Resumo da corrida

Resumo da corrida

Previous 1988  1990 Next

A quinquagésima sétima edição das 24 Horas de Le Mans foi uma das mais rápidas, pois os seis prÍmeiros carros a cortarem a meta superaram a fasquia dos 5000 km!
 

Os Ingleses vieram mais uma vez em massa para assistirem a um novo sucesso da sua marca fetiche. No entanto, a decepção não tardou, pois os quatro Jaguar XJR-9 Silk-Cut depressa sofreram, uns a seguir aos outros, vários incidentes. Mas o espectáculo manteve-se na pista com nomes particularmente apreciados pelos fãs das provas de resistência: Mercedes, Porsche, Cougar... A fábrica de Stuttgart não se apresentou oficialmente, mas ajudou a Joest Racing e os seus três 962 C, também utilizados pela Brun Motorsport e pela Kremer Racing. Os Japoneses apareceram em força com três Toyota do Team Tom's (dois 89 CV e um 88 C), três Nissan R 89 C oficiais e três Mazda 767 B de motor rotativo da Mazdaspeed.

Estes três carros vieram acirrar o fogo entre as fileiras dos favoritos: inscritos na categoria IMSA, conseguiram os sétimo, nono e décimo segundo lugares na classificação geral. Houve quem os encarasse como vencedores potenciais das edições seguintes e, dois anos mais tarde, a história confirmaria o palpite. A superioridade da Porsche, que não tivera praticamente oposição desde 1981, já tinha sido ameaçada pela Jaguar em 1988. Nesse ano, o golpe desferido pelos Sauber-Mercedes foi duro. Mesmo sem direito a um lugar no pódio, o XJR-9 de Lammers/Tambay /Gilbert-Scott tragou mais de 5100 km em duas voltas de relógio. Mas o C9 nº 63 esteve perto dos 5300 km, aproximando-se assim do recorde absoluto de distância de 5335,313 conseguido pelo Porscne 917 de Van Lennep/Marko em 1971. Durante os ensaios, Jean-Louis Schlesser foi cronometrado em 400 km/h na recta de Hunaudières e, a partir de então, a aposta das flechas de prata parecia correr bem: conseguiriam os C9 aguentar-se? Na curva Dunlop, mesmo depois da partida, Mauro Baldi entrou a liderar seguido pelo outro C9 e por dois XJR-9. Mas depressa o porscne 962 C de Stuck/Wollek assumiu o comando e conservou-o até meio da noite, enquanto na segunda hora o Sauber nº 63 parou na box para voltar a partir na vigésima posição! Seguiu-se uma escalada inexorável e, de madrugada, passou para a liderança da prova para nunca mais a largar. Com um segundo ano «negativo» para a Porsche, foi relançado o interesse das 24 Horas de Le Mans.


Lendas de Le Mans
Planeta de Agostini
Facebook