AF Corse 83Ferrari 458 Italia27º (2º LMGTE Am)
    Alvaro Parente2017Clearwater Racing 60Ferrari 488 GTE40º (11º LMGTE Am)
    Filipe Albuquerque2017United Autosports 32Ligier JS P2 175º (4º LMP2)
    Pedro Lamy2017Aston Martin Racing 98Aston Martin Vantage36º (8º LMGTE Am)
    Antonio Felix da Costa2018BMW Team MTEK 82BMW M8 GTEAbandono: Acidente
    Filipe Albuquerque2018United Autosports 22Ligier JSP217Abandono: Saída de pista
    Pedro Lamy2018Aston Martin Racing 98Aston Martin VantageAbandono: Saída de pista
    Antonio Felix da Costa2019BMW Team MTEK 82BMW M8 GTE30º (10º LMGTE Pro)
    Filipe Albuquerque2019United Autosports 22Ligier JSP2179º (4º LMP2)
    Pedro Lamy2019Aston Martin Racing 98Aston Martin VantageAbandono: Motor partido
    Antonio Felix da Costa2020JOTA 38Oreca 076º (2º LMP2)
    Filipe Albuquerque2020United Autosports 22Oreca 075º (1º LMP2)
    Alvaro Parente2021Hub Auto Racing 72Porsche 911 RSR - 19Abandono: Transmissão
    Antonio Felix da Costa2021JOTA 38Oreca 0713º (8º LMP2)
    Filipe Albuquerque2021United Autosports USA 22Oreca 0740º (18º LMP2)
    Antonio Felix da Costa2022JOTA 38Oreca 075º (1º LMP2)
    Filipe Albuquerque2022United Autosports USA 22Oreca 0714º (10º LMP2)
    Henrique Chaves2022TF Sport 33Aston Martin Vantage AMR34º (1º LMGTE Am)
    Antonio Felix da Costa2023Hertz Team Jota 38Porsche 96340º (13º Hypercar)
    Filipe Albuquerque2023United Autosports 22Oreca 0721º (11º LMP2)
    Facebook