Resumo da corrida

Resumo da corrida

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A Renault foi a Le Mans pela quarta vez consecutiva e sabia que sua entrada já programada na Fórmula 1 iria obrigá-la a uma dedicação a cem por cento. Assim sendo, a Régie presisava imperiosamente de uma vitória em La Sarthe.
 

Depois de 1975, os duelos em Le Mans ofereceram espectáculos de uma grande beleza, e este novo confronto entre a Porsche e a Renault não fugiria à regra, apesar de Stuttgart ter inscrito apenas vinte dos cinquenta e cinco bólides da marca participantes. A Alpine vitoriosa ultrapassaria até a fasquia dos 5000 km, o que já não acontecia desde 1967 com o Ford MKIV de Gurney/Foyt. e 1971 com o Porsche 917K de Marko/Van Lennep. Além dos dois A 442 oficiais e do «oficioso» com as cores do transportador Calberson, a Alpine também inscreveu um A 443. Conduzido por dois pilotos de ponta, Patrick Depailler e Jean-Pierre Jabouille, viu a sua cilindrada subir para os 2 litros (ou seja, 2,8 litros em dados corrigidos por causa do turbo) para os 2140 cc ou 3 litros retidos. Este spider possuía igualmente dimensões ligeiramente superiores ao seu irmão mais novo, uma aerodinâmica retrabalhada com uma bolha que fechava quase todo o habitáculo. Infelizmente, teve de ser retirada na manhã de domingo e manteve-se até esse dia como o único A 443 assim construído.

A Ferrari atravessava um período sombrio com apenas um 365 GT4 inscrito pela NART. Terminou em décimo sexto, a cerca de 1500 km dos vencedores.

Jean Rondeau, por seu lado, que colocou o seu M 378 no nono lugar da geral, mas que, sobretudo, venceu mais uma vez a categoria GTB pôde desenvolver alguma técnica para os anos seguintes. A Porsche apresentou o indescritível Moby Dick: um 935 sobrevitaminado de 750 CV. A sua homologação foi particularmente controversa e Manfred Schurti e Rolf Stommelen estiveram prestes a ser afastados da prova. Salvou-os o representante de Stuttgart, Jürgen Barth, ao apresentar uma série de documentos que conseguiram convencer os comissários. Contudo, as linhas deste 935 estavam bem longe das do 911 que, supostamente, estaria na sua origem. Durante os treinos, rodou dezasseis segundos mais depressa que o segundo melhor dos carros inscritos no Grupo V! Com o terceiro lugar nos treinos, serviu de lebre, mas não conseguiu o papel que se esperava dele por causa de um consumo que o obrigava a reabastecer de 40 em 40 minutos. A Alpine conseguiu retirar-se com a honra intacta, a Porsche Martini completou o pódio com os seus 936, e o A 442 semiprivado de Calberson, que ficou em quarto, ameaçou os carros alemães até ao fim.


Lendas de Le Mans
Planeta de Agostini
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