Resumo da corrida

Resumo da corrida

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Na vigésima sexta edição das 24 Horas de Le Mans, os Jaguar D eram os favoritos, depois das cinco vitórias da marca de Coventry, com três nos anos imediatamente precedentes. No entanto, foram os carros italianos que brilharam na prova.
 

A presentaram-se na partida muitos pilotos já conhecidos e outros que se preparavam para forjar um palmarés de ouro: Stirling Moss, Jack Brabham, Roy Salvadori e Maurice Trintignant da Aston Martin, lvor Bueb e Duncan Hamilton da Jaguar ou Mike Hawthorn, Phil Hill, Olivier Gendebien e Dan Gurney da Ferrari. Se as condições climatéricas fossem as melhores em La Sarthe nos dias 21 e 22 de Junho de 1958, era mais que certo que se bateriam recordes, porque muitas das equipas e concorrentes já conheciam como a palma das mãos as particularidades de uma corrida de vinte e quatro horas.

O novo regulamento proibia os motores com mais de 3 litros de cilindrada e, curiosamente, ficou demonstrado que o novo Jaguar de 2.9 litros era mais fraco que os antigos 3.4 e 3.8 litros. Se, por um lado, a Jaguar assistiu ao seu desabamento, o Ferrari nº 14 liderou a corrida durante quase vinte e duas horas, acossado pelos seus rivais. Oito dos onze Testa Rossa inscritos, abandonaram. Lançado em 1956, o Ferrari 250 TR (de Testa Rossa), motorizado com um V12 de 3 litros, viu-se obrigado a travar uma luta encarniçada. O nº 14 da Scuderia de Olivier Gendebien e de Phil Hill acabaram por chegar primeiro que o Aston Martin DB3 S dos irmãos Whitehead. Mas também os Porsche mostraram pela primeira vez a sua verdadeira força, apoderando-se dos 3º,4º e 5º lugares da classificação geral. Quanto ao índice do desempenho, o DB Panhard mostrou-se bastante apagado diante dos Osca italianos. Aliás, as fontes contradizem-se porque a ACO (Automobile Club de l'Ouest) classificou o Osca Sport nº42 de Colin Davis/Alejandro de Tomaso na 11ªa posição da classificação geral (primeiro no índice do desempenho) e em 4º lugar (quarto no índice de desempenho) o Osca nº41. Outras classificações indicam o contrário e a incerteza instalou-se entre o público e os pilotos. Equipados com um motor de 750 cc, os Osca 749 S4 eram automóveis minúsculos, extremamente baixos e soberbamente perfilados com um apoio para a cabeça que se prolongava sobre o capot à maneira do aileron dos Jaguar D. Foram portanto duas marcas italianas - a Ferrari na classificação geral e a Osca no índice do desempenho - que colheram os louros.

No que respeita às estatísticas, são de notar dois factos curiosos. Foi em 1958 que os vencedores, Phil Hill e Olivier Gendebien, se juntaram pela primeira vez. Ganharam a corrida mais duas vezes. Com uma primeira participação em 1953 e a última em 1973, o americano Phil Hill ganhou três vezes (com Gendebien) e abandonou em todas as outras edições.


Lendas de Le Mans
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