Resumo da corrida

Resumo da corrida

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Começa a corrida aos armamentos e as grandes marcas disputam cada vez mais o privitégio de terminarem no topo do pódio. O saldo será implacável com apenas dezassete qualifrcados em cinquenta e sete à partida.
 

Os grandes construtores de automóveis continuavam a investir claramente na prova de Le Mans que se transformou numa passagem incontornável para qualquer marca que desejasse valorizar a sua eficácia. Os grandes nomes da indústria automóvel, que ainda existem nos nossos dias, estavam empenhados em erguer a sua reputação desportiva:a Jaguar, a Mercedes, a Ferrari, e até a Porsche, que se mantinha nas pontas dos pés sempre com o seu 356 de 1100 cc, mas nesta edição de 1952 com a inscrição de dois carros de fábrica e de um privado. Um deles terminaria no 12.º lugar oficial. EfectÍvamente, o Talbot Lago GS de Chambas e Morel, que cortou a linha de chegada em 9.º lugar corria fora da classificação. Esperava-se muito do Jaguar vitorioso no ano anterior. Mas, em 1952 (data da transferência da fábrica para as novas instalações de Browns Lane, em Coventry), conceberam-se carroçarias mal adaptadas. Com efeito, Stirling Moss foi dominado nas Mille Miglia pelo novo Mercedes 300 SL que também se apresentaria em Le Mans, o que o deixava bastante inquieto com este rival. A fábrica optou por perfilar ao máximo a frente dos Tipo C para aproveitar toda a velocidade de ponta na recta de Humaudières. Uma hora depois da partida, três XK 120 C inscritos eram vítimas de sobreaquecimento por causa de um estudo manifestamente incompleto do sistema de refrigeração. Deve-se acrescentar que uma modificação no regulamento levou os construtores a fechar os habitáculos. Como sempre, os favoritos acabaram derrotados. com a Jaguar fora da corrida, Ascari, que bateu o recorde da volta mais rápida em prejuízo da embraiagem do seu Ferrari, rendeu-se depois de apenas três horas. Os novos DB3 da Aston Martin mostraram não ter a cilindrada suficiente para uma prova como Le Mans... Pierre Levegh viu-se ameaçado pela equipa Mercedes cujos dois 300 SL de portas asas de gaivota se mantinham emboscados atrás do seu Talbot que aumentou o seu avanço no comando da prova. Como em 1950 Levegh conduziu praticamente durante todas as vinte e quatro horas. Manifestamente intocável, faltava pouco mais de uma hora para a chegada quando o 6 cilindros do seu Talbot o traiu, com este golpe de sorte inesperado, a Mercedes conseguiu uma dobradinha de repercussões importantes para o seu futuro. As incidências mediáticas foram tais que os seus clientes desataram a disputar o 300 SL e a marca alemã garantiu uma aura definitiva que nunca mais perdeu a partir desse dia.

Lendas de Le Mans
Planeta de Agostini
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