Resumo da corrida

Resumo da corrida

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Com uma volta nos treinos realizada a uma média de cerca de 250 km/h, a ediçáo de 1971 das 24 Horas de Le Mans atingiu o auge da história desta prova: efectuaram-se mais de 5300 km numa volta de relógo, um recorde que se mantém imbatível.
 

Apesar de não ser um valor validado oficialmente, o Porsche 917 de cauda longa do britânico Jackie Oliver teria sido cronometrado a 395 km/h na recta de Hunaudières. Foi preciso esperar por 1988 e pelo WM de Roger Dorchy para se registar uma velocidade de ponta superior (405 km/h). Em 1971, além de se terem batido todos os recordes de distância e de velocidade, estes não passaram, na sua maioria, desse mesmo dia. Senão, vejamos: recorde absoluto de distância com 5335 km, ou seja, uma média de mais de 222 km/h, uma média de mais de 250 km/h nos treinos (Pedro Rodriguez), e recorde absoluto com mais de 244 km/n em prova (Jackie Oliver)... Estes valores dizem bastante sobre as prestações surpreendentes oferecidas pelas máquinas, e isto há mais de trinta e cinco anos! É verdade que estes recordes dificilmente poderiam voltar a ser batidos por causa das modificações do traçado (oito depois de 1971), nomeadamente as duas chicanas na Hunaudières construídas para a edição de 1991, mas não deixam de ser a prova da grande corrida ao armamento que teve lugar nessa época. O ACO (Automobile Club de l'Ouest) apercebeu-se perfeitamente disso, pois, a partir do ano seguinte, sob a direcção da FIA (Federação Internacional do Automóvel), limitou a cilindrada da categoria Sport (prototipos) aos 3 litros em vez dos 5 de 1971. Nada parecia portanto poder contrariar a Porsche decidida impor-se pela segunda vez em Le Mans. Com efeito, a Ferrari tinha abandonado os seus ainda recentes 512 e o desenvolvimento do 512 M parou em proveito do novo 312PB. Como a Suderia Ferrari se absteve oficialmente, foram as equipas privadas que fizeram alinhar os 512 M em segredo, e, com as reviravoltas tão próprias de Le Mans, ninguém sabia verdadeiramente qual iria ganhar, os carros alemães ou os italianos (os mais velozes alinhavam pelas equipas americanas). Gerindo na perfeição o seu andamento, o 917 K (de cauda curta) da equipa Martini terminou apenas duas voltas à frente do de John Wyer, mas a Ferrari não perdeu a face subindo ao terceiro degrau do pódio. No entanto, o que mais chamou a atenção dos observadores foi o tiro conjunto certeiro dos «pequenos» 911 S. A diferença de velocidade de ponta entre as categorias GT e S foi impressionante, mas a regularidade, a eficácia e a fiabilidade de um carro já mÍtico no espírito dos fãs mostraram-se compensadoras. Depois do seu desempenho em La Sarthe, os 911 S foram definitivamente adoptados por todos os apaixonados dos roteiros desportivos.

Lendas de Le Mans
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