Resumo da corrida

Resumo da corrida

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A partir de 1960, a Ferrari empreendeu uma extraordinária série de seis vitórias consecutivas em Le Mans. É necessário dizer que, nesse ano, cerca de vinte cinco por cento dos concorrentes conduziam carros do «Cavallino Rampante».
 

Durante os ensaios, contaram-se seis modelos de Maranello entre os sete primeiros, mas a melhor cronometragem coube ao Jaguar E Protótipo E2A de carroçaria de alumínio e motor de 3 litros. Mas o seu motor deixou-o ficar mal à décima hora. O obstinado Briggs Cunningham lançou a vista à Jaguar e inscreveu este Tipo E e mais três Chevrolet Corvette. Depois de bater o recorde da volta mais rápida ao volante do seu Maserati Tipo 68, o americano Masten Gregory foi forçado a abandonar, tal como os seus dois consórcios: as borrascas que se abateram sobre La Sarthe no sábado à tarde deram cabo dos circuitos eléctricos dos Maserati. Particularmente velozes (um T61 foi cronometrado a mais de 270 km/n na recta de Hunaudières), a sua oposição aos adversários foi sol de pouca dura. Mas se todos esperavam ver os Ferrari no pódio, as dúvidas não tardaram a instalar-se. Com efeito, mesmo equipados com uma caixa de velocidades de seis relações, os quatro Testa Rossa inscritos pela Scuderia mostraram-se mais sedentos que o costume. O n.º 9 de Wolfgang von Trips/Phil Hill pilotado pelo primeiro dos dois, e o n.º 12 de Ludovico Scarfiotti (que fazia equipa com Pedro Rodriguez) pararam mesmo antes da sua primeira rendição, vítimas de falta de combustível! Ao cair da noite, com a permanência da chuva, a Ferrari não deixava de conduzir a dança, tendo como maestro o TR 60 n.º 11 dos belgas Paul Frère e Olivier Gendebien. O sol voltou a aparecer de manhã, mas as posições dianteiras mantinham-se na mesma. Ricardo Rodriguez (na altura com apenas 18 anos) não conseguiu vingar a honra do seu irmão mais velho. Terminou em segundo a quatro voltas do duo belga, enquanto Roy Salvadori e Jim Clark levaram o seu Aston Martin ao 3.º lugar do pódio, impedindo o triunfo absoluto da Ferrari que colocou mesmo assim seis carros entre os sete primeiros. E o reinado italiano estava só a começar... O DB Panhard de Paul Armagnac e Gérard Laureau venceu no índice de desempenho, e Briggs Cunningham, que chegou esperançado em classificar-se com alguma honra apesar do abandono do seu Jaguar, viu o Chevrolet Corvette de John Fitch e Bob Grossman terminar em 8.º da classificação geral e vencer a categoria GT dos 4000 a 5000 cc. O ano seguinte revelará duas lendas: primeiro a Ferrari, que se tornará cada vez mais imbatÍvel, e sobretudo os irmãos Pedro e Ricardo Rodriguez, que puderam finalmente correr em equipa e mostrar a sua classe fora do comum nas 24 Horas de Le Mans diante o mundo inteiro.

Lendas de Le Mans
Planeta de Agostini
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