A edição de 2015

A edição de 2015


  • 2 - Sabado (6 Junho) - Chegada
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A edição de 2015 das 24 Horas de Le Mans começaram durante a largada da edição de 2014, quando o José Fiúza que lá estava persente me envia uma SMS a perguntar "Luis, queres vir comigo para o ano assistir às 24 Horas?" a minha resposta foi um decidido "SIM!". Em novembro, no final do dia em que o ACO colocou à venda os bilhetes para esta edição, já só haviam 2 parques de campismo disponíveis, comprámos os bilhetes e um lugar de acampamento no novo parque "Epinettes".


1 - Sexta-feira (5 Junho)

Partida Parte I

A viagem iniciou-se na sexta-feira dia 5 pelas 6:00 da manhã nas bombas da A5. Ao colocar as coisas do José na carrinha mostrou-me uma chapa de matrícula com a inscrição "LE-MA-NS", essa placa foi colocada na traseira da carrinha já em Espanha pela "nossa" hora do almoço e só foi retirada quando chegámos a Portugal. A travessia de Portugal foi feita por mim até Vilar Formoso, onde tomámos o café pelas 9:00, abastecemos e o José prosseguiu com o segundo "Stint"¯ até ao Pais Basco. O percurso efectuado foi a "Autovia de Castilha" Salamanca, Valladolid, Burgos, Bilbao, San Sebastian e Irun. Mais ou menos nesta zona retomei eu o volante. Antes de chegarmos a Bilbao andámos perdidos, mas não dei o tempo por mal empregue, pois a paisagem do País Basco é lindíssima. Passada a fronteira francesa fomos em direcção a Baione, Bordéus. Ao fim de 15 horas dormimos numa estação de serviço nos arredores de Bordéus.




2 - Sabado (6 Junho)

Chegada

O regresso à estrada foi feito pelas 6h da manhã em direcção a Angouléme, Poitiers, Tours, Écommoy e pelas 13 horas estávamos em Teloché onde fomos visitar a garagem (Anthony) onde a Porsche guardava as suas viaturas. De seguida rumámos a Mulsanne, Arnage e entrámos no circuito na curva de Arnage. Fomos em "sentido contrário" até Tertre-Rouge onde fizémos a rotunda e voltámos às Hunaudières (agora no sentido da corrida), curva de Mulsanne, curva de Indianápolis, onde tive que fazer a curva pelos correctores, eu não queria, mas a carrinha tinha vida própria..., curva de Arnage e curvas Porsche onde tivemos que rumar ao antigo circuito em direcção a Maison Blanche, porque a entrada para o circuito permanente estava obviamente fechada. Fomos à loja do circuito levantar os bilhetes, estacionámos o carro junto ao Carrefour e fomos de eléctrico até ao centro da cidade. Fomos à Praça da República ver o local das verificações, comprámos umas revistas e regressámos ao circuito. Como a entrada no parque era só no domingo dormimos de novo no carro em frente ao portão do parque, éramos os únicos.




3 - Domingo (7 Junho)

Verificações técnicas Parte I

No domingo fomos tomar o pequeno-almoço ao centro da cidade, os croissants são excelentes, nunca comi nenhum assim... afinal França é a terra deles... Regressámos ao parque de campismo do circuito, montámos a tenda no espaço que nos foi atribuído e rumámos de novo à Praça da República para as verificações técnicas, onde encontrámos o Filipe Albuquerque que quando nos viu disse "Olá, ainda bem que vieram!". Encontrámo-nos com o Eduardo Freitas na Praça, que nos emprestou duas credenciais com as quais tivemos acesso a quase todos os lados, inclusivé à parte reservada à imprensa nas verificações técnicas de domingo e segunda.




4 - Segunda-feira (8 Junho)

Verificações técnicas Parte II

Como em Le Mans pela sua localização geográfica, o sol nasce bem cedo e pelas 6:00 o sol já vai alto, tomámos o duche, o pequeno-almoço e pelas 7:00 já estávamos no paddock a tirar fotografias, seguindo pela Village, ponte Dunlop, que diga-se de passagem foi uma desilusão para mim. Para o ex-libris do circuito podia ser muito melhor, com o piso em madeira muito velha e gasta. Seguimos à curva de "La Chapelle", a capela apesar de minúscula surpreendeu-me pela sua simplicidade, o vitral é um cenário de corrida e tinha lá um postal em honra de Allan Simonsen que perdeu a vida em 2013 em Tertre-Rouge. Prosseguimos até Tertre-Rouge.



