O sonho de muitos apaixonados dos automóveis é o de serem pilotos, outros construtores, mas há quem não se contente só com uma delas,
e conseguiram ser pilotos/construtores.
Alguns foram só preparadores, uns foram melhores como pilotos que construtores, outros melhores construtores que pilotos.
Temos o caso de Enzo Ferrari, que se iniciou como piloto da Alfa Romeo e que se tornou num sonho para muitos pilotos correr com os seus carros.
Mas também os há que foram tão bons pilotos como construtores.
Mas conheçamos uma breve história dos pilotos construtores que participaram em Le Mans... quer os seus carros tenham participado ou não em Le Mans.
O palmarés apresentado refere-se unicamente ao piloto nas 24 Horas de Le Mans.
- Alain de Cadenet (1945/11/27 / 2022/07/02)
Nascido em Londres, Alain de Cadenet é actualmente comentador no canal televisivo "Speed Channel" e "ESPN", de Cadenet obteve a sua reputação construindo os seus próprios sport protótipos, com os quais obteve um 3º lugar na geral em 1976, 1977 e 1980, o que correspondeu a um 3º lugar nos Gr. 6 > 2000 na companhia de Chris Craft. Em 1978 é obrigado a vender numa boa parte da sua valiosa colecção de selos para construir o novo carro por não ter encontrado um patrocinador. Para além de ter sido construtor, de Cadenet é um apaixonado pelos clássicos, para além dos automóveis, com os quais participou em provas de clássicos, colecciona também motociclos e aviões, entre eles um Spitfire Supermarine.Ano | Resultado | Nº | Carro | Pilotos |
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1971 | Abandono | 9 | Ferrari 512 M | Hughes de Fierlandt/Alain de Cadenet | 1972 | 12º (5º Sport 2501/3000) | 68 | Duckhams LM | Alain de Cadenet/Chris Craft | 1973 | Abandono | 5 | Duckhams LM | Alain de Cadenet/Chris Craft | 1975 | 14º (5º Sport > 2000) | 4 | De Cadenet T 380 LM | Alain de Cadenet/Chris Craft | 1976 | 3º (3º GR. 6 > 2000) | 12 | De Cadenet T 380 LM | Alain de Cadenet/Chris Craft | 1977 | 5º (3º GR. 6 > 2000) | 5 | De Cadenet T 380 LM | Alain de Cadenet/Chris Craft | 1978 | 15º (6º GR. 6 > 2000) | 8 | De Cadenet T 380 | Alain de Cadenet/Chris Craft | 1979 | Abandono | 8 | De Cadenet LM "Crusader" | François Migault/Alain de Cadenet | 1980 | 7º (3º GR. 6 > 2000) | 8 | De Cadenet Le Mans | Alain de Cadenet/François Migault | 1981 | Abandono | 20 | De Cadenet Le Mans | Alain de Cadenet/Jean-Michel Martin/Philippe Martin | 1982 | Abandono | 37 | Grid S1 | Emilio de Villota/Alain de Cadenet/Desiré Wilson | 1983 | Abandono | 13 | Cougar C 01B | Yves Courage/Michel Dubois/Alain de Cadenet | 1984 | Abandono | 21 | Porsche 956 | Alain de Cadenet/Chris Craft/Allan Grice | 1985 | 20º (15º C1) | 13 | Cougar C 12 | Yves Courage/Alain de Cadenet/Jean-François Yvon | 1986 | 18º (11º C1) | 13 | Courage C12 | Pierre-Henri Raphanel/Alain de Cadenet/Yves Courage |
- Alessandro de Tomaso (1928/07/10 / 2003/05/21)
Alejandro de Tomaso pertenceu a uma família de poderosa argentina. Em 1955 voou para a Europa no seu próprio avião para fugir ao regime de Juan Perón. Estableceu-se em Modela e casou-se com a americana Isabelle Haskell, uma cliente da Ferrari que corria nos Estados Unidos. Juntos criaram a De Tomaso Modena SpA. Entretanto conseguia obter alguns resultados de relevo enquanto piloto tal como o 9º lugar no GP da Argentina de 1957 com um Ferrari da Scuderia Centro Sud. Alessandro como era conhecido em Itália projecta um F2 para a temporada de 1969 com a ajuda de Giampaolo Dallara e Frank Williams, para 1970 ambos projectam um carro para a Fórmula 1 com Piers Courage como Piloto. A equipa fechou portas no final do ano em consequência do acidente fatal de Courage no GP da Holanda. Foi então decidido que a equipa se concentraria na construção de carros de estrada. Após a morte de Alessandro, a de Tomaso continuou com as orientações de Isabelle.Ano | Resultado | Nº | Carro | Pilotos |
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1958 | 11º (1º 501/750) | 42 | Osca Sport 750 TN | Alessandro de Tomaso/Colin Davis | 1959 | Abandono | 50 | Deutsch & Bonnet HBR 5 | Colin Davis/Alessandro de Tomaso |
- Alexis Constantin (1909/07/06 / 1983/05/03)
Alexandre, ou simplesmente Alexis tinha uma empresa chamada Compresseur Constantin que fabricava compressores volumétricos para motores Peugeot e Citroën. Estes compressores eram vendidos como acessórios e não como peças oficiais. Para divulgar e desenvolver os seus produtos, Alexis instalou um compressor num Peugeot 203 Coupé e inscreveu-se nas 24 Horas de Le Mans em 1952. No ano seguinte o mesmo Peugeot regressa a Le Mans, mas desta vez com algumas alterações a nível de carroçaria para o tornar mais leve e facilitar as intervenções. Em 1954 e 1955 o surgiu o Constantin 203, a base era a mesma do Peugeot 203 mas convertido numa carroçaria aberta, surgia assim o Constantin 203 Barquette Compressor. O melhor resultado obtido se assim se pode dizer foi a não classificação em 1953, já que nos restantes o resultado foi o abandono.Ano | Resultado | Nº | Carro | Pilotos |
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1952 | Abandono | 43 | Constantin C (Peugeot 203 C) | Alexis Constantin/Jacques Poch | 1953 | Não Classificado (Distância Insuficiente). | 66 | Constantin C (Peugeot 203 C) | Alexis Constantin/Michel Aunaud | 1954 | Abandono | 44 | Constantin 203 Barquette Compressor | Edmond Mouche/Alexis Constantin |
- Andre Moynet (1921/07/19 / 1993/05/02)
Moynet ofereceu-se como voluntário para o serviço militar em 26 de dezembro de 1939, tornando-se um piloto de caça. Membro do esquadrão Normandie-Niémen, efectuou 115 missões aéreas que contabilizaramm 150 horas de voo em guerra. Entrou na política em 1946, inicialmente como deputado independente representando Saône-et-Loire. Em 12 de novembro de 1954, foi nomeado membro do governo de Mendès França, como secretário de estado e secretário de Estado do desporto, responsável pela coordenação dos problemas da juventude. Simultaneamente, continuou sua carreira na aviação como piloto de testes, participando no desenvolvimento do Caravelle da Sud Aviation. Também trabalhou para a Matra e até deu o seu nome ao Moynet M360 Jupiter, uma pequena aeronave movida a hélice. Moynet também foi fundamental na Matra no negócio do automóvel, sendo responsável pela concepção e desenvolvimento em 1968, de um protótipo desportivo que foi desenvolvido para alcançar uma vitória de classe (1600-2000 cc.). Em 1975 (tendo como pilotos a equipa feminina Michèle Mouton, Marianne Hoepfner e Christine Dacremont) vence a classe Sport < 2000. Em 1968, Moynet foi nomeado coronel na Força Aérea. Mudou-se para o sul do país, foi eleito prefeito da pequena cidade de Biot em 1971, ocupando o cargo por um mandato até 1977. Morreu em Nice, em 2 de maio de 1993.Ano | Resultado | Nº | Carro | Pilotos |
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1953 | 17º (1º 501/750) | 57 | Deutsch & Bonnet HBR | René Bonnet/André Moynet | 1954 | Abandono | 31 | Gordini T 15 | Charles Rinen/André Moynet | 1961 | 19º (3º Sport 701/850) | 45 | Deutsch & Bonnet HBR 5 | André Moynet/Jean-Claude Vidilles |
- Arturo Merzario (1943/03/11)
Durante a sua primeira temporada na Fórmula 1 em 1972 com a Ferrari, Merzario participou também em corridas de «Sport Cars» vencendo os 100Km de Spa, a Targa Florio e as 9 horas de Rand. Abandonou a temporada de 1975 para se dedicar aos «Sport Cars» vencendo a Targa Florio e mais 4 corridas. Regressa à Fórmula 1 em 1976, primeiro com a March e depois com a Wolf. Com a falta de resultados, Merzario criou a sua própria equipa em 1977, inicialmente com chassis March antes de construir o seu próprio chassis, o Merzario A2. Merzario juntamente com Guy Edwards, Brett Lunger e Harald Ertl, foram os responsáveis por terem retirado Niki Lauda das chamas do seu Ferrari no Grande Prémio da Alemana em 1976 no Nürburgring.Ano | Resultado | Nº | Carro | Pilotos |
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1970 | Abandono | 8 | Ferrari 512 S | Arturo Merzario/Clay Regazzoni | 1973 | 2º (2º Sport 2501/3000) | 16 | Ferrari 312 PB | Arturo Merzario/Carlos Pace |
- Briggs Cunningham (1907/01/19 / 2003/07/02)
Briggs foi um empreendedor americano e desportista que competia em automóveis e iates. Nascido numa família rica, tornou-se construtor de automóveis de corrida e desportivos, piloto e proprietário da equipa, bem como coleccionador de automóveis. Em 1936 funda o Automobile Racing Club of America (renomeado para Sports Car Club of America (SCCA) em 1944). A estreia nas corridas de automóveis foi com o seu Bu-Merc, um chassis Buick modificado com o motor Buick e o carroçaria Mercedes-Benz SSK, em Watkins Glen logo após a Segunda Guerra Mundial. Alguns de seus outros híbridos envolveram modelos da Cadillac, Chrysler e Ford. Em 1950, Briggs inscreveu dois carros Cadillac para Le Mans, um Sixty Special, o outro, com uma carroçaria especial, apelidado por "Le Monstre". Tendo terminado em 10 e 11o da geral. Em 1955 Cunningham terminou a produção dos seus carros. Após isso inscreveu modelos da Chevrolet, Jaguar, Maserati e AC. Cunningham morreu em Las Vegas, com complicações de Alzheimer, aos 96 anos.Ano | Resultado | Nº | Carro | Pilotos |
