Notas Soltas

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- Durante toda a noite (de quarta), os mecânicos da Cooke-Woods Racing trabalharam no carro e na quinta de manhã na pista de aviação local, mesmo ao lado das tribunas principais.
AutoSport (Portugal)


- Apos 6 min da 1ª hora o WM 82 pilotado por Boutsen perde o controlo e bate no rail direito atravessando a pista para o lado esquerdo onde foi colher 3 comissários com a traseira. Os comisários Thierry Mabilat faleceu a caminho do hospital, Serge David ficou com um braço amputado e sofreu uma fractura da clavícula e perna esquerda e Claude Heurtault com ferimentos na cabeça.
AutoSport (Portugal)


- O Rondeau de Lafosse bate no rail do lado direito após o rebentamento de um pneu e bate de novo nos rails do lado esquerdo onde Lafosse perde o capacete. O carro rodou algumas centenas de metros parando a 100 metros de um restaurante. Neste acidente os comissários Galienne e Hardy sofreram fracturas nas pernas, nisto Rondeau diz: «Se Jean-Louis estivesse ainda entre nós, teria sido o primeiro a incitar a continuar. Em sua memória, ele que foi sempre um lutador, vamos tentar ganhar».
AutoSport (Portugal)


- Na 5ª hora Joest embate no rail em Tertre Rouge, no embate perde uma roda, Joest durante muito tempo consegue colocar a roda e regressa às boxes em marcha muito lenta, tendo abandonado devido a consequências mecânicas resultantes do embate.
AutoSport (Portugal)


- Às 12 horas (21ª hora) o Porsche 936 de Mass pára nos esses Ford com uma deficiencia na bomba de combustível. Via rádio são dadas instruções ao piloto para reparar a avaria. Mais de meia hora depois o 936 chega às boxes em marcha lenta.
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- Do lado do motor, os primeiros testes foram feitos com os 12 cilindros de 4,9 litros e também surgiram muitos problemas de desenvolvimento. Em comum acordo, os irmãos Kremer e Bob Wollek decidiram montar na quinta-feira e, para a corrida, um motor de 5 litros. O resultado dificilmente foi mais brilhante. Na corrida, o trio Woolek-Lapeyre-Chasseuil ficou abandonou depois de lutar contra o carro, pois o carro estava instável!
L'Automobile


- Le Mans é uma corrida para especialistas, tal como o são os Grande Prémios de Fórmula 1 ou os ralis. Se Jacky Ickx pode ser apontado como um piloto típico de provas de resistência, à diversidade de pilotos presentes nesta edição de Le Mans parece querer desmentir este facto. Senão vejamos: este ano notava-se a presença de oito pilotos de Fórmula 1 - Ricardo Patrese, Eddie Cheever, Michele Alboretto, Patrick Tambay, Marc Surer, Beppe Gabianni, Jochen Mass e Jean-Pierre Jarier, estes dois últimos sem volante de Fórmula 1 no momento - e cinco pilotos de ralis - Bernard Darniche, Guy Fréquelin, Walter Rohrl, Jean Ragnotti e Jean Claude Andruet.
AutoSport (Portugal)


- Nos Rondeau, marca que cultiva o avanço tecnológico, foi instalado à esquerda do piloto um computador de bordo capaz de indicar em qualquer momento e em qualquer ponto do circuito a sua velocidade máxima instantânea, assim como fornbecer-lhes logo após completar-se cada volta e durante 17 segundos o seu tempo. Um rádio ligado a um receptor EGT inscrevia num «ecran», onde graficamente estava desenhado o circuito, todos os incidentes anunciados pela direcção de corrida ou pela sua «box», tais como acidentes, chuva, óleo, etc.
AutoSport (Portugal)


- Era de nove o número de antigos vencedores de Le Mans presentes sobre a linha de partida: Ickx vencedor em 1969, 75, 76 e 77, Henri Pescarolo (1972, 73 e 74), Jean-Pierre Jaussaud (1978 e 80), Derek Bell (1975 e 81), Jurgen Barth (1977), Hurley Haywood (1977), Bill e Don Whittington (1979) e Jean Rondeau (1980).
«Texto corrigido por Luis Santos»
AutoSport (Portugal)


- Ainda em relação à Porsche, conseguimos apurar que está a ser projectado no departamento de competição da marca alemã o grupo C que defenderá as cores da Porsche no próximo ano. Para esse projecto será tida em linha de conta a vitória do 936 este ano e em particular o motor que será conservado. A Porsche espera poder alinhar três carros do Grupo C nas próximas 24 Horas.
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- A Porsche festeja este ano o cinquentenário da sua existência, mas a sua presença em Le Mans teve outro significado: fazia 30 anos que Veuillet e Edmond Mouche haviam dado a primeira vitória (na classe) à porsche, precisamente no ano em que o construtor alemão se estreava nesta prova. Para comemorar esta efeméride, o doutor Ferry Porsche reuniu na sexta-feira num jantar, no restaurante «Le Relais du Cicero» em La Fleche, a simpática vila a 40 km de Le Mans, cerca de trinta mecânicos entre os que haviam participado naquela prova e os actuais, além do próprio Edmond Mouche um simpático cidadão de Le Mans, hoje com a bonita idade de 82 anos e que é um dos maiores entusiastas da Porsche que conhecemos.
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- Depois do desaparecimento de Charles Deutsch, o notável técnico que durante muitos anos foi director de prova das 24 Horas e também do grande Prémio do Mónaco, coube a Michel Martin a tarefa de, este ano, tomar a seu cargo a direcção da corrida. Martin, de 52 anos, faz parte há três anos da organização das 24 Horas e é comissário desportivo internacional de provas de resistência. Disputou vários ralis e foi companheiro de equipa de Fernand Tavano (condutor este ano do «pace car») num Tour de France ao volante de um Ferrari GTO. A partir de 1960 participou nalgumas edições das 24 Horas com AC Bristol, René-Bonnet, Fiat Abarth e Fiat Dino.
AutoSport (Portugal)


