No regulamento do campeonato do mundo de marcas de 1962, só os GT contam. Os organizadores das 24 Horas de Le Mans instauraram uma categoria para a prova francesa que designaram por experimental. A Ferrari preparou para esta categoria um automóvel aberto com um motor 12 cilindros de 4 litros e 390 CV, este motor foi concebido tendo por base o bloco 400 Superamerica utilizado nos Ferrari de turismo, de referir que este último foi criado em 1960 para substituir o 4,9 litros "Lampredi“. O Motor estava acoplado a uma caixa de 5 velocidades sendo o conjunto colocado num chassis tubular (caixa e motor ligeiramente deslocados à esquerda) em tudo idêntico ao do TRI 61, com uma carroçaria Fantuzzi, que retoma o essencial das soluções "Chiti“, tendo no entanto algumas alterações, sobretudo no tratamento aerodinâmico da parte traseira, onde ressalta agora a utilização de um arco de segurança que funciona como um aileron. Ao contrário da tendência iniciada com o 246 SP com motor central, este Ferrari deu um último fôlego ao motor à frente. A fotografia refere-se à vitória deste automóvel na clássica francesa, com Olivier Gendebien e Phil Hill, que fechou a brilhante carreira dos Testa Rossa, para além de ter sido o último triunfo de um motor dianteiro em Le Mans. Na frente da corrida desde a 2ª volta até ao final. Phil Hill conseguiu ainda bater o recorde da volta mais rápida em 3'57''3 (204,202Km/h) batendo o anterior (3'58''7) de Mike Hawthorn em Ferrari 412. O automóvel chama-se 330 TRI/LM, foi construído num único exemplar, e foi o último Ferrari de Sport com motor à frente. |