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1950 | 11º (3º 5001/8000) | 2 | Cadillac Spider "Le Monstre" | Briggs Cunningham/Phil Walters | 1951 | Abandono | 3 | Cunningham C 2-R | Briggs Cunningham/George Huntoon | 1952 | 4º (1º 5001/8000) | 1 | Cunningham C 4 R | Briggs Cunningham/Bill Spear | 1953 | 7º (2º 5001/8000) | 1 | Cunningham C 4-R | Briggs Cunningham/Bill Spear | 1954 | 5º (5º 3001/5000) | 1 | Cunningham C4 R | Briggs Cunningham/John Gordon Benett | 1955 | Abandono | 22 | Cunningham C6 R | Briggs Cunningham/Sherwood Johnston | 1960 | Abandono | 1 | Chevrolet Corvette | Briggs Cunningham/Bill Kimberly | 1961 | 8º (3º Sport 1601/2000) | 24 | Maserati Tipo 60 | Briggs Cunningham/Bill Kimberly | 1962 | 4º (1º GT 3001/4000) | 10 | Jaguar E-Type Lightweight | Briggs Cunningham/Roy Salvadori | 1963 | 9º (2º GT 3001/4000) | 15 | Jaguar E-Type "Lightweight" | Briggs Cunningham/Bob Grossman |
- Bruce McLaren (1937/08/30 / 1970/06/02)
Bruce McLaren sofreu da doença de Perthe na infância, que o deixou paralisado por meses e fez com que sua perna direita fosse 5 centímetros maior que a esquerda. Isso não o impediu de disputar corridas de automóvel com o Austin de seu pai entre 1956 e 1957. Em 1958 comprou um lugar na Cooper para disputar os GP da Alemanha e de Marrocos de Fórmula 1. Em 1963 Bruce e o seu amigo Teddy Mayer fundaram a Bruce McLaren Motor Racing Ltd. para o desenvolvimento de carros para um campeonato na Tasmânia (o qual Bruce venceu com seu próprio carro no mesmo ano). Durante cinco anos consecutivos, os McLaren dominaram o campeonato Can-Am entre 1967 e 1971, Bruce ganhou duas vezes neste campeonato (1967 e 1969), além de dois de Denny Hulme (1968 e 1970) e a última do norte-americano Peter Revson (1971). Faleceu num acidente durante os testes em Goodwood a testar um McLaren M8D de CanAm. Em 1980 a McLaren fundiu-se com a Project 4 de Ron Dennis que com John Barnard inovaram a Fórmula 1 com os chassis em carbono. A nível de super-carros, a McLaren teve parcerias com a BMW na produção do seu F1 com o qual venceu em Le Mans em 1995 e com a Mercedes com o SLR McLaren, o seu P1, 650S, 570S e o 12C.Ano | Resultado | Nº | Carro | Pilotos |
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1959 | Abandono | 24 | Cooper T 49 Monaco Mk I | Jim Russell/Bruce McLaren | 1961 | Abandono | 6 | Maserati Tipo 63 | Walt Hansgen/Bruce McLaren | 1962 | Abandono | 2 | Maserati Tipo 151 | Bruce McLaren/Walt Hansgen | 1963 | Abandono | 8 | Aston Martin DP 214 (DB4 GTZ) | Innes Ireland/Bruce McLaren | 1964 | Abandono | 10 | Ford GT 40 | Phil Hill/Bruce McLaren | 1965 | Abandono | 1 | Ford GT 40 Mk II | Ken Miles/Bruce McLaren | 1966 | 1º | 2 | Ford GT 40 Mk II | Chris Amon/Bruce McLaren | 1967 | 4º (2º Prototipo > 5000) | 2 | Ford GT Mk IV | Bruce McLaren/Mark Donohue |
- Carroll Shelby (1923/01/11 / 2012/05/10)
Carroll foi o fundador da respeitada Shelby American, que criou verdadeiras lendas do asfalto, como o Shelby Mustang e o Shelby Cobra nos anos 1960 e 70. Carroll iniciou a sua carreira de piloto em 1952. Participou no mundial de Fórmula 1 e em Le Mans, onde venceria em 1959. Depois de se retirar das competições em Outubro de 1959 por motivos de saúde, Carroll criou uma escola de pilotagem e a Shelby-American Company, obteve licença da AC Motors de Inglaterra para importar os seus AC Ace e colocar-lhes um motor Ford V8 tornando-os nos imortais Shelby Cobra bem como os Ford Mustang. Em 2003 a Ford Motor Co. e Carroll uniram laços para se tornar consultor técnico no projecto Ford GT. Nesse mesmo ano funda a Carroll Shelby International, Inc., com sede em Nevada. Já tinha tido um transplante de coração em 1990 e de um rim em 1996. Faleceu em 2012 com 89 anos com problemas cardíacos.Ano | Resultado | Nº | Carro | Pilotos |
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1954 | Abandono | 22 | Aston Martin DB 3 S | Carroll Shelby/Paul Frère | 1959 | 1º | 5 | Aston Martin DBR 1/300 | Roy Salvadori/Carroll Shelby |
- Charles Deutsch (1911/09/06 / 1980/ ?/ ?)
Deutsch nasceu em Champigny-sur-Marne em 6 de setembro de 1911. Filho de um carpinteiro que também se expandiu para o fabrico de carroçarias de automóveis em pequena escala no início de 1900. Quando o seu pai, Deutsch senior faleceu em 1929, deixou Charles encarregado dos negócios aos dezoito anos que ao mesmo tempo prosseguia com os estudos. Em 1932 Charles vendeu o negócio para um tal de René Bonnet. O próprio Charles Deutsch afirmou que tinha apenas catorze anos quando projectou o seu primeiro carro, construído na loja de seu pai. Depois que uma participação prometida por Bonnet (não concretizada) no Grande Prémio da França de 1936, Deutsch e Bonnet começaram a projetar os próprios carros usando peças da Citroën, com os quais competiram com algum sucesso tendo dado origem à marca DB (Deutsch & Bonnet) até 1961. Após o final da DB, Charles criaria a própria marca, a CD com a qual começou a construir um pequeno número de carros desportivos leves e aerodinâmicos sob o nome CD (às vezes chamado de CD-Panhard, pois dependiam de Motores Panhard). Deutsch foi pioneiro no campo da aerodinâmica e fundou a empresa Sera-CD de pesquisa e desenvolvimento de veículos (Société d'Études et de Réalisations Automobiles - Charles Deutsch). Utilizou o efeito de solo em carros de corrida dez anos antes da Chaparral de Jim Hall tendo ganho o troféu "Index of Performance" nas 24 Horas de Le Mans de 1961 com o seu DB HBR4/Panhard. O Alpine M64 que ganhou o Índice de Eficiência Térmica em 1964 também teve a carroçaria projetada por Deutsch. Foi também o director das 24 Horas de Le Mans (de 1969 até 1980) e do Grande Prémio do Mónaco.Ano | Resultado | Nº | Carro | Pilotos |
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1949 | Abandono | 42 | Deutsch & Bonnet Sport | Charles Deutsch/René Bonnet |
- Charles Montier (1879/06/28 / 1952/06/ ?)
Charles Pierre Elie Montier foi um piloto e engenheiro francês. Montier, com seu pai Elie e o amigo Gillet, construiu um carro a vapor - o Montier & Gillet - que foi exibido em Paris em 1897. Montier entrou no negócio de venda e manutenção de carros, tornando-se um dos dois agentes da Ford Motor Company em França. Depois de ganhar experiência como piloto, Montier entrou nas 24 Horas de Le Mans de 1923, ao lado de Albert Ouriou, com um carro derivado do Ford Model T mas fortemente modificado, "Montier Special". Montier e Ouriou terminaram a corrida em 14º lugar de 33 participantes; eles também entraram, mas não se classificaram nos eventos de 1924 e 1925.Ano | Resultado | Nº | Carro | Pilotos |
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1923 | 14º (7º 2001/3000) | 19 | Montier Speciale | Charles Montier/Albert Ouriou | 1924 | Abandono | 23 | Montier Speciale | Charles Montier/Albert Ouriou | 1925 | Abandono | 17 | Montier Speciale | Charles Montier/Albert Ouriou |
- Chris Amon (1943/07/20 / 2016/08/03)
Filho de um agricultor rico, Amon começou aos dezoito anos a correr conseguindo uma boa reputação como piloto na Nova Zelândia. Em 1963, estreou na Fórmula 1 no GP de Mónaco, mas teve que ceder sua vaga para o veterano francês Maurice Trintignant. A estreia "oficial" de Amon seria no GP da Bélgica, onde abandonou. Em 1966, em dupla com Bruce McLaren vence as 24 Horas de Le Mans. Apesar ser reconhecidamente um piloto rápido e talentoso, os bons resultados na Fórmula 1 nunca apareceram. Em 1974, cria sua própria equipa, mas o Amon F101, apesar de exibir um bom potencial, não mostra confiabilidade e o neozelandês disputa apenas o GP da Espanha. Ele é reconhecido por muitos como o melhor piloto da história da Fórmula 1 a nunca conquistar uma vitória em prova válida para o Campeonato do Mundo. A sua reputação por má sorte era tanta que seu companheiro Mario Andretti uma vez bricou dizendo: "Se ele se tornasse um coveiro, as pessoas parariam de morrer". Faleceu vítima de cancro.Ano | Resultado | Nº | Carro | Pilotos |
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1964 | Desclassificado | 6 | AC Cobra | Chris Amon/Jochen Neerpasch | 1965 | Abandono | 2 | Ford GT 40 Mk II | Phil Hill/Chris Amon | 1966 | 1º | 2 | Ford GT 40 Mk II | Chris Amon/Bruce McLaren | 1967 | Abandono | 20 | Ferrari 330 P4 Spyder | Chris Amon/Nino Vaccarella | 1969 | Abandono | 19 | Ferrari 312 P Coupé | Chris Amon/Peter Schetty | 1971 | Abandono | 32 | Matra MS 660 | Chris Amon/Jean-Pierre Beltoise | 1972 | Abandono | 12 | Matra MS 670 | Jean-Pierre Beltoise/Chris Amon | 1973 | Abandono | 50 | BMW 3.0 CSL | Chris Amon/Hans-Joachim Stuck |
- Colin Chapman (1928/05/19 / 1982/12/16)
Anthony Colin Bruce Chapman foi um importante projectista, inventor e construtor da indústria automóvel inglesa. Em 1948 Chapman desenhou o seu primeiro Lotus Mk I, um Austin 7 modificado com o qual participou em corridas privadas. Em 1952 fundou a Lotus Cars. Um dos seus grandes trunfos foi a sua mente inventiva. Utilizou os seus conhecimentos sobre aerodinâmica para criar as hoje tão banais asas (aerofólios), os chassis com efeito de solo que tornava os chamados «carros-asa» muito rápidos em curva tornando-os perigosos por os pilotos não conseguirem ter o controlo total, no entanto este mesmo efeito de solo foi utilizado nos primeiros Grupo C, bem como os chassis monocoque e as suspensões activas por ex. Foi pioneiro na aplicação da publicidade nos carros, os tão famosos «Gold Leaf Team Lotus» e «John Player Special Team Lotus». Em 1963 iniciou uma parceria com a Cosworth para o fornecimento de motores para a sua equipa de Fórmula 1, este motor V8 com base Ford tornou-se no motor com mais vitórias na F1 (176). A única vitória deste motor em Le Mans foi em 1980 com a Rondeau. Uma particularidade sua muito especial era o arremessar do seu tradicional boné ao alto sempre que um dos seus carros vencia uma corrida. A última participação de um Lotus em Le Mans foi em 1962 devido a problemas com os comissários técnicos quando impediram que os seus Lotus XXIII tomassem parte na corrida devido ao número de pernos utilizados na fixação dos pneus traseiros, o que fez com que Chapman proibisse qualquer piloto seu de participar em Le Mans.Ano | Resultado | Nº | Carro | Pilotos |
