Resumo da corrida

Resumo da corrida

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Numa época em que o turbo já reinava em absoluto, a Jaguar conseguiu uma dobradinha com motores atmosféricos. A Toyota e a Nissan estavam presentes, enquanto quinze motores turbo seguiram de perto os felinos ingleses na classificação.
 

Por causa das velocidades cada vez mais assombrosas atingidas pelos bólides na recta de Hunaudières, a FISA (Federação Internacional do Desporto - Sport - Automóvel) exigiu que se dispusessem aí duas chicanes. Denominadas, respectivamente, «Chicana Toyota» e «Chicana Carte S», tornaram-se uma caução de segurança, o que irritou alguns pilotos nessa altura e, ainda hoje, há quem continue a protestar contra a modificação deste circuito mítico. Mas, pouco a pouco, todos os antigos intervenientes acabaram por concordar que essa adaptação à modernidade não interferia no espírito da prova. A própria corrida sempre foi palco de muitas alterações, e os que se baseiam na posição das primeiras horas para prognosticar a ordem à chegada costumam enganar-se.

Nesta edição, foi o que aconteceu logo na primeira volta: o Nissan R90 oficial nº 25 de Grouillard/Achesson/Donnelly, que ocupava a quinta posição na grelha de partida, não conseguiu sequer terminar. Se o Jaguar vitorioso correu sempre entre os cinco primeiros, o mesmo não aconteceu ao nº 2 que partiu na sétima posição, enquanto o Porsche 962C que terminou no pódio era décimo quinto no fim da primeira hora da corrida. Quanto ao Brun Motorsport situado quase sempre na segunda posição ao longo da prova, foi obrigado a desistir dez minutos antes da meta quando tinha assegurado o segundo lugar do pódio!

A edição de 1990 faz parte dos raros anos em que se conseguiu manter o suspense, pois a prova teve nada menos do que trinta líderes. Entre os carros japoneses presentes, correram sete Nissan que esperavam abalar a hegemonia europeia, histórica em La Sarthe. Mas quando se encontrava no trio que comandava a prova, o nº 24 pilotado por Brancatelli, que liderava no fim da primeira hora, teve de discutir o comando com o Jaguar nº 1 e o Porsche 962C nº 16. Cerca das 20h30m, à entrada da curva Dunlop, engalfinhou-se com o Toyota nº 37 de Suzuki, provocando o seu abandono e perdendo três lugares no acidente. Como facto muito raro, o primeiro carro não C1 ficou na vigésima posição. Tratava-se do Mazda 761 B da GTP nº 203 que se adiantou num lugar ao spice 89 C (C2) nº 116.


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