Da parte da tarde fomos de novo à praça da República ver as verificações técnicas. É facílima a deslocação entre o circuito e o centro da cidade, já que o eléctrico parte da entrada Este do circuito e segue em direcção à cidade passando pela Praça da República, tendo a vantagem de haver um bilhete diário e que pode ser usado e abusado em toda a rede de transportes da Setram.

Durante as verificações estive com todos os pilotos portugueses à excepção do Tiago Monteiro que tinha corrido em Moscovo pelo WTCC e faria as verificações na terça-feira do circuito. Conheci uma sra. Que quando soube que eu era português disse que adorava o Pedro Lamy, perguntou-me: "vous connaissez le Pedro?", "Oui, je connais Pedro" como me pareceu que não acreditou eu disse-lhe "Je vais vous montrer une chose..." retirei o telemóvel do bolso e mostrei-lhe o número pessoal do Pedro (que mo tinha dado há já uns anitos...) e ela disse? "Vous avez le núméro de Pedro?" e eu respondi que não a estava a enganar, que conhecia mesmo e ela "passou-se" por completo... Quando as verificações da Aston Martin terminaram e quando a equipa de pilotos do carro número 98 estavam a sair do recinto, um conjunto de miúdos chamavam pelo Pedro para um autógrafo e eu disse-lhes "ne te inquiète pas, il vient" e chamei "Pedro, é só uma palavrinha por favor" e ele ao ouvir um chamamento em português vira-se e diz "Vou já ai..." e eu disse aos miúdos "il a vient ici" e eles ficaram a olhar para mim... O Pedro quando nos veio falar disse-me que se lembrava de mim do Estoril, acredito que muitos digam isso só para deixar os fãs contentes, mas achei que não era só isso... No final do dia ainda tive a oportunidade de falar com o João Barbosa e com o Rui Águas.



Quando estava a fotografar as verificações falei com um senhor que estava mesmo a meu lado também a fotografar, a quem ofereci um cartão do meu site e ele apresentou-se como sendo Alain Boudouin o pintor oficial do ACO e convidou-me a ir visitar a sua galeria no final do dia, mas por incrível que possa parecer ninguém me soube indicar onde era, vim a saber já cá em Portugal que era a 2 quarteirões da Praça da República.

Quero deixar um agradecimento aos comissários técnicos do ACO que tiveram a amabilidade de responder às minhas dúvidas e que paravam o seu trabalho para que pudesse tirar umas fotos dizendo "the fans first, we have time.."




5 - Terça-feira (9 Junho)

Steve Tarrant

Na terça-feira voltámos a passear pela Village e no Pit-lane. Mesmo indo todos os dias à Village havia sempre algo de novo para ver, é difícil vir de lá sem trazer nada, é tentador, já que há lá de tudo relacionado com a prova, desde as lojas de miniaturas, livros, revistas, as lojas oficiais das marcas que começavam a ser montadas.

Tenho um "amigo do Facebook" que admiro bastante, o inglês Steve Tarrant, que num acidente teve que ver amputada uma perna, mas mesmo assim continua a ser comissário de pista. Encontrámo-nos no Pit-Lane, eu ofereci-lhe um cartão e um bordado do meu site, no qual ele disse logo que o ia mandar aplicar no blusão oficial do equipamento, senti-me orgulhoso por isso. É um exemplo de força de vontade para todos nós.

Ainda fui visitar o museu que por 8.50€ foi bem acessível e muito bem empregue a hora que lá demorei.

A sessão de autógrafos

Da parte da tarde foi a sessão de autógrafos no Pit-Lane, que estava cheio e era uma oportunidade única dos fãs estarem em contacto com os seus ídolos. Consegui obter os autógrafos de todos os portugueses e respectivos colegas de equipa, o primeiro foi o Pedro Lamy e como a sessão só começava creio eu que pelas 16:30 ainda estivemos numa conversa agradável. Quem ainda não tinha visto era o Tiago Monteiro com o qual tive uma experiência incrível, quando fui falar com ele disse-me "Não imaginas o bom que é poder falar português" e eu identifiquei-me como sendo comissário no Estoril e que ele já me tinha autografado um poster do AutoSport de 2001 para o meu filho Tiago e não é que ele disse-me: "É pá, eu lembro-me disso, digitaliza-o e manda-me pelo Facebook, eu estou a reunir as minhas memórias e gostava de ter uma cópia disso..." fiquei espantado, nunca esperei uma coisa dessas da parte dele, é claro que o poster já foi digitalizado e enviado...