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1955 | Desclassificado | 48 | Lotus Mk 9 | Colin Chapman/Ron Flockhart | 1956 | Abandono | 32 | Lotus Eleven | Colin Chapman/Herbert MacKay-Fraser |
- Dan Gurney (1931/04/13 / 2018/01/14)
Dan foi um piloto nato, tendo participado na Indy car, NARCAR, Can-AM, Trans-AM Series. Em 1962, Gurney e Carroll Shelby começaram a sonhar em construir um carro de corrida americano para competir com as melhores marcas europeias. Shelby convenceu a Goodyear, que queria desafiar o domínio da Firestone sobre as corridas americanas na época, para patrocinar a equipa. O presidente da Goodyear, Victor Holt, sugeriu o nome «All American Racers» e a equipa foi formada em 1965. Gurney não se sentiu à vontade com o nome no começo, temendo que soasse um tanto importuno, mas sentiu- se obrigado a concordar com a sugestão de Holt. Nos Grande Prémios de Fórmula 1 a equipa chamar-se- ia de Eagle utilizando motores ingleses Weslake renomeados de «Anglo American Racers». Além disso, Gurney venceu as 24 Horas de Le Mans de 1967 com A.J. Foyt, inadvertidamente pulverizou champanhe ao comemorar no pódio, esta tradição dura até os dias de hoje. Foi também o primeiro a colocar uma simples extensão de 90 graus sobre a borda direita superior da asa traseira. Este dispositivo também chamado de Gurney flap, aumenta a pressão aerodinâmica e, se bem projectado, impõe apenas um aumento relativamente pequeno na aerodinâmica. Dan foi também o primeiro piloto a usar um capacete integral nas corridas de Fórmula 1.Ano | Resultado | Nº | Carro | Pilotos |
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1958 | Abandono | 18 | Ferrari 250 TR | Dan Gurney/Bruce Kessler | 1959 | Abandono | 12 | Ferrari 250 TR | Dan Gurney/Jean Behra | 1960 | Abandono | 6 | Jaguar E-Type 2A Prototype | Dan Gurney/Walt Hansgen | 1961 | Abandono | 30 | Porsche 718 RS 61/4 Coupé | Jo Bonnier/Dan Gurney | 1962 | Abandono | 15 | Ferrari 250 TRI/61 | Jo Bonnier/Dan Gurney | 1963 | Abandono | 11 | Ferrari 330 LM | Dan Gurney/Jim Hall | 1964 | 4º (1º GT 4001/5000) | 5 | AC Cobra | Dan Gurney/Bob Bondurant | 1965 | Abandono | 9 | AC Shelby Cobra Daytona | Jerry Grant/Dan Gurney | 1966 | Abandono | 3 | Ford GT 40 Mk II | Dan Gurney/Jerry Grant | 1967 | 1º | 1 | Ford GT Mk IV | Dan Gurney/Anthony Joseph Foyt |
- Eddie Jordan (1948/03/30)
Ano | Resultado | Nº | Carro | Pilotos |
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1981 | Abandono | 53 | BMW M1 | David Hobbs/Eddie Jordan/Steve O'Rourke |
- Gerard Larrousse (1940/05/23)
Gérard Larrousse é um ex-piloto de resistência, ralis e Fórmula 1. O seu maior sucesso como piloto foi vencer as 24 Horas de Le Mans em 1973 e 1974, ao volante de um Matra-Simca MS670 com Henri Pescarolo. A carreira de Larrousse começou nos ralis antes de se iniciar em provas de circuito, onde ganhou o Tour de Corse de 1969 e terminou em segundo o Rali de Monte Carlo de 1969, 1970 e 1972. Com Vic Elford vence as 12 Horas de Sebring de 1971 com um Porsche 917K e os 1000 km de Nurburgring com um Porsche 908/3. Participa também em 2 GP de Fórmula 1 em 1974. Terminada a sua carreira como piloto, continuou envolvido na Fórmula 1 como responsável pela equipa da Renault. Mais tarde, fundou e dirigiu sua própria equipa de Fórmula 1, a Larrousse, de 1987 a 1994. Entre 1987 e 1991 utilizou chassis da Lola e da Venturi em 1992, utilizando um chassis próprio entre 1993 e 1994. Fundada em 1987 por Didier Calmels e Gérard Larrousse, com o nome de Larrousse & Calmels. Em 1989, depois de Didier Calmels ter sido preso por ter disparado sobre a sua mulher, a equipa passou a chamar-se apenas de Larrousse. O melhor resultado da equipa foi um terceiro lugar no GP do Japão de 1990 com Aguri Suzuki.Ano | Resultado | Nº | Carro | Pilotos |
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1967 | Abandono | 56 | Alpine A 210 | Gérard Larrousse/Patrick Depailler | 1968 | Abandono | 28 | Alpine A 220 | Henri Grandsire/Gérard Larrousse | 1969 | 2º (1º Sport Prot.2501/3000) | 64 | Porsche 908 | Gérard Larrousse/Hans Herrmann | 1970 | 2º (2º Sport 3000/5000) | 3 | Porsche 917 Lang Heck | Willi Kauhsen/Gérard Larrousse | 1971 | Abandono | 21 | Porsche 917 Lang Heck | Vic Elford/Gérard Larrousse | 1972 | Abandono | 8 | Lola T 280 | Jo Bonnier/Gérard Larrousse/Gijs van Lennep | 1973 | 1º | 11 | Matra MS 670 B | Henri Pescarolo/Gérard Larrousse | 1974 | 1º | 7 | Matra MS 670 B | Henri Pescarolo/Gérard Larrousse |
- Gordon Spice (1949/04/18 / 2021/09/10)
Spice foi mais notável no seu envolvimento com o Ford Capri, tanto como piloto como parte da Spice Engineering. Iniciou a carreira correndo com Minis no British Saloon Car Championship, no final dos anos 60, a Downton Engineering Spice acabou progredindo para a equipa de fábrica da Ford, CC Developments, comandada por Dave Cook, correndo com o Capri 3.0S. Venceu sua classe em cinco ocasiões entre 1976 e 1980, mas nunca venceu o campeonato à geral. Ao todo, conquistou 24 vitórias à geral. Em 1980, teve como companheiro de equipa Andy Rouse, tendo os dois dominado a sua classe, perdendo apenas o título para Win Percy. Na década de 1980, Spice competiu no Campeonato Mundial de Resistência com seus próprios carros ou os de Jean Rondeau. Venceu a classe C2 no Campeonato do Mundo em 1988. A Spice, além de administrar uma loja de acessórios para automóveis em Egham, fundou também a Gordon Spice Cash and Carry. Eles forneciam acessórios para motores a clientes comerciais. A subsequente flutuação como PLC e um investimento excessivamente ambicioso para além de mudanças nas condições de mercado, levaram ao fim da empresa.Ano | Resultado | Nº | Carro | Pilotos |
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1964 | Abandono | 42 | Deep Sanderson 301 | Chris Lawrence/Gordon Spice | 1978 | 14º (2º IMSA) | 97 | Porsche Carrera RS | Larry Perkins/Gordon Spice/John Rulon-Miller | 1979 | Abandono | 6 | Dome Zero RL | Chris Craft/Gordon Spice/Tony Trimmer | 1980 | 3º (1º GTP) | 17 | Rondeau M 379 B | Philippe Martin/Jean-Michel Martin/Gordon Spice | 1981 | 3º (2º GTP) | 7 | Rondeau M 379 CL | Gordon Spice/François Migault | 1982 | Abandono | 11 | Rondeau M 382 C | François Migault/Gordon Spice/Xavier Lapeyre | 1984 | Abandono | 70 | Tiga CG 84 | Gordon Spice/Neil Crang/Ray Bellm | 1985 | 14º (1º C2) | 70 | Spice-Tiga CG 85 | Gordon Spice/Ray Bellm/Mark Galvin | 1986 | 19º (12º C2) | 70 | Spice Fiero SE 86 C | Gordon Spice/Ray Bellm/Jean-Michel Martin | 1987 | 6º (1º C2) | 111 | Spice Pontiac Fiero SE 86 C | Gordon Spice/Fermin Velez/Philippe de Henning | 1988 | 13º (1º C2) | 111 | Spice SE 88 C | Gordon Spice/Ray Bellm/Pierre de Thoisy | 1989 | Abandono | 21 | Spice SE 89 C | Ray Bellm/Gordon Spice/Lynn Saint-James |
- Graham Hill (1929/02/15 / 1975/11/29)
Graham foi bicampeão mundial de Fórmula 1 em 1962 e 1968. Participou na categoria rainha em 18 temporadas entre 1958 e 1975. É o único piloto a vencer a «Tripla Coroa do Automobilismo» (24 horas de Le Mans, 500 milhas de Indianápolis e o Grande Prémio do Mónaco). Em 1972 cria a sua própria equipa, a Embassy Hill, inicialmente utilizaria chassis Shadow DN1 em 1973 e um Lola T370 para 1974. Em 1975 cria o seu próprio e único chassis, o Embassy Hill GH1 mas o aileron do seu carro soltou-se, fazendo com que Rolf Stommelen perdesse o controlo e voasse contra a bancada, matando quatro espectadores e deixando Rolf gravemente ferido. Em 29 de novembro, após uma sessão de treinos em Paul Ricard, Graham e seu staff regressariam a Inglaterra a bordo do seu avião particular. Ao chegar à base aérea de Biggin Hill, a aeronave, despenhou-se no nevoeiro perto de um campo de golfe, incendiando-se de seguida. Todos que estavam no Piper Aztec tiveram morte imediata. Com a tragédia, a Embassy Hill fecha definitivamente.Ano | Resultado | Nº | Carro | Pilotos |
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1958 | Abandono | 26 | Lotus Mk 15 | Cliff Allison/Graham Hill/Pete Lovely | 1959 | Abandono | 30 | Lotus Mk 15 | Graham Hill/Derek Jolly | 1960 | Abandono | 33 | Porsche 718 RS 60/4 | Jo Bonnier/Graham Hill | 1961 | Abandono | 18 | Ferrari 250 GT | Stirling Moss/Graham Hill | 1962 | Abandono | 11 | Aston Martin DP 212 | Graham Hill/Richie Ginther | 1963 | Não Classificado (Distância Insuficiente). | 00 | Rover | Graham Hill/Richie Ghinter | 1964 | 2º (2º Prototipo 3001/4000) | 14 | Ferrari 330 P | Jo Bonnier/Graham Hill | 1965 | 10º (2º Prototipo 1601/2000) | 31 | Rover | Graham Hill/Jackie Stewart | 1966 | Abandono | 7 | Ford GT 40 Mk II | Graham Hill/Brian Muir | 1972 | 1º | 15 | Matra MS 670 | Henri Pescarolo/Graham Hill |