- Na tradicional conferência de imprensa que antecede as 24 Horas foram feitas algumas revelações em relação ao próximo Campeonato do Mundo de Resistência e aos novos Grupo B e C. Alain Bertaut, chefe de redacção da revista «Action Automobile», membro da organização das 24 Horas e também membro da Comissão da FISA encarregada de estudar o novo regulamento do Mundial de Resistência, anunciou que em 1982 haverá um máximo de 15 provas para os pilotos e 7 ou 8 para as Marcas, sendo 5 na Europa e 2 ou 3 além-mar. Neste momento, estão práticamente garantidas as provas de Monza, Le Mans, Silverstone e Nürburgring, dando-se como muito provável uma prova em Spa e outra no Japão. A participação americana está muito duvidosa na medida em que, segundo Alain Bertaut, os americanos querem impor o seu projecto de regulamento e não admitem, por exemplo, um controle de consumo.
Jean-Marie Balestre, presidente da FISA e também presente nesta conferência, anunciou que na quarta-feira anterior tivera em Paris uma reunião com os americanos e que é possível que se chegue a um acordo e haja não só uma prova nos Estados Unidos como a participação de americanos no campeonato. Em relação ao Japão, Balestre informou que fora contactado por três gransdes construtores daquele país interessados em participar no Mundial, além da Mazda que participa já regularmente. Embora Balestre nada tenha adiantado a esse respeito, pensa-se que esses três construtores são a Honda, a Toyota e provávelmente a Mitsubishi.
Por fim, Alain Bertaut relembrou que em 1982 o campeonato se destinará particularmente aos Grupos B (entre os grupos 3 e 4 actuais) e C (sem limite de cilindrada mas com reservatórios com uma capacidade máxima de 100 litros), mas, que num ano de transição e a título excepcional, serão admitidos apenas em 1982 carros de Grupos 2, 3, 4, 5 e 6 (2 litros).
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- Derek Bell era, evidentemente, um homem feliz depois desta segunda vitória em Le Mans. Feliz e duplamente agradecido. Em primeiro lugar grato ao irlandês Steve O'Rourke, dos Pink Floyd, de que já falámos anteriormente e com quem Derek Bell possui um contrato para guiar o seu BMW e que, quando soube do convite da Porsche, deu carta branca a Bell para aceitar a proposta. Agradecido ainda a Brian Redman por este lhe ter passado a «receita» para não partir o motor do seu 936. Em 1977 e 78 a Porsche teve vários êmbolos partidos nas Hunaudières devido ao esforço que aquelas peças são obrigadas a suportar durante cerca de um minuto no máximo do seu esforço. Segundo Redman, para evitar este problema, basta cortar gás frequentemente nesta recta e assim que o motor atinge as 7500 rpm, para que os êmbolos aguentem. Foi o que derek Bell fez, volta após volta.
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- No sábado de manhã, entre as 10 e as 13 horas, o pequeno aeródromo de Le Mans conheceu um tráfego superior ao do próprio aeroporto internacional de Orly. Durante cerca de três horas registou-se um movimento de duzentos aviões (mais de um por minuto) o que representa um acréscimo de 40% em relação ao ano passado. Com uma pista de 1400 metros de comprimento e um equipamento primário na torre de controlo, o aeródromo recebeu a visita de aviões de todos os tipos, desde monomotores, a jactos, a Fokker 27 de 48 lugares, a helicópteros e ao inevitável dirigível da Goodyear.
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- Trezentos bombeiros e 55 técnicos de uma marca de extintores espalhavam-se pelos 76 postos colocados de cada lado da pista num total de 27 quilómetros, garantindo a luta contra o incêndio.
Para a assistência médica foi montado um sistema composto por 30 equipas da Cruz Vermelha, Cruz Branca e Protecção Civil, que reunia 150 médicos, 600 socorristas, 50 reanimadores e 130 elementos de ambulâncias. Foram montados 16 postos de socorro ao longo do circuito e mais 12 postos operacionsis para os espectadores. Um hospital de campanha foi instalado na curva Ford, composto por 25 médicos, 90 socorristas e 35 ellementos de ambulâncias, em estado de alerta permanente, podendo tratar até 100 feridos.
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- O forte calor que se fez sentir em Le Mans e a predisposição das pessoas para comprar, fez surgir números de consumo como não se viam há vários anos. Assim, por exemplo, nos establecimentos Comod (Comptours Modernes) instalados no circuito, fritaram-se seis toneladas de batatas e venderam-se mais de 2 mil frangos, a tal ponto que foi necessário irem reabastecer-se ao entreposto da marca.
A Otis, marca de ascensores que patrocinava dois dos Rondeau, instalou uma «boutique» na Village do circuito. Muitas horas antes da corrida terminar teve que fechar a loja, pois só restavam as paredes e os balcões. Tinha vendido tudo. 1500 bonés, 1600 blusões e 800 «tee-shirts» entre outras coisas.
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