1966 - Entram 12 Ford GT 40, nove abandonam, os 3 restantes todos modelo Mk II, obtêm o 1º, 2º e 3º lugares, a pole position e a melhor volta na corrida. Henry Ford II (neto de Henry Ford), que dera a largada, sorri satisfeito: provara a Enzo Ferrari que os seus carros poderiam derrotar os Ferrari.
- Esta foi a chegada mais disputada de Le Mans, com carros da mesma marca, o Ford Mk II de Chris Amon/ Bruce McLaren vence o carro de Denny Hulme/Ken Miles, por apenas 20 metros.
- Primeira participação da marca americana Chaparral na versão 2D. O criador e principal piloto era o Norte Americano Jim Hall que possui uma equipa de Fórmula CART, as principais características do carro eram o chassis construído em fibra de vidro (uma inovação) e a sua caixa de velocidades Hidramática.
- Primeira participação da Matra, com 3 carros do modelo M620/BRM, como pilotos surgiam os estreantes Henri Pescarolo e Jean-Pierre Jaussaud.
- Primeira participação do Belga Jacky Ickx e do Italo-Americano Mario Andretti.
- Primeira vitória também de um carro equipado com um motor V8.
- O Ford GT vencedor é o primeiro carro a alcançar a histórica marca dos 200 km/h de média, mais exactamente 201,795 km/h.
- Estreia do Porsche 906 também chamado de «Carrera 6» e obtém os 4º, 5º, 6º e 7º lugares.
- A prova deste ano ficou envolta em polémica, já que houve 2 vencedores, os morais e os oficiais, baseada num regulamento discutível em vários pontos de vista.
Hulme e Miles fizeram uma prova inteligente, comandaram em doze das 24 horas de prova e, devido ao avanço conquistado, reduziram um pouco a velocidade nas últimas horas. Isto permitiu a aproximação do segundo carro de Shelby, o de Amon e McLaren e, como a terceira posição era ainda pertença de outro Ford, de Holman Moody os responsáveis da Ford idealizaram uma chegada bombástica, em termos de publicidade: fazer os três carros cortarem a linha de chegada em formação - tipo V - o célebre V da vitória. Os carros 1 e 2 estavam na mesma volta, distânciados de muitas centenas de metros. A Miles-Hulme é sinalizado, das boxes, que reduza o andamento para esperar por Amon-McLaren e Bucknum-Hutcherson, e assim terminarem em formação. E terminaram. Com o carro 1 à frente, seguido do 2 e do 5. Veio então a «bronca»: a distância que separava o carro 1 do 2, à chegada, era inferior em vinte metros ao que os separava na linha de partida. Logo, logicamente, e por força de um regulamento próprio de Le Mans, ao fim de 24 horas de prova a equipa de Amon/McLaren tinha percorrido mais 20 metros que Hulme/Miles. E como a classificação era pela distância percorrida... Miles e Hulme não gostaram. Tinham reduzido o andamento por indicação superior das boxes e automaticamente acusaram os dirigentes da Ford de os terem posto no segundo lugar, pois que, pessoalmente, desconheciam essa «rábula» do regulamento. A Ford foi acusada de ter atraiçoado o seu piloto mais sacrificado, não ter reconhecido os seus desejos de vitória tripla de «endurance» (*) e ter procurado ganhos publicitários com os nomes de Chris Amon e Bruce McLaren, dois nomes muitos conhecidos mundialmente, da Fórmula 1, em prejuízo da melhor equipa. Muito se escreveu sobre o assunto e, ainda hoje, de concreto nada se sabe. Os responsáveis da Ford afirmaram não saberem de tal subtileza do regulamento e assim atiram a responsabilidade da decisão para cima da Organização. (*) - Daytona, Seabring e Le Mans. | |