- Gunther Gebhardt (1953/07/23)
Gebhardt foi piloto, dono de equipa e também preparador de automóveis. Gebhardt começou na Fórmula Super Vee tendo vencido várias corridas na série europeia, ficando em segundo lugar na série de 1979, terminando a apenas dois pontos atrás do campeão, John Nielsen, tendo obtido quatro vitórias. O passo para a Fórmula 2, com seu próprio March 812 BMW não saiu como planeado. Posteriormente, Günther correu em «sport cars» e construiu vários dos seus próprios carros para o Grupo C2, continuando na série Interserie em 1994. Seu maior sucesso como piloto foi o segundo lugar na corrida Interseries em Hockenheim em 1987. Gebhardt manteve-se no activo como piloto até o final da temporada de 1995, a equipa e a construção de carros de corrida existiram até 2001.Ano | Resultado | Nº | Carro | Pilotos |
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1990 | Abandono | 230 | Porsche 962 C | Giampiero Moretti/Nick Adams/Gunther Gebhardt |
- Guy Ligier (1930/07/12 / 2015/08/23)
Filho de um agricultor, Ligier ficou órfão aos 7 anos de idade. Atlético e competitivo, tornou-se campeão francês de remo em 1947. Também tinha uma paixão pelo rugbi e era bom o suficiente para jogar pelo Exército Francês durante o Serviço Nacional e ganhar um lugar na equipa B nacional francesa. Quando a sua carreira de rugby foi interrompida devido a lesões, mudou-se para corridas de motos. Venceu o French Motorbike Championship nas 500cc pilotando uma Norton Manx "LA" em 1959 e em 1960. A iniciação nos automóveis deu-se em 1957 com um Simca 1300 passando para as corridas de monolugares em 1960. Em 1964 Ligier teve como companheiro de equipa na Fórmula 2 Jo Schlesser. Daqui resultou uma amizade da qual se tornariam importadores exclusivos dos produtos Ford-Shelby para França. Com Schelesser, Ligier obtiveram bons resultados com um Ford GT40 da Ford France. Nos treinos do GP de Alemanha, Guy teve um acidente que podia ter consequências graves, a tal ponto que os médicos queriam-lhe amputar a perna, valeu a intervenção de Schlesser e a perna foi salva. Em 1968, Schlesser morre no acidente do GP de França de F1 e Guy abandona a competição. Nesse mesmo ano lança a Ligier Cars para construir os seus próprios carros desportivos e de competição. Os modelos produzidos seriam chamados de JS em memória do seu grande amigo Jo Schlesser. Entretanto Ligier compra os activos da Matra em 1976. Com a ajuda do seu amigo François Mitterrand que tinha sido eleito presidente de França, consegue salvar a equipa quando obteve problemas financeiros em 1983, isto porque Mitterrand ordenou que as empresas estatais Elf, Gitanes e Loto fornecessem patrocínio à Ligier. A equipa durou até 1996, quando a equipa foi vendida a Alain Prost.Ano | Resultado | Nº | Carro | Pilotos |
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1964 | 7º (1º GT 1601/2000) | 34 | Porsche 904/4 GTS | Robert Buchet/Guy Ligier | 1965 | Abandono | 15 | Ford GT 40 Roadster | Guy Ligier/Maurice Trintignant | 1966 | Abandono | 15 | Ford GT 40 P | Bob Grossman/Guy Ligier | 1967 | Abandono | 6 | Ford GT Mk II B | Jo Schlesser/Guy Ligier | 1970 | Abandono | 50 | Ligier JS 1 | Guy Ligier/Jean-Claude Andruet | 1971 | Não Classificado (Distância Insuficiente). | 24 | Ligier JS 3 | Guy Ligier/Patrick Depailler | 1972 | Abandono | 21 | Ligier JS 2 | Guy Ligier/Jean-Francois Piot | 1972 | Abandono | 21 | Ligier JS 2 | Guy Ligier/Jean-Francois Piot | 1973 | Desclassificado | 62 | Ligier JS 2 | Guy Ligier/Jacques Laffite |
- Henri Pescarolo (1942/09/25)
Filho de um cirurgião, Pescarolo inicia a sua carreira no automobilismo em 1964. Obtém o record de 33 participações nas 24 Horas de Le Mans tendo unicamente falhado em 1969 devido a um acidente na recta das Hunaudières. Neste acidente sofreu graves queimaduras quando testava o protótipo Matra MS640. Venceu quatro edições (1972, 1973, 1974 e 1984), e venceu uma série de outros grandes eventos de «sport cars», incluindo as 24 Horas de Daytona. Participou também em 64 Grandes Prémios de Fórmula 1, no Rally Raid Paris-Dakar nos anos 90, antes de se reformar das corridas aos 57 anos. Em 2000, montou a sua equipa de mesmo nome, a Pescarolo Sport, que competiu em Le Mans até 2013 e que contavam com motorização Peugeot. Durante os cinco anos em que Pescarolo utilizou os protótipos do Courage C60, muitas modificações foram feitas no modelo que Courage forneceu à equipa o que permitiu que baptizasse o carro como Pescarolo, tal foi a diferença entre o seu modelo e o modelo original C60. Os protótipos Pescarolo estiveram muito perto de vencer Le Mans em 2005 e 2006 com um segundo lugar e um terceiro em 2007.Ano | Resultado | Nº | Carro | Pilotos |
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1966 | Abandono | 43 | Matra M 620 | Jean-Pierre Jaussaud/Henri Pescarolo | 1967 | Abandono | 30 | Matra MS 630 | Jean-Pierre Jaussaud/Henri Pescarolo | 1968 | Abandono | 24 | Matra M 630 | Henri Pescarolo/Johnny Servoz-Gavin | 1970 | Abandono | 31 | Matra MS 660 | Jean-Pierre Beltoise/Henri Pescarolo | 1971 | Abandono | 7 | Ferrari 512 F (F=Filipinetti) | Mike Parkes/Henri Pescarolo | 1972 | 1º | 15 | Matra MS 670 | Henri Pescarolo/Graham Hill | 1973 | 1º | 11 | Matra MS 670 B | Henri Pescarolo/Gérard Larrousse | 1974 | 1º | 7 | Matra MS 670 B | Henri Pescarolo/Gérard Larrousse | 1975 | Abandono | 6 | Ligier JS 2 | Henri Pescarolo/François Migault | 1976 | 8º (1º GTP) | 1 | Inaltera GT | Henri Pescarolo/Jean-Pierre Beltoise | 1977 | Abandono | 3 | Porsche 936/77 | Jacky Ickx/Henri Pescarolo | 1978 | Abandono | 5 | Porsche 936/78 | Jacky Ickx/Henri Pescarolo/Jochen Mass | 1979 | 10º (2º GR. 6 > 2000) | 4 | Rondeau M 379 | Jean-Pierre Beltoise/Henri Pescarolo | 1980 | Abandono | 15 | Rondeau M 379 B | Henri Pescarolo/Jean Ragnoti | 1981 | Abandono | 26 | Rondeau M 379 C | Henri Pescarolo/Patrick Tambay | 1982 | Abandono | 24 | Rondeau M 382 C | Jean-Pierre Jaussaud/Henri Pescarolo | 1982 | Abandono | 12 | Rondeau M 382 C | Henri Pescarolo/Jean Ragnoti/Jean Rondeau | 1983 | Abandono | 24 | Rondeau M 482 | Henri Pescarolo/Thierry Boutsen/Michel Ferté | 1984 | 1º | 7 | Porsche 956 | Henri Pescarolo/Klaus Ludwig | 1985 | 7º (7º C1) | 5 | Lancia LC 2 83/85 | Henri Pescarolo/Mauro Baldi | 1986 | Abandono | 62 | Sauber C 8 | Christian Danner/Dieter Quester/Henri Pescarolo | 1987 | Abandono | 61 | Sauber C 9 | Mike Thackwell/Henri Pescarolo/Hideki Okada | 1988 | Abandono | 3 | Jaguar XJR-9 LM | Raul Boesel/Henri Pescarolo/John Watson | 1989 | 6º (6º C1) | 8 | Porsche 962 C | Henri Pescarolo/Claude Ballot-Léna/Jean-Louis Ricci | 1990 | 14º (14º C1) | 6 | Porsche 962 C | Jean-Louis Ricci/Henri Pescarolo/Jacques Laffite | 1991 | Abandono | 57 | Porsche 962 C | Bernd Schneider/John Winter/Henri Pescarolo | 1992 | 6º (1º C3) | 54 | Cougar C 28 LM | Bob Wollek/Henri Pescarolo/Jean-Louis Ricci | 1993 | 9º (3º C2) | 18 | Porsche 962 C | Randy Meixner/Bob Wollek/Henri Pescarolo | 1994 | Abandono | 2 | Courage C32 LM | Alain Ferté/Henri Pescarolo/Franck Lagorce | 1995 | Abandono | 11 | Courage C41 | Henri Pescarolo/Franck Lagorce/Eric Bernard | 1996 | 7º (2º LMP1) | 5 | Courage C36 | Henri Pescarolo/Franck Lagorce/Emmanuel Collard | 1997 | 7º (4º LMP) | 8 | Courage C36 | Emmanuel Clerico/Henri Pescarolo/Jean-Philippe Belloc | 1998 | 16º (5º LMP1) | 15 | Courage C36 | Henri Pescarolo/Olivier Grouillard/Franck Montagny | 1999 | 9º (8º LMP) | 14 | Courage C50 | Henri Pescarolo/Patrice Gay/Michel Ferté |
- Howden Ganley (1941/12/24)
Howden Ganley é um ex-piloto neozelandês. De 1971 a 1974, participou em 41 Grandes Prémios de Fórmula 1. Ficou em 4º lugar duas vezes e marcou pontos 5 vezes para um total de 10 pontos no campeonato. Participou também em várias corridas de Fórmula 1 extra campeonato. Depois de ter assistido ao Grande Prémio da Nova Zelândia de 1955 apenas com 13 anos, mudou-se para o Reino Unido em 1961 onde trabalhou como mecânico. A carreira como piloto terminou em 1974. Depois de fazer 2 corridas pela March, aceita pilotar na estreante equipa japonesa Maki com a qual sofreu um acidente nos treinos do GP da Alemanha de 1974 devido a problemas na suspensão, os ferimentos nos pés foram graves e a carreira de piloto terminou por ali. Ainda no ano de 1974, Ganley juntamente com Tim Schenken, também ex-piloto de Fórmula 1, fundaram a equipa Tiga Race Cars. O nome Tiga resulta das duas primeiras letras do nome de ambos, TIm GAnley, o plano inicial era de ingressa-la na Fórmula 1 na temporada de 1978 e tendo o piloto finlandês Mikko Kozarowitzky como piloto, mas a falta de investimento impossibilitou o projeto. No entanto, os TIGA venceram numerosos campeonatos, bem como a vitória à classe nas 24 horas de Le Mans.Ano | Resultado | Nº | Carro | Pilotos |
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1972 | 2º (2º Sport 2501/3000) | 14 | Matra MS 670 | Francois Cevert/Howden Ganley | 1973 | Abandono | 8 | Mirage M 6 | Derek Bell/Howden Ganley | 1975 | Abandono | 59 | Porsche Carrera RSR | Tim Schenken/Howden Ganley | 1976 | Abandono | 49 | Porsche Carrera RSR | Clemens Schickentanz/Howden Ganley |
- Ian Bracey (1943/08/18)
Ano | Resultado | Nº | Carro | Pilotos |
