«Logo na primeira sessão de treinos [livres] a meio de uma recta [antes da Maison Blanche] fui tocado de lado por um Jaguar [Walt Hansgen]. Seguia a uns 270 [km/h] e não houve controlo possível. O carro saltou para fora da pista, bateu numa árvore e se quebrou em dois. Fui cuspido e fiquei ali no meio do mato. Quando me encontraram, deitava sangue pelos olhos, pelos ouvidos, pelo nariz, pela boca, por todo o sítio de onde era possível jorrar sangue. Tive fractura do crâneo, do esterno e o braço [direito ficou] quase cortado em dois [pelo cotovelo, as cicatrizes ainda são bem visíveis]. fui levado de helicóptero para o hospital [de Le Mans]. Junto ao helicóptero, estava um jornalista da France Press. Ele pediu para fazer a ligação por telefone para a sede da sua agência e, como tinha pressa para dar a notícia do acidente, pediu aos médicos, que me davam só duas horas de vida, que fossem mais precisos. 'Pode por aí que ele morreu às 22h00'- terá então dito um médico. E foi então que o jornalista mandou para a agência: 'Il deceda à 22h00'. Eu nessa altura, era muito forte. Era magro, mas muito forte. Não bebia, não fumava, fazia desporto a toda a hora. Sobrevivi. Fiquei 18 dias em coma e passei oito meses no hospital. Levei mais de dez anos para ficar mais ou menos direito...» |
1960 «Foi no meio da reta, antes da Maison Blanche, meu carro foi fechado por um Jaguar, saiu da pista a uns 270 km/h, bateu numa árvore, de lado, partindo-se ao meio, e eu fui projectado para o meio do mato, ao lado da pista. Por conta disso passei 8 meses internado num hospital e minha carreira acabou.» |