Resumo da corrida

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Depois das vitórias nos dois anos precedentes e dada a ausência de adversários à altura, a Matra teve de vencer mais uma vez. Com efeito, a Ferrari renunciou e apenas a Porsche e a Gulf-Ford poderiam contrariaï a equipa francesa.
 

Há atitudes que têm obrigatoriamente de serem tomadas, mesmo se antes tudo correu bem. A meio da noite, os dirigentes da Matra, conduzidos por Gérard Ducarouge, viram-se obrigados a olharem as coisas de frente. Com efeito, apenas o nº 7 de Pescarolo e Larrousse pareciam poder chegar a algum lado. Os dois outros carros (o novo 680 de Jarier//Beltoise e o 670 B de Dolheim/Jaussaud/Wollek) abandonaram com o motor gripado e o quarto Matra de Migualt/Jabouille foi vítima de um sobreaquecimento. No entanto, ao princípio, tudo correu bem aos quatro Matra, que ocuparam os quatro primeiros lugares em apenas quinze minutos. A Ligier, Gulf-Ford e a Porsche mantiveram-se na expectativa, porque sabiam que não podiam rivalizar em eficácia pura e que só um incidente dos carros da frente os deixaria mostrar as garras. Os observadores repararam que a marca de Stuttgart introduzira pela primeira vez um motor turbocomprimido, e a japonesa Mazda aparecia pela segunda vez com um carro com um motor de 2.3 litros que não seria qualificado.

Quando o MS680 abandonou a boxe depois de um reabastecimento cerca das 19h30m, Jarier, que se encontrava na segunda posição, levou com o Carrera nº 68 do team Kremer, que arrancou ignorando a informação do comissário da boxe. O nº 6 foi obrigado a cumprir uma volta devagar para substituir depois os elementos estragados (capot dianteiro, travão dianteiro direito, barra antibalanceio). Os mecânicos demoraram uma hora a arranjar o carro e o Matra voltou a partir longe dos líderes da prova. Depois de uma série de pequenos dissabores no clã francês, no domingo de manhã, o Matra de Pesacarolo e Larrousse seguiam à frente do único sobrevivente dos dois Porsche turbo de Van Lennep e Müller e do segundo 670 B de Jabouille e Migault. Nesta altura, dez voltas separavam cada um dos três automóveis, ou seja, cerca de quarenta minutos, o que deixava uma margem bastante confortável no fim da manhã. O golpe de teatro teve lugar quando Pescarolo entrou nas boxes devagar por causa de uma avaria na caixa de velocidades. Os mecânicos deram mostras de uma grande capacidade, substituindo-a em quarenta e nove minutos, quando o normal é demorar uma hora.
Às 11h e 48m exactamente, o nº 7 regressou à pista com apenas meia volta de avanço sobre o Porsche turbo nº 22, que lhe bastou para terminar com seis voltas de avanço sobre o alemão. O Matra nº 9 completou o pódio com pilotos que não tiraram os olhos nem do manómetro da temperatura da água nem da pista.

No ano seguinte, a Matra não esteve presente, a Gulf-Ford impôs o motor Ford Cosworth e os Porsche Carrera RSR surgiram em grande número.


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