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1976 | 22º (2º GR. 6 < 2000) | 31 | Lola T 294 S | Tony Birchenhough/Ian Bracey/Simon Phillips/Brian Joscelyne | 1977 | Abandono | 22 | Chevron B 31 | Tony Charnell/Ian Bracey/John Hine/Robin Smith |
- Jack Brabham (1926/04/02 / 2014/05/19)
Sir John Arthur Brabham, conhecido como Jack Brabham foi filho de um merceeiro, abandonou a escola aos 15 anos para trabalhar numa oficina. Durante a Segunda Guerra Mundial, serviu na Royal Australian Air Force. Em 1946 abriu uma pequena oficina. Iniciou-se no karting e na sua primeira temporada venceu o campeonato NSW e formou uma parceria com Ron Tauranac. Em 1955, estreou-se na F1 no Grande Prémio da Grã-Bretanha pilotando um Cooper. Foi campeão em 1959 e 1960 com a Cooper. Em 1961, com Ron Tauranac fundou a Brabham. Em 1966 com um Brabham-Repco venceu o campeonato pela terceira vez e a primeira como dono de equipa. Em 1970 retirou-se das competições e vendeu a equipa a Tauranac antes de regressar à Austrália. Tornou-se membro do International Motorsports Hall of Fame em 1990.Ano | Resultado | Nº | Carro | Pilotos |
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1957 | 15º (3º 751/1100) | 40 | Cooper T 39 | Jack Brabham/Ian Raby | 1958 | Abandono | 2 | Aston Martin DBR 1/300 | Stirling Moss/Jack Brabham | 1970 | Abandono | 32 | Matra MS 650 | Jack Brabham/Francois Cevert |
- Jackie Oliver (1942/08/14)
Oliver iniciou a sua carreira no automobilismo em 1961 conduzindo um Mini. Em 1967 faz parte da equipa de Fórmula 2 da Lotus. Após a morte de Jim Clark é chamado a tomar o seu lugar na Fórmula 1. Com um Ford GT 40 vence as 12 Horas de Sebring, as 24 horas de Le Mans em 1969, 24 Horas de Daytona e 1000 Km de Monza em 1971 (Porsche 917). Em 1969 participa ainda na Can-Am ao volante da Shadow. No final de 1977 deixa a Shadow com o financeiro Franco Ambrosio, os designers Tony Southgate e Alan Rees, o engenheiro Dave Wass e o piloto Riccardo Patrese para criar a equipa Arrows. Ficaria famosa por participar em 382 GP sem uma única vitória.Ano | Resultado | Nº | Carro | Pilotos |
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1968 | Abandono | 11 | Ford GT 40 | Brian Muir/Jackie Oliver | 1969 | 1º | 6 | Ford GT 40 | Jacky Ickx/Jackie Oliver | 1971 | Abandono | 18 | Porsche 917 Lang Heck | Jackie Oliver/Pedro Rodriguez |
- Jackie Stewart (1939/06/11)
John Young Stewart mais conhecido como Jackie Stewart é um ex-piloto britânico, nascido na Escócia. Tricampeão mundial de Fórmula 1 e considerado um dos maiores pilotos da história. Além disso, Stewart paralelamente correu nas 24 Horas de Le Mans de 1965, nas 500 Milhas de Indianápolis de 1966 e competiu na Can-Am em 1971 e em 1972. Stewart começou sua carreira na F1 pilotando para a BRM de 1965 a 1967, em 1968 foi para a estreante Matra. No ano seguinte conquistou seu primeiro título mundial. Em 1970, foi para a Tyrrell, onde conquistou mais dois títulos mundiais, em 1971 e em 1973. Foi um dos pilotos a exigir mais segurança na Fórmula 1 e em consequência para todo o desporto automóvel. Tudo começou num gravíssimo acidente que sofreu em 1966 na pista belga de Spa-Francorchamps. Uma tempestade atingiu o circuito e deixou seca somente a zona da grelha de partida. Na rápida Masta Straight, o BRM de Stewart entrou em pião e caiu numa vala. Stewart ficou preso no carro com o macacão encharcado de gasolina, enquanto Graham Hill e Bondurant tentavam desaparafusar o volante para poderem retirar Stewart de dentro do carro. A partir daí, disse que não correria não tivesse segurança no seu carro. Foi ele que idealizou o capacete que cobre toda a cabeça do piloto e o macacão antichamas. A partir daí ele chegou a ser ridicularizado por aqueles que achavam que as competições deviam ser um desporto de riscos. Ficou, inclusive, conhecido como o homem vacilante. Terminou a sua carreira na F1 após o acidente mortal de François Cevert em 1973. Em 1997 Stewart cria a sua própria equipa de Fórmula 1 em parceria com o seu filho Paul. Com o apoio oficial da Ford obteve uma única vitória de Herbert no GP da Europa em 1998. A Equipa foi entretanto comprada pela Ford em 2000 tornando-se na Jaguar Racing e posteriormente na Red-Bull em 2005.Ano | Resultado | Nº | Carro | Pilotos |
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1965 | 10º (2º Prototipo 1601/2000) | 31 | Rover | Graham Hill/Jackie Stewart |
- Jacques Delettrez (1926/07/20 / 1996/03/09)
Jacques Delettrez foi piloto tal como o seu irmão Jean, tendo ambos participado nas 24 Horas de Le Mans na década de 1950 com o seu próprio carro, um Delettrez, usando um motor a diesel, resultaria daqui a primeira participação em Le Mans, de um veículo a diesel. Algo que só se repetiria para além das participações nos anos de 1949, 1950, 1951 e em 2004. O veículo utilizado tinha um chassis da marca Unic, do tipo U4C, com um motor de camião GMC do tipo CCKW de 4486 cm3, transformado em diesel pelos irmãos Delettrez e equipado com uma cabeça de alumínio, tinha a carroçaria de Delage V12.Ano | Resultado | Nº | Carro | Pilotos |
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1949 | Abandono | 5 | Delettrez Diesel | Jacques Delettrez/Jean Delettrez | 1950 | Abandono | 10 | Delettrez Diesel | Jacques Delettrez/Jean Delettrez | 1951 | Abandono | 12 | Delettrez Diesel | Jacques Delettrez/Jean Delettrez |
- Jacques Nicolet (1956/04/05)
Jacques Nicolet é um empresário francês e piloto de corridas. Nicolet começou sua carreira de piloto em corridas históricas, competindo no V de V Historic Series entre 2001 e 2006. Em 2003, formou a Heritage Racing Cars, responsável pela manutenção de carros clássicos de resistência. No final de 2006, Nicolet comprou a Saulnier Racing. Começou a correr para a equipa nas Le Mans Series e nas 24 Horas de Le Mans. Em 2008, fez uma parceria com Henri Pescarolo para formar a Pescarolo Automobiles. Em 2009, Nicolet estabeleceu a OAK Racing, com a operação Saulnier Racing tornando-se o OAK Racing Mazda Team France e o Heritage Racing Cars tornando-se o OAK Racing Team Heritage. Em 2013 decidiu com Guy Ligier dar uma nova vida à mítica marca francesa construindo sport-protótipos. Nasceu assim uma amizade que pouco a pouco, alimentada pela paixão compartilhada, pelo encontro de dois fortes temperamentos e pela cumplicidade de dois chefes em lutar em todas as frentes para manter e desenvolver os seus empreendimentos. Mais de quarenta anos depois da criação da lendária marca que leva seu nome, Guy Ligier viu o nascimento e as vitórias, em vários continentes, de um LM P2 com iniciais queridas ao coração - o Ligier JS P2. Testemunhou ainda o novo mercado dos LM P3 com o Ligier JS P3. Apesar do triste desaparecimento desta figura emblemática do automobilismo francês em 2015, Jacques Nicolet tem a intenção de continuar a fazer a marca francesa brilhar em todo o mundo.Ano | Resultado | Nº | Carro | Pilotos |
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2007 | Abandono | 35 | Courage LC75 | Bruce Jouanny/Jacques Nicolet/Alain Filhol | 2008 | 26º (12º LMP1) | 4 | Pescarolo 01 | Jacques Nicolet/Richard Hein/Marc Faggionato | 2009 | 20º (3º LMP2) | 24 | Pescarolo 01 | Jacques Nicolet/Richard Hein/Jean-François Yvon | 2010 | 9º (4º LMP2) | 24 | Pescarolo 01 Evo | Jacques Nicolet/Richard Hein/Jean-François Yvon | 2011 | Abandono | 24 | OAK Pescarolo 01 | Richard Hein/Jacques Nicolet/Jean-François Yvon | 2012 | Abandono | 24 | Morgan LMP2 | Jacques Nicolet/Matthieu Lahaye/Olivier Pla | 2013 | Abandono | 45 | Morgan LMP2 | Jacques Nicolet/Jean-Marc Merlin/Philippe Mondolot | 2015 | 29º (11º LMP2) | 35 | Ligier JS P2 | Jacques Nicolet/Jean-Marc Merlin/Erik Maris | 2017 | 15º (13º LMP2) | 33 | Ligier JS P2 17 | Jacques Nicolet/Pierre Nicolet/Erik Maris |
- Jean Delettrez (1921/01/03 / 2010/04/11)
Jean Delettrez foi piloto tal como o seu irmão Jacques, tendo ambos participado nas 24 Horas de Le Mans na década de 1950 com o seu próprio carro, um Delettrez, usando um motor a diesel, resultaria daqui a primeira participação em Le Mans, de um veículo a diesel. Algo que só se repetiria para além das participações nos anos de 1949, 1950, 1951 e em 2004. O veículo utilizado tinha um chassis da marca Unic, do tipo U4C, com um motor de camião GMC do tipo CCKW de 4486 cm3, transformado em diesel pelos irmãos Delettrez e equipado com uma cabeça de alumínio, tinha a carroçaria de Delage V12.Ano | Resultado | Nº | Carro | Pilotos |
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1949 | Abandono | 5 | Delettrez Diesel | Jacques Delettrez/Jean Delettrez | 1950 | Abandono | 10 | Delettrez Diesel | Jacques Delettrez/Jean Delettrez | 1951 | Abandono | 12 | Delettrez Diesel | Jacques Delettrez/Jean Delettrez |
- Jean Pairard (1000/01/01 / 1964/10/11)
Em 1950, Jean Pairard fundou a empresa Vernet et Pairard junto com seu colega de corrida Just-Émile Vernet. Os automóveis foram fabricados em Paris numa pequena série sob a marca VP entre o ano em que foram fundados e 1958. O primeiro veículo, baseado em um Renault 4CV, Vernet e Pairard, apresentado em 1952 no Salão Automóvel de Paris. O VP 166R, lançado em 1953, foi usado em corridas de longa distância na década de 1950. A produção cessou em 1958 e a empresa foi fechada.Ano | Resultado | Nº | Carro | Pilotos |