Encontrei também os comentadores do EuroSport, João Carlos Costa e Ricardo Grilo, que este ano efectuaram o directo de Le Mans, uma surpresa que tinha sido prometida aos fãs e a quem também devo as experiências de ter sido convidado por duas ocasiões. Quando estava em frente dos stands da Aston Martin verifquei que havia um sr. sentado num banquinho e com um bloco A4 e uma caneta ia desenhando os carros, os desenhos eram fantásticos, quando lhe disse que estavam brutais ele perguntou-me se eu também desenhava, e eu disse que há já muito tempo que não o fazia. Também lhe ofereci um cartão, era o Jean Marc Guivarch, que digitalizou os seus desenhos e mos enviou depois de autografados.




6 - Quarta-feira (10 Junho)

Ida ao pódium

Na quarta-feira fomos nos encontrar com o Eduardo Freitas para lhe devolver as credenciais que gentilmente nos tinha emprestado. Tivemos o privilégio de tomar um cafezinho com ele, e a honra de ir visitar a sala de troféus bem como ir ao pódium, acho que devemos ter sido os primeiros portugueses no 1º lugar do pódium...

Treinos livres e qualificação

A sessão de treinos livres foi vista na bancada Dunlop, como o nosso bilhete de acesso geral só não dava acesso às bancadas no dia da corrida. A chuva apareceu, já ia prevenido com a capa de chuva do autódromo, que é laranja tal como os equipamentos de todos os comissários. Quando me desloquei ao WC numa das intervenções do Safety-Car, um dos seguranças ficou a olhar boquiaberto para mim, lá pensou certamente "o que é que o raio do comissário anda aqui a fazer em vez de estar a trabalhar???" e diga-se de passagem que ia de boa vontade... A primeira sessão de qualificação foi vista na bancada junto aos Esses da floresta, já não chovia mas o tempo estava muito incerto. Rumámos ao acampamento à meia-noite após ter terminada a sessão.


7 - Quinta-feira (11 Junho)

Ida a Arnage

Para quinta-feira já tinha-mos combinado ir almoçar a Arnage numa pizzaria. De manhã fomos até ao centro de Le Mans com o tal bilhete diário onde apanhámos o autocarro para Arnage. Ainda tentámos ir tomar café ao "Le Mans Legend Café", mas este estava fechado.





Um dos ex-libris da cidade e que a liga intimamente à prova, é a Praça Saint-Nicolas onde à semelhança de Hollywood existe um monumento evocativo à prova e placas no chão com as mãos e os pés de alguns vencedores e personalidades que se evidenciaram na prova inclusivé o Michel Vaillant.



Para sexta-feira tinhamos a intenção de ir a Saint-Saturnin assistir a uma concentração de clássicos, (o que acabou por não acontecer devido à chuva que caiu), mas dirigimo-nos a uma centro de informações para turistas para nos indicar onde era a paragem do autocarro que nos levaria até lá. Mas o funcionário que nos atendeu lá achou que estavamos com as pernas folgadas e deu-nos indicação de um trajecto até à Rue Barbier fazendo-nos ir a pé até à praça des Jacobins e regressar até à dita Rue Barbier, que não era mais que uma perpendicular à Rue do Port que ia dar a Place de la République onde já tinhamos estado... Foi um passeio lindíssimo, já que a parte antiga e medieval da cidade é um local obrigatório.

