O desporto motorizado é por norma associado ao sexo masculino, infelizmente há muita gente que o considera como tal. O que é certo é que desde o início que a presença feminina esteve sempre ligada à prova.
O primeiro registo que conheço data de 1929, quando Sidney Cotton esteve inscrito com a sua mulher num Du Pont G8, Entretanto o Du Pont não ficou preparado a tempo e fizeram parte da equipa de boxes ao apoiarem o outro Du Pont Model G Speedster de Alfredo Luis Miranda/Charles Moran.
No ano seguinte as Madames Mareuse e Siko foram as primeiras condutoras a participarem na prova, com um honroso 7º lugar à geral e 2º na classe.
No periodo compreendido entre 1956 e 1970, as mulheres foram proibidas de participar em competições automobilisticas em França, e como consequência, também em Le Mans.
Esta medida foi imposta depois do acidente mortal de Annie Bousquet nas 12 horas de Reims quando saiu de pista com o seu Porsche 550 Spyder. Esta medida não fazia sentido nenhum visto terem havido mulheres a pilotar, neste caso em Le Mans, com resultados de relevo.
A primeira participação feminina após esta imposição, foi a de Marie-Claude Beaumont em 1971 que com Henri Greder partilharam um Chevrolet Corvette que abandonou com problemas de motor.
Mais recentemente Leena Gade foi a engenheira responsável pelas vitórias em 2011, 2012 e 2014 de Marcel Fassler, Andre Lotterer e Benoit Treluyer na Audi Sport Team Joest.
É a todas elas que dedico esta homenagem, com a esperança de poder assistir a uma vitória como piloto à geral.