Resumo da corrida

Resumo da corrida

Previous 1965  1967 Next

Depois de seis anos de reinado absoluto em Le Mans, a Ferrari esperava por uma dura batalha com a Ford. Foi um verdadeiro naufrágio para os carros italianos.
 

Se a fiabilidade latina não é uma palavra vã, a obstinação americana iria opor-lhe uma réplica da mais bela das maneiras. Desde 1958 que a marca de Maranello não se mostrava tão imponente em La Sarthe, mas o seu director desportivo Dragoni iria cometer um erro de consequências graves. Efectivamente, deixou ir embora John Surtees, uma das pedras angulares da Scuderia Ferrari. E o destino continuou a persistir sobre a fábrica italiana, que sofrerá da dura lei imposta pelo gigante americano. A Ford surgiu para ganhar, tanto mais que Carroll Shelby tinha substituído em 1965 John Wyer e desenvolvido o big block de 7 litros de cilindrada nos novos Ford GT40 Mk II. O começo da temporada tinha sido estrondoso com uma tripla nas 24 Horas de Daytona, mais os dois primeiros lugares à partida nas 12 Horas de Sebring. Para não ir mais longe eram oito os Mk Il que alinharam em Le Mans. Ao lado deles, também se inscreveram cinco GT40, perfeitamente rodados. Um deles era pilotado por um jovem inexperiente que, mais tarde, haveria de brilhar em todos os palcos do automobilismo: um certo Jacky lckx. Depois dos treinos, quatro Mk Il seguiram à cabeça, mas o Ferrari P3 de Pedro Rodriguez e Richie Ginther ficou a menos de três segundos.

O lado italiano ficou inquieto, porque os P2/P3 não conseguìram acompanhar o ritmo, concedendo mais de quinze segundos por volta. Diante desta artilharìa pesada, a firma do Cavallino Ranpante foi desistindo aos poucos e, passadas as 23 horas, já só lhe restava pratìcamente o P3 de Rodriguez para conservar os seus créditos em La Sarthe. Mas, pouco antes da madrugada, a caixa de velocidades partiu-se, anulando qualquer suspense quanto ao resultado da corrida. No entanto, os Ford tarnbém estavam a ser dizimados e Carroll Shelby mandou baixar o ritmo. Quis até abrilhantar o seu triunfo pedindo aos Mk ll n.º2 de McLaren/Amon e n.º1 de Miles/Hulme que cortassem a meta ao mesmo tempo. O n.º5 de Bucknum/Hutchterson acabou mesmo atrás deles. Durante alguns instantes, houve dois vencedores ex aequo. Mas McLaren e Amon realizaram o quarto melhor tempo dos ensaios, enquanto Hulme e Miles ficaram em segundo na grelha, e, deste modo, o n.º'2 percorreu mais vinte metros no fim das vinte e quatro horas da corrida. Foi assim que a história gravou para sempre a sua vitória.


Lendas de Le Mans
Planeta de Agostini
Facebook