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1951 | 29º (6º 501/750) | 53 | Renault 4 CV 1063 | Just-Émile Vernet/Jean Pairard | 1952 | Abandono | 56 | Renault 4 CV | Just-Émile Vernet/Jean Pairard | 1953 | Não Classificado (Distância Insuficiente). | 56 | VP 166 R | Just-Émile Vernet/Jean Pairard |
- Jean Redele (1922/05/27 / 2007/08/10)
Jean Rédélé foi o mais jovem concessionário da Renault em França instalado em Dieppe. Em 1950, Rédélé participa pela primeira vez no rali Dieppe-Rouen com um Renault 4CV. Após o fracasso no Monte-Carlo, começou a correr nos Alpes franceses onde obteve a sua primeira vitória. O nome da «Alpine» é um tributo à sua primeira vitória em 1954 no «Coupe des Alpes». O seu primeiro modelo foi o Alpine A106. No seu palmarés conta com o primeiro título no Mundial de ralis em 1973 e a vitória nas 24 Horas de Le Mans de 1978, mas aqui já sob o comando da Renault e sob o nome de Renault-Alpine.Ano | Resultado | Nº | Carro | Pilotos |
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1952 | 17º (4º 501/750) | 67 | Renault 4 CV 1063 | Jean Redélé/Guy Lapchin | 1953 | Abandono | 54 | Renault 4 CV 1066 | Jean Redélé/Louis Pons |
- Jean Rondeau (1946/05/13 / 1985/12/27)
Natural de Le Mans, Rondeau assiste às suas primeiras 24 Horas com 3 anos, quando o seu pai o leva a ver a primeira edição do pós-Guerra. Aos 8 anos começa a competir, participando aos 10 no "Critérium du Jeune Pilote" uma prova organizada pelo ACO. Em 1968 surgem os primeiros resultados nas corridas de Turismos e de Sport. Em 1972 estreia-se nas "suas" 24 Horas de Le Mans ao volante de um Chevron B21 Ford na categoria Sport 2 litros com Brian Robinson tendo obtido nos treinos o melhor tempo da classe e abandonando na corrida. Dois anos depois participa ao volante de um Porsche 908/02 de Sport 3 litros com Christian Poirot tendo sido 19º da geral. Em 1975 regressa com o Mazda RX-3 de Claude Bouchet no qual foi 8º da geral, por ironia, Poirot num Porsche consegue ser 3º da geral. O passo seguinte seria tornar-se piloto-construtor. Em 1975 construiu o seu próprio protótipo com alguns amigos na sua garagem, mais precisamente 2 em 5 meses. O seu projecto não foi bem aceite por não ser patriótico, visto que escolheu como motor o Ford Cosworth em vez dos franceses PRV (Peugeot-Renault-Volvo). Este carro teria o nome do seu patrocinador principal, a da multinacional do papel Inaltera e conseguiu várias vitórias na classe GTP. O nome Rondeau surge em 1978, os carros eram a evolução natural dos Inaltera iniciais. Neste mesmo ano Rondeau apresenta o projecto de um protótipo de 6 rodas inspirado no Tyrrell P34 de Fórmula 1. Não passou mesmo do papel. O ano da glória surge em 1980, quando ele próprio no seu carro na companhia de Jaussaud vencem as 24 Horas de Le Mans. Em Dezembro de 1985 encontraria a morte ao atravessar uma passagem de nível quando a cancela se abriu para deixar passar uma ambulância tendo sido colhido por um comboio. Ficaram por construir os seus últimos projectos, um carro para o campeonato IMSA e um de Fórmula 1.Ano | Resultado | Nº | Carro | Pilotos |
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1972 | Abandono | 23 | Chevron B 21 | Brian Robinson/Jean Rondeau | 1974 | 19º (6º Sport 2001/3000) | 65 | Porsche 908/02 | Christian Poirot/Jean Rondeau | 1975 | Abandono | 98 | Mazda S 124 A Coupé | Claude Buchet/Jean Rondeau | 1976 | 21º (3º GTP) | 2 | Inaltera GT | Christine Beckers/Jean-Pierre Jaussaud/Jean Rondeau | 1977 | 4º (1º GTP) | 88 | Inaltera LM 77 | Jean Ragnoti/Jean Rondeau | 1978 | 9º (1º GTP) | 72 | Rondeau M 378 | Jean Rondeau/Bernard Darniche/Jacky Haran | 1979 | Abandono | 55 | Rondeau M 379 | Jean Rondeau/Jacky Haran | 1980 | 1º | 16 | Rondeau M 379 B | Jean Rondeau/Jean-Pierre Jaussaud | 1981 | Abandono | 24 | Rondeau M 379 C | Jean Rondeau/Jean-Pierre Jaussaud | 1982 | Abandono | 12 | Rondeau M 382 C | Henri Pescarolo/Jean Ragnoti/Jean Rondeau | 1983 | Abandono | 26 | Rondeau M 482 | Jean Rondeau/Alain Ferté/Michel Ferté | 1984 | 2º (2º C1) | 26 | Porsche 956 | Jean Rondeau/John Paul Jr./Preston Henn | 1985 | 17º (13º C1) | 42 | WM P 85 | Michel Pignard/Jean-Daniel Raulet/Jean Rondeau |
- Jean-Pierre Wimille (1908/02/26 / 1949/01/28)
Jean-Pierre foi piloto de automobilismo e membro da Resistência Francesa durante a Segunda Guerra Mundial. Filho de um grande amante do automobilismo, foi contratado como correspondente automobilístico do jornal Petit Parisien, Jean-Pierre desenvolveu um grande fascínio pelos carros de corrida ainda jovem. Tinha 22 anos quando se estreou ao volante de um Bugatti 37A no Grande Prémio de França de 1930 em Pau. Quando a Segunda Guerra Mundial chegou, após a ocupação nazi, Wimille, Robert Benoist e William Grover-Williams juntaram- se ao Executivo de Operações Especiais, que ajudou a Resistência Francesa. Dos três, Wimille foi o único a sobreviver depois de evitar a captura pela Gestapo, saltando de uma janela e escondendo-se junto a um rio. Após de 1946, Wimille projectou e construiu carros em Paris sob o nome de Wimille. Entre 1946 e 1950, cerca de oito carros foram construídos, inicialmente com motores Citroën, mais tarde com motores Ford V8. Jean-Pierre Wimille morreu ao volante de Simca-Gordini durante os treinos do Grande Prémio de Buenos Aires de 1949.Ano | Resultado | Nº | Carro | Pilotos |
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1937 | 1º | 2 | Bugatti T 57 G "Tank" | Jean-Pierre Wimille/Robert Benoist | 1939 | 1º | 1 | Bugatti T 57 C "Tank" | Jean-Pierre Wimille/Pierre Veyron |
- Jem Marsh (1930/04/15 / 2015/03/02)
Jeremy Marsh, mais conhecido por Jem Marsh foi engenheiro, construtor e piloto. Dono da Speedex Castings and Accessories Ltd., que fabricava e vendia peças para os Austin Seven baseadas no bem sucedido Speedex 750 Racing Special. Co-fundador da Marcos com Franck Costin em 1959, cujo nome deriva da junção de "MAR"sh com "COS"tin. Esta foi comprada pelo canadiano Tony Stellinga quando era gerida pelo filho de Jem, Chris March. Cessou a proidução de automóveis em 2008.Ano | Resultado | Nº | Carro | Pilotos |
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1967 | Abandono | 50 | Marcos Mini GT C2 | Chris Lawrence/Jem Marsh |
- Jim Hall (1935/07/23)
Natural do Texas, Jim Hall teve na sua carreira de piloto uma passagem pela Fórmula 1 entre 1960 e 1963 participando em um total de 11 Grandes Prémios, além de diversas outras corridas fora do campeonato, marcando 3 pontos na sua carreira. Além disso, participou inclusivé nas 24 Horas de Le Mans de 1963 com Dan Gurney, bem como nas 12 Horas de Sebring. Em 1962 conjuntamente com Hap Sharp funda a Chaparral Cars. Durante as décadas de 1960 e 1970 obteve um sucesso enorme com os seus carros revolucionários com as suas asas e spoilers e até excêntricos, (como é o caso do 2J conhecido como o «sucker car» o primeiro carro de efeito de solo) tanto na série Can-AM como no Mundial de marcas e nas 50 milhas de Indianápolis que ganharam em 1978 e 1980. A Chaparral encerrou a produção dos seus carros em 1982.Ano | Resultado | Nº | Carro | Pilotos |
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1963 | Abandono | 11 | Ferrari 330 LM | Dan Gurney/Jim Hall |
- John Fitch (1917/08/04 / 2012/10/31)
Para além de piloto de automóveis, Fitch foi inventor. Além de diversas inovações no mundo automóvel, a ele se devem as famosas «Barreiras Fitch». Inspiradas nos bidons de combustível cheios de areia que usou durante a Segunda Grande Guerra para proteger a sua tenda.Ano | Resultado | Nº | Carro | Pilotos |
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1951 | 18º (1º 5001/8000) | 4 | Cunningham C 2-R | John Fitch/Phil Walters | 1952 | Abandono | 3 | Cunningham C 4 RK | John Fitch/George Price | 1953 | 3º (1º 5001/8000) | 2 | Cunningham C 5-R | Phil Walters/John Fitch | 1954 | Abandono | 6 | Ferrari 375 MM "Cunningham" | Phil Walters/John Fitch | 1955 | Abandono | 20 | Mercedes-Benz 300 SLR | Pierre Levegh/John Fitch | 1960 | 8º (1º GT 4001/5000) | 3 | Chevrolet Corvette | John Fitch/Bob Grossman |
- John Surtees (1934/02/11 / 2017/03/10)
Surtees foi o único a ser campeão mundial em duas e quatro rodas. Surtees venceu sete títulos mundiais em corridas de motociclismo, vencendo o campeonato das 350cc de 1958 a 1960 e o campeonato das 500cc em 1956 e 1958 a 1960. Trocou as motos pelos carros em 1960 e fez a sua corrida de estreia pela Fórmula 1 na equipa Lotus no Grande Prémio de Mónaco. Foi para a Ferrari com a qual venceu o campeonato em 1964. Foi campeão da temporada inicial da Can-Am (1966). Surtees saiu da Ferrari durante a temporada de 1966, reclamando do excesso de pressão, deixando Jack Brabham vencer o campeonato. Em 1972 criou a sua própria equipa, Surtees Racing Organization, que disputou a Fórmula 1 entre os anos de 1970 e 1978. Em 1996, foi introduzido no International Motorsports Hall of Fame. Em fevereiro de 2017, foi diagnosticado com uma insuficiência respiratória e faleceu no Hospital St. Georges, em Londres.Ano | Resultado | Nº | Carro | Pilotos |
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1963 | Abandono | 23 | Ferrari 250 P | John Surtees/Willy Mairesse | 1964 | 3º (3º Prototipo 3001/4000) | 19 | Ferrari 330 P | John Surtees/Lorenzo Bandini | 1965 | Abandono | 19 | Ferrari 330 P2 | John Surtees/Ludovico Scarfiotti | 1967 | Abandono | 11 | Lola T70 Mk III | John Surtees/David Hobbs |
- Just-Emile Vernet (1894/06/16 / 1992/ ?/ ?)
