Resumo da corrida

Resumo da corrida

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Em 1934, a Alfa Romeo venceu pela última vez. Foi um ano que marcou o fim das vitórias em série. Depois da Lorraine-Dietrich em 1925 e 1926, da Bentley de 1927 a 1930, a Alfa Romeo venceu as edições de 1931 a 1934. Mas o carro dos vencedores desta edição estava pintado de... azul!
 

Se por um lado, a 12.ª edição das 24 Horas de Le Mans - à parte dos Alfa Romeo que todos sabiam intocáveis - não trouxe nenhum automóvel capaz de espantar, na lista dos inscritos apareciam muitas marcas hoje já desaparecidas. Além dos aficionados, quem se lembra dos Riley, Singer, Amilcar, Rally, Tracta e Derby?

Para mais, Charles Faroux e Georges Durand passaram a ter a certeza de que ao abrirem a prova às equipas privadas garantiram a perpetuidade da corrida. Além das fábricas - a Societé des Automobiles Riley que inscreveu quatro carros, da Aston Martin Cars Ltd com três veículos, da Société des Automobiles Singer ou de Jean-Albert Grégoire (Tracta) que levaram dois bólides cada - os outros trinta e três participantes eram concorrentes privados.

Perante o entusiasmo esperado, o Automobile-Club de l'Ouest (ACO) continuou a melhorar as infra-estruturas. Acrescentaram as tribunas, as boxes e a cidade apresentava mais do que nunca o aspecto de uma imensa festa popular. O público vinha de cada vez mais longe para assistir àquela que já se começava denominar «a corrida implacável». E era mesmo assim: pouco depois de uma hora de corrida, o herói da edição de 1933, Raymond Sommer, teve de abandonar o seu Alfa Romeo 8C de compressor depois de uma paragem forçada: um incêndio parou nitidamente o nº 7 depois de um despiste nas valas de Arnage. Com apenas quatro italianos 8CM inscritos, só um acontecimento imprevisível lhes poderia tirar a vitória. Sommer saiu da pista, o Alfa de Clifford/Saunders Davies gripou o motor pouco depois. Como a fábrica não alinhara oficialmente, foi o 8C 2300 MM de Chinetti/Etancelin que passou em primeiro pela linha de chegada. Propriedade do corredor francês, estava pintado com o azul da França e não com o vermelho da ltália. lsso não evitou que o carro do vencedor tivesse percorrido cerca de 3150 km em vinte e quatro horas. Neste ano de 1934, foram menos 258 km, ou seja dezanove voltas! A prova não deixou de ser estimulante, pois, à chegada, apenas sete voltas separavam o terceiro do nono. Os espectadores presentes deliraram com o combate cerrado entre os pequenos Riley de 1500 cc ou de 1100 cc, os Singer de 1500 cc e o MG de 1100 cc. Na verdade, poucos estavam em condições de dar tanta luta aos Alfa com compressores e 2300 cc ou aos Bugatti de 3 litros. Evidentemente, seria necessário esperar pelo fim da supremacia dos Alfa em 1935.


Lendas de Le Mans
Planeta de Agostini
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