Resumo da corrida

Resumo da corrida

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Dos quarenta e oito carros presentes na greïha de partida, só se qualificaram dose. Deveria ter sido um festival Jaguar, detentor do título, mas o trio Bell/Stuck/Holbert deu uma última vitória quase inesperada ao Porsche 962.
 

Uma pequena parte do percurso das 24 Horas de Le Mans reproduz uma porção do circuito Bugatti, utilizado nomeadamente em provas de motociclismo. A curva Dunlop foi abrandada por uma esquerda-direita muito apertada por causa da passagem das motos cada vez mais perturbante, deixando adivinhar um drama em caso de queda. Foi neste circuito encurtado em 91 metros que se lançaram os 48 automóveis. Só restavam cinco à chegada, dos quais três não seriam classificados por terem percorrido uma distância insuficiente. No fim da primeira hora, o XJR-8 de Cheever/Boesel/Lammers seguia à cabeça. Tratava-se de uma quase surpresa para muitos, mas a Jaguar beneficiou de um número incalculável de motores gripados que dizimaram as fileiras da Porsche, expulsando da prova os dois 962 C da Joest Racing e o nº 10 da Porsche Kremer Racing. O nº 11 dos irmãos alemães também partiu mal, situando-se na vigésima sétima posição às 17 horas, mas esforçou-se logo de seguida para terminar no quarto lugar da classificação geral, uma coisa que ninguém previra. O Cougar de Raphanel/Courage/Regout também conseguiu entusiasmar o público subindo inexoravelmente do décimo segundo lugar para o pódio final. É necessário reconhecer que os espectadores do mundo inteiro tiveram direito à sua dose de suspense, e os louros do espectáculo calharam sem margem para dúvidas à equipa Laessig/Yver/De Dryver, que passou do vigésimo para o sétimo lugar entre as 17 e as 18 horasl Sem perder forças, o 962C Primagaz nº 72 colocou-se virtualmente no segundo lugar do pódio às 8 horas da manhã de domingo, posição que validou quando baixou p bandeira axadrezada. Mas Derek Bell, Hans Sutck e Al Holbert realizaram uma proeza histórica, levando uma equipa de três homens duas vezes seguidas à vitória. Este novo sucesso de 1987 conseguiu-se depois de uma luta encarniçada contra os três Jaguar XJR-8, cujas hostes foram arrasadas por este ritmo infernal. Com uma última vitória da Porsche no Grupo C, que era a sétima consecutiva num total de doze, tornou-se estatisticamente improvável que a série pudesse continuar. Em 1988, a Jaguar havia de tirar partido dos cálculos matemáticos para pôr um fim a uma hegemonia que ficará gravada em letras de ouro no grande livro das provas de resistência.

Lendas de Le Mans
Planeta de Agostini
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