Resumo da corrida

Resumo da corrida

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Depois do festival Ferrari do ano anterior, a edição de 1961 das 24 Horas de Le Mans prometia ser um «remake». Efectivamente, a Aston Martin e a Maserati apresentavam-se como «outsiders», enquanto os pilotos de maior prestígio se aglomeravam nas fileiras da
 

Na verdade, logo a partir dos treinos, todos esperavam que a marca do Cavallino Rampante dominasse a prova. Mas os motores V12 de 3 litros dos TR 61 cederiam a pole position ao «pequeno» V6 de 2.5 litros inscrito pela fábrica de Maranello e confiado ao duo anglo-alemão Richie Ginther/Wolfgang von Trips. Convém acrescentar que este 256 SP beneficiou dos últimos melhoramentos introduzidos na Fórmula 1, como o motor em posição central, e que os seus pilotos eram muito rápidos! Mas o que manteve o público na expectativa durante as vinte e quatro horas foi o espantoso duelo entre os Testa Rossa 61 dos irmãos Rodriguez e de Olivier Gendebien/Phil Hill. Finalmente reunidos na mesma equipa, Pedro e Ricardo Rodriguez, com 19 e 21 anos, travaram uma luta impiedosa com Olivier Gendebien, o aristocrata, e Phil Hill, o anti-herói. Detentores do recorde da volta mais rápida a uma média de 200 km/h, Ricardo e o irmão fizeram tudo durante praticamente toda a corrida, para se distanciarem dos seus rivais. Mas o dueto americano-belga, que formava um par ideal, conseguiu aliar velocidade respeito pela mecânica e acabou por superá-los. O seu Testa Rossa n.º 10, guiado com um conhecimento do circuito perfeitalnente dominado, levou-os à vitória. Pelo contrário, o dos mexicanos rendeu-se duas horas antes de baixar a bandeira axadrezada. Um pouco antes, o 256 SP abandonou com falta de combustível quando se encontrava na segunda posição da classificação geral.

No final, o outro TR 61 de Willy Mairesse e Michael Parkers terminou a menos de três horas dos vencedores, enquanto um GT se deu ao luxo de completar o pódio. É de assinalar que Pierre Noblet e Jean Guichet assimilaram na perfeição as exigências do circuito de La Sarthe e compÍetaram o pódio 100% Ferrari que não encontrou muitas dificuldades para se impor face a uma concorrência que, aparentemente, desistira da luta mesmo antes da partida. Quanto à Maserati, o balanço foi bastante melhor que o de 1960, pois Briggs Cunningham conseguiu colocar um dos seus três carros em quarto lugar, e o que pilotou em parceria com Bill Kimberley ficou em oitavo. Finalmente, Gérard Laureau venceu mais uma vez a classificação no índice de desempenho, ao volante de um DB HBR 4, com um motor Panhard de 700 cc.


Lendas de Le Mans
Planeta de Agostini
Luis Santos
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