Iniciou a sua carreira na competição aos 34 anos em 1928 no Grand Prix de la Marne com um Salmson. Participou seis vezes no Bol d'Or entre 1930 e 1949, tendo terminado em segundo lugar em 1933 e 1947, e terceiro em 1949. Participou catorze vezes nas 24 horas de Le Mans 1931 e 1954, obtendo duas vitórias na categoria 751/1100 em 1931 e 1937. Associou-se ao industrial Jean Pairard, e tornou-se preparador de automóveis de 1952 a 1959. Os dois homens desenvolveram, com base Renault 4CV, os seus protótipos Vernet-Pairard (VP), com carroçarias produzidas pela sociedade Antem, tendo a versão Tank obtido oito records internacionais na pista de Linas-Montlhéry em 1952.Ano | Resultado | Nº | Carro | Pilotos |
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1931 | 6º (1º 751/1100) | 29 | Caban Speciale | Just-Émile Vernet/Fernand Vallon | 1932 | Abandono | 28 | Salmson GS | Just-Émile Vernet/Fernand Vallon | 1933 | 10º (3º 751/1100) | 28 | Salmson GS | Just-Émile Vernet/Fernand Vallon | 1934 | Abandono | 3 | Lorraine-Dietrich B 3-6 | Just-Émile Vernet/Daniel Porthault | 1935 | Abandono | 5 | Lorraine-Dietrich B 3-6 | Daniel Porthault/Just-Émile Vernet | 1937 | 12º (1º 751/1100) | 48 | Simca Cinq | Just-Émile Vernet/Suzanne Largeot | 1938 | Abandono | 41 | Simca Huit | Just-Émile Vernet/Suzanne Largeot | 1939 | 16º (3º 1101/1500) | 34 | Riley TT Sprite Pourtout | Just-Émile Vernet/Carl de Bodard | 1949 | Abandono | 48 | Simca Huit | Just-Émile Vernet/Claude Batault | 1950 | 27º (3º 751/1100) | 45 | Renault 4 CV | Just-Émile Vernet/Roger Eckerlein | 1951 | 29º (6º 501/750) | 53 | Renault 4 CV 1063 | Just-Émile Vernet/Jean Pairard | 1952 | Abandono | 56 | Renault 4 CV | Just-Émile Vernet/Jean Pairard | 1953 | Não Classificado (Distância Insuficiente). | 56 | VP 166 R | Just-Émile Vernet/Jean Pairard | 1954 | Abandono | 49 | VP 166 R | Yves Giraud-Cabantous/Just-Émile Vernet |
- Louis Descartes (1951/12/20 / 1991/12/27)
Louis Descartes teve como muitos outros o sonho de construir o seu próprio carro e participar nas 24 Horas de Le Mans. Quando em 1983 conheceu o engenheiro Jean Paul Sauvée, o projeto consistia em fazer um grupo C sobre a base de um Lola T298 instalando uma cabine fechada, já que o Lola era uma «barchetta». Também foi necessário modificar o chassi para atender às novas regulamentações. No entanto esse projeto foi abandonado e juntos decidiram a partir de uma folha em branco para fazer um novo protótipo. A equipa deixou de existir como resultado da morte acidental de seu fundador em 27 de dezembro de 1991, três dias antes de seu aniversário de 40 anos.Ano | Resultado | Nº | Carro | Pilotos |
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1981 | Não Classificado (Distância Insuficiente). | 32 | Renard Delmas RD 31 | Louis Descartes/Hervé Bayard | 1985 | Não Classificado (Distância Insuficiente). | 93 | ALD 01 | Louis Descartes/Jacques Heuclin/Daniel Hubert | 1986 | Abandono | 92 | ALD 02 | Louis Descartes/Jacques Heuclin | 1987 | 11º (5º C2) | 177 | ALD 03 | Jacques Heuclin/Louis Descartes/Dominique Lacaud | 1988 | 22º (5º C2) | 177 | ALD 04 | Dominique Lacaud/Jacques Heuclin/Louis Descartes | 1989 | Abandono | 177 | ALD C 289 | Alain Serpaggi/Louis Descartes/Yves Hervalet |
- Marcel Gendron (1000/01/01)
Em 1910, Marcel Gendron, juntamente com Marcel Michelot, fundou a Gendron et Compagnie, uma empresa que fabricava caixas de velocidades, eixos traseiros e colunas de direção para automóveis. Em 1924 a empresa começou a produzir seus próprios veículos, que eram vendidos sob a marca G.M. Em 1927, Michelot faleceu num teste antes das 24 Horas de Le Mans. Em 1928 a produção de automóveis terminou e a empresa foi dissolvida. Marcel Gendron é o piloto com maior tempo entre duas participações em Le Mans. 25 anos entre a primeira e a segunda corrida. Em 1925 ele pilotou um G.M. GC2 de produção própria. A corrida terminou prematuramente após 36 voltas. Em 1950 participou com um Renault 4CV em parceria com Jean Vinatier sénior (pai de Jean Vinatier). Desta vez, problemas com a ignição interromperam a corrida prematuramente.Ano | Resultado | Nº | Carro | Pilotos |
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1925 | Abandono | 34 | G.M. GC2 | Marcel Gendron/Lucien Bossoutrot | 1950 | Abandono | 63 | Renault 4 CV | Marcel Gendron/Jean Vinatier |
- Marcel Michelot (1892/10/08 / 1927/06/13)
Em 1910, Marcel Michelot, juntamente com Marcel Gendron, fundou a Gendron et Compagnie, uma empresa que fabricava caixas de velocidades, eixos traseiros e colunas de direção para automóveis. A partir de 1924 passou a construir veículos (G.M. - Gendron-Michelot). Michelot era o director comercial e também cuidava da venda dos veículos. Para conhecer pessoalmente o desempenho dos veículos produzidos, Michelot participou em algumas corridas de longa distância como as 24 Horas de Le Mans. Em 1925 ao volante de um G.M. GC2 terminou em 15º da geral. Também estava inscrito para participar na edição de 1927, mas uma semana antes da corrida, a equipa jantava no conhecido "Auberge des Hunaudières" quando Michelot decidiu dar mais algumas voltas no escuro. Era domingo à noite e a pista estava fechada para testes. Michelot saiu de pista e colidiu com um carvalho na curva de Arnage ao fim de três horas de pilotagem. Michelot sofreu ferimentos tão graves na cabeça que morreu no local do acidente. Marcel Gendron, que era o cronometrista da equipa, retirou o segundo carro da corrida. Em 1928, um ano após a morte de Michelot as operações comerciais terminaram.Ano | Resultado | Nº | Carro | Pilotos |
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1925 | 15º (4º 1101/1500) | 35 | G.M. GC2 | Adrien Drancé/Marcel Michelot |
- Pierre Ferry (1911/05/19 / 1999/05/20)
Desde os seus 14 anos que Pierre Ferry começou a preparar as viaturas familiares, atraído pela competição tira um curso de pilotagem aos 20 anos em Montlhéry. A sua fortuna pessoal permitiu-lhe manter os seus próprios carros de corrida: Bugatti 2 e 3L, com ou sem compressor, e um Riley 1500 admiravelmente preparado, que ele comprou ao piloto inglês Dobson que usou para bater recordes. Em 1938, nas 12H de Paris, terminou em primeiro no índice, enquanto nas 24H em Le Mans, depois de liderar a sua categoria durante 16 horas foi obrigado a desistir devido a um reabastecimento proibido pelo regulamento. Durante a guerra, prisioneiro na Alemanha trabalhou numa fábrica, Pierre Ferry conheceu o sobrinho de Hans Stuck, famoso corredor alemão. Entre eles surgiu uma amizade e Stuck presenteou-o com os seus documentos sobre carros de corrida alemães da época, enquanto lhe contava os segredos de suas árvores de cames e combustíveis especiais. Depois do surgimento do Renault 4CV em 1948, Ferry vê todo o interesse técnico deste pequeno carro e direcciona todos os seus estudos neste pequeno veículo. A partir de 1949, Ferry produziu dois protótipos desportivos (tipo Le Mans) com chassis tubular, motor e radiador à frente, caixa de velocidades suspensa, direcção directa e caixa de velocidades de 5 velocidades já colocada no cárter e com elementos da caixa original de 3 velocidades. Do motor original do motor Renault 750cc, apenas restou o bloco, equipado com uma carroçaria aerodinâmica, permitia-lhe ultrapassar na época todos os carros da mesma cilindrada que, no entanto, anunciavam potência superior (75cv para alguns italianos carros como Osca, Stanguellini e Moretti).Ano | Resultado | Nº | Carro | Pilotos |
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1950 | Abandono | 50 | Ferry 4 CV | Pierre Ferry/Andre Claude |
- Rene Bonnet (1904/12/27 / 1983/01/13)
René Bonnet foi um piloto e construtor de automóveis francês. Começou a construir carros de corrida em 1936 com Charles Deutsch e em 1946 eles fundaram a Deutsch et Bonnet, utilizando mecânicas da Citroën e da Panhard. Em 1961 separaram-se e René Bonnet fundou a empresa «Automobiles René Bonnet». Bonnet criou o primeiro carro desportivo com motor central de estrada do mundo, com mecânica Renault o Djet. O Djet teve uma carreira nas corridas significativa em Sebring, Le Mans, Nürburgring (em 1962, um Djet foi 20º e 1º na sua classe) e em muitos ralis incluindo o Tour de France Automobile. Houve também um descapotável chamado "Missile". Este carro, no entanto, foi um fracasso comercial, apesar de seu desempenho. Como resultado disso, a Automobiles René Bonnet entrou em dificuldades financeiras e ele foi forçado a vender a empresa para o seu fornecedor Matra em outubro de 1964. Bonnet nunca mais voltou à indústria automobilística, mas os Djet e Missile permaneceram em produção pela Matra. René Bonnet morreu num acidente rodoviário aos 78 anos.Ano | Resultado | Nº | Carro | Pilotos |
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1949 | Abandono | 42 | Deutsch & Bonnet Sport | Charles Deutsch/René Bonnet | 1950 | 23º (3º 501/750) | 58 | Deutsch & Bonnet Tank | René Bonnet/Elie Bayol | 1951 | 21º (2º 751/1100) | 48 | Deutsch & Bonnet | René Bonnet/Elie Bayol | 1952 | Abandono | 57 | Deutsch & Bonnet | René Bonnet/Elie Bayol | 1953 | 17º (1º 501/750) | 57 | Deutsch & Bonnet HBR | René Bonnet/André Moynet | 1954 | 10º (1º 501/750) | 57 | Deutsch & Bonnet HBR | René Bonnet/Elie Bayol | 1955 | Abandono | 57 | Deutsch & Bonnet HBR | René Bonnet/Claude Storez |
- Robin Hamilton (1000/01/01)
Ano | Resultado | Nº | Carro | Pilotos |
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1977 | 17º (3º GTP) | 83 | Aston Martin RHAM V8 | Robin Hamilton/Mike Salmon/David Preece | 1979 | Abandono | 50 | Aston Martin RHAM V8 Turbo | Mike Salmon/Robin Hamilton/David Preece |
- Roger Nathan (1943/07/17)
Roger Nathan competiu, construiu e modificou carros desde o início dos anos 1960. Uma lenda do automobilismo, estabeleceu-se na indústria nos anos 60, correndo com Lotus Elites, antes de começar a construção e desenvolver os kits de modificação para os Hillman Imp. A sua primeira temporada completa começou em 1963, quando, aos 20 anos, venceu o Campeonato Nacional de Automobilismo, tendo sido o piloto mais jovem a consegui-lo. Desenvolveu e usou o protótipo aberto Costin-Nathan em 1966, vencendo cinco corridas tendo estabelecido cinco recordes por volta na classe dos protótipos. Pilotou também o protótipo Costin-Nathan GT fechado ao lado de Mike Beckwith nas 24 horas de Le Mans, mas abandonou com problemas elétricos na quinta hora. Roger conquistou 13 troféus em 1964 ao pilotar um Brabham BT8 Climax de 2 litros, incluindo o Aintree Trophy, o Martini International Trophy, o Daily Mirror Trophy e o Onyx Trophy - estabelecendo cinco novos recordes de voltas. Venceu a Ouston Gold Cup e estabeleceu um recorde absoluto no mesmo carro no ano seguinte, substituindo o motor por um Oldsmobile V8 de 4.5 litros. Após 1967, Roger construiu, modificou e desenvolveu "sport cars“, com veículos notáveis, incluindo o Astra Climax, o Nathan GT e o Nathan Hillman GT.Ano | Resultado | Nº | Carro | Pilotos |
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1967 | Abandono | 54 | Costin Nathan | Roger Nathan/Mike Beckwith |
- Sidney Allard (1910/06/19 / 1966/04/12)