Quando chegámos a Arnage vimos uma concentração de clássicos. Fomos a pé até à pizaria que ficava na rua principal. Foi fantástico, durante a hora de almoço vimos todo o tipo de carros, desde os "banais" Ferraris, Porsche, Aston Martins, até aos McLarens, 3 Hot-Rods americanos com matrícula americana, entretanto a concentração dos clássicos terminou e passaram todos por lá, havia um que se ouvia a "quilómetros" de distância, era um DB Panhard que estava na concentração, pára junto à pizaria e sai o "piloto" vestido a rigor com fato de época dos anos 50 com o capacete e óculos a rigor. Pisa o acelerador a fundo durante alguns segundos com aquele som estridente e depois diz "Bon appétit à tous...", entra no carro e segue. Foi o delírio de todos os que lá estavam...

Depois do almoço fomos até à curva de Arnage a pé, que ficava a cerca de 3 km do centro da vila, assistimos aos treinos do Le Mans Legend na curva de Indianápolis, entretanto fomos até à curva de Arnage e quando chegámos caiu um grande aguaceiro.



Como não havia autocarro ao serviço do circuito para o regresso à pista regressámos a pé até à vila de Arnage com alguns aguaceiros pelo caminho acompanhados de alguma trovoada. Quando lá chegámos fomos para a paragem do autocarro para regressarmos a Le Mans (cidade), só que após uma hora de espera e o autocarro sem aparecer, ou seja, tinha sido suprimido depois das 18 horas, como chegámos lá depois ficámos sem transporte a única solução foi mesmo regressarmos a pé... Levámos cerca de hora e meia no mínimo a regressar ao circuito com direito a dois enganos pelo caminho. Quando chegámos ao circuito já tinha terminado a primeira sessão de qualificação, devemos ter feito no mínimo uns 15km ao todo a pé, acabámos por assistir à segunda sessão em Tertre-Rouge.

8 - Sexta-feira (12 Junho) - A foto do grupo

A foto do grupo

Na sexta-feira quando ao chegar a Le Mans para tomar o pequeno-almoço ao entrar no café, vi o Redwan Cassamo, um belo amigo, que estava na esplanada na companhia do Pedro Leal. Tinha sido combinado pelas 12h30 juntar todos os portugueses na entrada do museu para uma foto de grupo, o Redwan e o Leal também lá iriam estar. Às 12h30 como combinado lá estivemos, só que afinal tiraram a foto de grupo pelas 12h15!!! Levei comigo a bandeira e o José a tal chapa de matrícula e pelos vistos ninguém se lembrou de levar nenhuma bandeira. Estava lá ainda o Pedro Lamy, tinha apanhado varicela... Como nunca tive varicela disse ao Pedro que para além da vitória era um privilégio apanhar varicela por alguém como ele. Só que não só não ganhou como eu também não apanhei varicela... Contei-lhe o porquê da minha bandeira ter gravado o nome dele, é que em 2012 enquanto toda a gente tinha a bandeira pendurada nas janelas pela selecção de futebol, eu coloquei-a com fita adesiva a desenhar do nome do "LAMY" pela victória que ele obteve na classe LM GTE-AM. Só que quando meses depois retirei a bandeira e removi a fita, esta já tinha sido queimada pelo sol e o nome ficou bem visível na cor original. Outro português que como nós foi ao engano da hora foi o João Barbosa.

Na parte da tarde ainda fui ao pavilhão do duelo Ford vs Ferrari ver a exposição comemorativa desse momento histórico.

Ainda tentei ir ao "Le Pavillon des Femmes", uma exposição sobre a "endurance no feminino" onde estava exposto o Moynet de 1975 no qual a Michel Mouton tinha participado com Marianne Hoepfner e Christine Dacremont (com o qual venceram a categoria Sport < 2000 cc), mas a entrada era só para... mulheres!!!!

9 - Sábado (13 Junho) - O Início da prova

O Início da prova

No sábado o warm-up foi visto no terraço do pavilhão da Audi, um local fantástico onde se podia ver desde o final da recta da meta até à curva Dunlop. A seguir ao almoço apanhámos um autocarro ao serviço do circuito para nos levar a Mulsanne para lá assistirmos à largada. Lá assistimos à corrida da "Aston Martin Racing Le Mans Festival 2015", à apresentação do novo Alpine, seguida da primeira hora da corrida. Rumámos de novo à zona do circuito permanente apanhando de novo o autocarro que nos levou à entrada Este, daí apanhámos um "comboio" que nos levou à zona da feira. Acabámos o dia na Village sentados a ver a corrida num ecran gigante, até porque os pés já pediam algum descanso. Não vimos a parte nocturna da corrida, porque fomos para o acampamento pela meia-noite. Estava previsto mau tempo durante a noite. O céu estava muito carregado, muito vento e a chuva era uma ameaça bem real. Para quem esperou um ano pela prova e passou uma semana no circuito é uma sensação estranha tentar adormecer com o som dos carros ao longe...


10 - Domingo (14 Junho) - O final da prova

O final da prova

Quando pelas 6 da manhã vimos que afinal não tinha chovido, arrumámos a tenda e carregámos o carro, tomámos um duche e rumámos à pista. Estivemos na esplanada em frente à subida para a curva Dunlop, arranjámos uma mesa sem nada à nossa frente. Estivemos lá algumas horas onde acabámos por almoçar. Com o passar do tempo a Village ia ficando mais calma. O público começava a agrupar-se junto dos portões de acesso à pista para a tradicional invasão da pista. Quando a corrida acabou, fomos tomar um duche e iniciámos a viagem.

O regresso Parte I

Demorámos uma hora para sair do circuito. A viagem iniciei-a eu até Tours, Poitier entretanto tive que passar o volante ao José porque caiu uma enorme chuvada e o céu escureceu imenso, parecia mesmo de noite, o percurso foi o inverso do efectuado no sábado inicial, ou seja Angoulème, Bordéus, Baiona. A viagem fez-se ininterruptamente debaixo de chuva até ao Pais Basco, Irun, Victoria-Gasteiz, parando pelas 2h00 numa estação de serviço para dormirmos cerca de 3 horas e retomarmos de novo à estrada.


11 - Segunda-feira (15 Junho) - O regresso Parte II

O regresso Parte II

Como era de noite, o José conduziu até cerca das 7 horas. Durante a viagem pela Autovia de Castilha em direcção a Burgos, Valadoli, Tordesillas, Salamanca, não conseguimos encontrar por incrível que pareça, nenhuma estação de serviço para tomar o pequeno-almoço, ou porque estavam fechadas, ou porque não havia nada para comer... e se havia algo que não faltavam eram estações de serviço... quando me apercebi que faltavam cerca de 150km para Portugal decidimos tomar o pequeno-almoço em território nacional. Em Vilar Formoso parámos no mesmo café onde tinha-mos tomado o café no primeiro dia e para nosso espanto... não havia nada a não ser... carcaças... O destino seguinte foi a visita à oficina do meu cunhado em Viseu, uma merecida pausa e aquele abraço e o regresso à estrada para os últimos 300km. O José fez o "stint" seguinte até Leiria e eu terminei a viagem.

Foi uma experiência incrível, nunca tinha feito mais de 600km num só dia, mas só na segunda-feira no regresso fiz cerca de 800km. No circuito acabei por descobrir coisas novas e redescobrir lugares onde estive em 2011 mas de maneira diferente. Não me tinha apercebido do ambiente vivido nos parques de campismo onde os ingleses tinham autocarros de 2 pisos com antenas parabólicas e enormes LCD nas tendas.

Um aspecto menos positivo. Ao entrar no circuito vindo do exterior nos dias de prova, as mochilas eram revistas porque não se podia entrar no recinto com àlcool, até ai concordo, mas se se quisesse beber uma "mini" era impossível, porque vendiam copos de meio litro!!! e o copo tinha que se pagar o que dava 7€ por cerveja, 1€ era para o copo!!! e era frequente ver gente alcoolizada e a ser socorrida.

Durante estes dias, no pavilhão da Audi estavam a oferecer T-shirts e para isso tinha-mos que preencher um questionário num tablet que incluía o nosso nome, apelido, pais e e-mail, para receber uma newsletter e o mail serviria para validar o nosso registo, mas à segunda ou terceira ida ao pavilhão já o "Donald Duck", o "Mickey Mouse", "Michel Vaillant", o "Super Man" bem como o "Spyder Man" estavam a ser registados para nos cederem as "suas" T-shirts, só eu consegui trazer 7!!! uma bandeira e revistas (no dia da corrida já só haviam bandeiras e revistas...)

Ficou logo uma saudade enorme assim que o evento terminou e entrámos no carro para regressar... Fica prometido desde já nova ida... para quando???? Em breve com certeza...

"Amica Le Mans"
Luis Santos
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