Allard foi o fundador da marca Allard e um piloto de sucesso com os carros de seu próprio fabrico. Nascido em Londres, cresceu numa família proprietária de uma importante revendedora da Ford, a Adlard Motor, tornou-se um membro fiel do Ciclo Motorizado de Streatham & District. Quando terminou os estudos foi nomeado director da Adlard. O seu filho, Alan pilotou o primeiro dragster britânico desenhado por Allard com tanto sucesso que Sydney foi nomeado primeiro presidente da Associação Britânica de Corridas de Dragsters. Allard começou a correr em 1929 com um triciclo Morgan, depois convertido em quatro rodas, em provas de Trial. Em 1938 começou a participar em provas de trial, sprints, ralis e em circuito. Venceu o último evento de velocidade efectuado na Inglaterra antes da Segunda Guerra Mundial. No final da guerra, Allard regressou à competição, participando novamente em provas trial. Em 1950 Allard terminou em oitavo no Rally de Monte Carlo, depois correu no Targa Florio, na Sicília, onde o seu Allard se incendiou. Obteve também um terceiro lugar nas 24 Horas de Le Mans em parceria com Tom Cole Jr. Sydney Allard morreu na sua casa em Black Hills. A causa da morte não foi divulgada.Ano | Resultado | Nº | Carro | Pilotos |
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1950 | 3º (1º 5001/8000) | 4 | Allard J 2 | Sidney Allard/Tom Cole Jr. | 1951 | Abandono | 1 | Allard J2 | Sidney Allard/Tom Cole Jr. | 1952 | Abandono | 4 | Allard J 2X | Sidney Allard/Jack Fairman | 1953 | Abandono | 4 | Allard J 2R | Sidney Allard/Philip Fotheringham-Parker |
- Steve Saleen (1949/04/02)
Stephen Mark "Steve" Saleen é um empresário americano e ex-piloto. Ele é mais conhecido por ser o fundador e ex-vice-presidente da Saleen, Inc., fabricante de veículos especiais, incluindo o Saleen S7 e os Ford Mustangs altamente modificados. Entrou na série da Fórmula Atlântica onde, em 1980, terminou em terceiro na classificação final atrás do eventual campeão Jacques Villeneuve. Progrediu para o SCCA Trans-Am Series em 1982, pilotando um Ford Mustang. A partir daqui, a paixão por um dos automóveis mais famosos da Ford começa a manifestar-se. Steve formou a Saleen Autosport em 1983 e começou a construir o primeiro Mustang Saleen, equipado com pacotes especiais de aerodinâmica, suspensão e um interior completamente redesenhado. O carro foi completado em 1984 e foi imediatamente testado contra os melhores carros desportivos do mundo com grande sucesso, terminando em primeiro lugar em sua categoria na corrida de 24 horas de Mosport naquele ano. Em 1995, Saleen formou uma equipa de competição com o comediante Tim Allen e seu compatriota Bob Bondurant, chamado Saleen / Allen "RRR" Speedlab (o nome "RRR" foi uma jogada no grunhido de "arr arr arr" de Allen que se tornou sua marca registrada tanto no «stand-up comedy» como no seu programa de televisão, Home Improvement). A equipa competiu com Saleen Mustangs no SCCA World Challenge, com Saleen e Allen como pilotos. Em 1996, Saleen foi (juntamente com Carroll Shelby) introduzido no Mustang Hall of Fame.Ano | Resultado | Nº | Carro | Pilotos |
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1997 | Abandono | 67 | Saleen Mustang | Price Cobb/Steve Saleen/Carlos Palau |
- Tim Schenken (1943/09/26)
Ex-piloto australiano, Tim Schenken, participou em 36 Grandes Prémios do Campeonato Mundial de Fórmula 1 entre 1970 e 1974. No entanto, o maior sucesso da sua carreia foi nos «SportsCars», para a Ferrari. Em 1972, venceu as corridas de 1000 km de Buenos Aires e 1000 km de Nürburgring, terminou em segundo nas 6 horas de Daytona, 12 horas de Sebring, 1000 km de Brands Hatch e as 6 horas de Watkins Glen, terminou em terceiro nos 1000 Km de Monza e nos 1000 Km de Zeltweg. Em 1973, terminou em segundo nas 6 horas de Vallelunga e 1000 km de Monza. Em 1975 e 1976 terminou em segundo nos 1000 km de Nürburgring e depois em 1977 venceu os 1000 km de Nürburgring pela segunda vez. Em Le Mans, em 1976, ele terminou em segundo na classe GT e foi 16º no geral. Em 1975 foi vice-campeão no Campeonato Europeu de GT e terminou em terceiro no campeonato em 1976. Ainda no ano de 1974, Schenken juntamente com Howden Ganley, também ex-piloto de Fórmula 1, fundaram a equipa Tiga Race Cars. O nome Tiga resulta das duas primeiras letras do nome de ambos, TIm GAnley, o plano inicial era de ingressa-la na Fórmula 1 na temporada de 1978 e tendo o piloto finlandês Mikko Kozarowitzky como piloto, mas a falta de investimento impossibilitou o projeto. No entanto, os TIGA venceram numerosos campeonatos, bem como a vitória à classe nas 24 horas de Le Mans.Ano | Resultado | Nº | Carro | Pilotos |
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1973 | Abandono | 17 | Ferrari 312 PB | Tim Schenken/Carlos Reutemann | 1975 | Abandono | 59 | Porsche Carrera RSR | Tim Schenken/Howden Ganley | 1976 | 16º (2º GR. 4) | 57 | Porsche 934 | Toine Hezemans/Tim Schenken | 1977 | Abandono | 38 | Porsche 935 | Tim Schenken/Toine Hezemans/Hans Heyer | 1977 | Abandono | 39 | Porsche 935 | Toine Hezemans/Tim Schenken/Hans Heyer |
- Vern Schuppan (1943/03/19)
Schuppan é um ex-piloto Australiano. Schuppan pilotou em várias categorias, participando da Fórmula 1, Indianápolis 500 e com mais sucesso nos sportscars. Apesar de se considerar um piloto de monolugares, a maior vitória de Schuppan na carreira foi com a equipa de fábrica da Rothmans Porsche, quando ele fez equipa com os americanos Hurley Haywood e Al Holbert para ganhar as 24 Horas de Le Mans de 1983 pilotando o Porsche 956. Esta vitória ficou conhecida pelo fumo que envolveu o carro vendedor quando ele cruzou a meta. Tinha partido o motor e conseguiu cruzar a linha de meta 17 segundos antes do segundo Porsche oficial de Ickx/Bell. Depois de vencer em Le Mans, Schuppan passou a participar e a ganhar no Campeonato Japonês de "Sport-Prototipos“ de 1983. Schuppan participou em três corridas das 500 milhas de Indianápolis. 1976 (onde ele ganhou o prémio Rookie of the Year), 1979 e 1981, com um melhor resultado de terceiro em 1981, pilotando um McLaren-Ford. Ao todo, ele iniciou 32 corridas na CART e no USAC Championship. Ganhou as corridas do Grande Prémio de Macau de 1974 e 1976. Com o apoio japonês, a Schuppan produziu carros legalmente modificados para poderem circular na rua tendo como base o Porsche 962. O primeiro, conhecido como o 962R e registado no Reino Unido como H726 LDP, reteve a carroçaria e o chassis original. Mais tarde, foi desenvolvida uma evolução do Porsche 962, chamada Schuppan 962CR, usando uma carroçaria diferente da do 962R. No então preço de 195 milhões de ienes (1,5 milhão de dólares), apenas seis foram construídos. A falha de pagamento de dois destes carros enviados para o Japão, juntamente com o alto custo de construção do carro e a recessão económica mundial, forçou Schuppan a declarar falência.Ano | Resultado | Nº | Carro | Pilotos |
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1973 | Abandono | 9 | Mirage M 6 | Mike Hailwood/John Watson/Vern Schuppan | 1974 | Abandono | 12 | Mirage GR 7 | Vern Schuppan/Reine Wisell | 1975 | 3º (3º Sport > 2000) | 10 | Mirage GR 8 | Vern Schuppan/Jean-Pierre Jaussaud | 1976 | 5º (4º GR. 6 > 2000) | 11 | Mirage GR 8 | Derek Bell/Vern Schuppan | 1977 | 2º (2º GR. 6 > 2000) | 10 | Mirage GR 8 | Vern Schuppan/Jean-Pierre Jarier | 1978 | 10º (5º GR. 6 > 2000) | 10 | Mirage M 9 | Vern Schuppan/Jacques Laffite/Sam Posey | 1979 | Não Classificado. | 11 | Mirage M 10 | Derek Bell/David Hobbs/Vern Schuppan | 1979 | Desclassificado | 10 | Mirage M 10 | Vern Schuppan/Jean-Pierre Jaussaud/David Hobbs | 1981 | 12º (2º GR. 6) | 12 | Porsche 936/81 | Hurley Haywood/Jochen Mass/Vern Schuppan | 1982 | 2º (2º GR. C) | 2 | Porsche 956 | Jochen Mass/Vern Schuppan | 1983 | 1º | 3 | Porsche 956 | Vern Schuppan/Hurley Haywood/Al Holbert | 1984 | 6º (6º C1) | 11 | Porsche 956 | Vern Schuppan/Alan Jones/Jean-Pierre Jarier | 1985 | Abandono | 3 | Porsche 962 C | Al Holbert/Vern Schuppan/John Watson | 1986 | Abandono | 3 | Porsche 962 C | Vern Schuppan/Drake Olson | 1986 | Abandono | 2 | Porsche 962 C | Jochen Mass/Bob Wollek/Vern Schuppan | 1987 | Abandono | 18 | Porsche 962 C | Jochen Mass/Bob Wollek/Vern Schuppan | 1988 | Abandono | 18 | Porsche 962 C | Bob Wollek/Sarel van der Merwe/Vern Schuppan | 1989 | 13º (10º C1) | 55 | Porsche 962 C | Vern Schuppan/Eje Elgh/Gary Brabham |
- Willi Kauhsen (1939/05/19)
Willi Kauhsen, ex-piloto oficial da Porsche e da Alfa Romeo, fundou a sua próproa equipa de Fórmula 2 em 1976 quando comprou o campeão de Fórmula 2, o Elf-Renault 2J. 1979 decidiu entrar na Fórmula 1 construindo os seus próprios chassis, o Kauhsen WK pilotado por Gianfranco Brancatelli participou nos treinos de GP de Espanha não se conseguindo qualificar, nova tentativa na Bélgica com o mesmo resultado. Depois de vários esforços para tornar o carro competitivo, Willi vendeu o projecto a Arturo Merzario, ao qual chamou de Merzario A2. O resultado foi também um fracasso, não se conseguindo qualificar nas suas 7 tentativas.Ano | Resultado | Nº | Carro | Pilotos |
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1969 | Abandono | 22 | Porsche 908 Lang Heck | Rudi Lins/Willi Kauhsen | 1970 | 2º (2º Sport 3000/5000) | 3 | Porsche 917 Lang Heck | Willi Kauhsen/Gérard Larrousse | 1971 | Abandono | 23 | Porsche 917/20 "The Pink Pig" | Reinhold Jöst/Willi Kauhsen |
- Yves Courage (1948/04/27)
Natural de Le Mans, Yves Courage começou a sua carreira de piloto em 1972, competindo em diversas competições de «hillclimbs» por toda década de 1970. Em 1980 ele ganhou mais de 80 «hillclimbs», incluindo em Mont-Dore. No entanto, em 1977, Yves Courage mudou-se para corridas de circuito, participando nas suas primeiras 24 Horas de Le Mans. Em 1981, juntamente com Jean-Philippe Grand, conseguiu terminar a prova e chegar à vitória no Índice de Eficiência Térmica. Com este sucesso, Yves decidiu fundar sua própria equipa, a Courage Compétition. Inicialmente construiu os Cougar, a partir de 1988 os seus protótipos foram renomeados de Courage. O ponto alto da carreira foi a quase vitória de um carro seu em 1995, quando o Courage C34 termina em segundo da geral. Em 2007 vendeu a sua equipa a Hugues de Chaunac, a actual Oreca.Ano | Resultado | Nº | Carro | Pilotos |
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1977 | Abandono | 63 | Porsche Carrera | Joël Laplacette/Yves Courage/Segolen | 1978 | Abandono | 65 | Porsche 930 | Antoine Salamin/Gerard Vial/Yves Courage/Joel Laplacette | 1980 | Abandono | 20 | Chevron B 36 | Jean-Philippe Grand/Yves Courage | 1981 | 18º (4º GR. 6) | 31 | Lola T 298 | Jean-Philippe Grand/Yves Courage | 1982 | Abandono | 35 | Cougar C 01 | Yves Courage/Jean-Philippe Grand/Michel Dubois | 1983 | Abandono | 13 | Cougar C 01B | Yves Courage/Michel Dubois/Alain de Cadenet | 1984 | Abandono | 13 | Cougar C 02 | Yves Courage/Michel Dubois/John Jellinek | 1985 | 20º (15º C1) | 13 | Cougar C 12 | Yves Courage/Alain de Cadenet/Jean-François Yvon | 1986 | 18º (11º C1) | 13 | Courage C12 | Pierre-Henri Raphanel/Alain de Cadenet/Yves Courage | 1987 | 3º (3º C1) | 13 | Cougar C 20 | Pierre-Henri Raphanel/Yves Courage/Hervé Regout |
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