Resumo da corrida

Resumo da corrida

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Os carros que realizaram os melhores tempos nos ensaios não se situaram à cabeça na grelha de partida, pois reservaram-se estes lugares à categoria C1. A história também guardou a única vitória de um motor Wankel nas 24 Horas de Le Mans.
 

Nesse ano, a história pôde guardar grandes acontecimentos em La Sarthe! A começar por uma enorme infra-estrutura erguida da terra, de concepção inédita, repercutindo-se nas boxes de reabastecimento incorporadas num módulo desportivo. A prova voltou a ser integrada no campeonato do mundo, ao mesmo tempo que apareciam os novos Sport 3.5 litros na categoria C1. Muito próximos da Fórmula 1, onde pediram emprestados, amiúde, os motores, estes carros foram acolhidos pela FIA (Federação lnternacional Automóvel). Em 1991, coabitaram os antigos Grupo C e os novos 3.5 litros atmosféricos, dos quais fazia parte o novo Peugeot 905. Em teoria, as forças em presença deixavam antever confrontos excitantes. A favorita Mercedes apresentou-se com três C11 que comprovaram serem tão fiáveis quanto rápidos no ano anterior ao consagrarem-se campeões do mundo. E, tanto mais, que se encontravam nas equipas Jean-Louis Schelesser, «mestre-piloto ex-Sauber», e um certo Michael Schumacher que correu nos treinos em 3:35.56. O mesmo tom na Jaguar, que deixou de lado as suas novas jóias, os XJR-14, inscrevendo os XJR-12 tidos como muito mais fiáveis. A presença da Peugeot com os seus 905 Sport não passou logicamente despercebida, já que a marca dera provas de um profissionalismo fora do comum nos rallies. Um certo Jean Todt não era um desconhecido... As apostas corriam a favor de uma eventual vitória do leão em La Sarthe, ainda por cima com o nº 6 do trio Rosberg/Raphanel/Dalmas a comandar a primeira hora da corrida. Mas o primeiro lugar do pódio acabaria nas mãos de um outsider. Com efeito, a Mazda, que aplicara numerosas evoluções aos seus 787B quadrirotor foi a primeira marca não-europeia e não-norte-americana a vencer as 24 Horas de Le Mans (um autêntico triunfo para o Japão!) e o único carro equipado com um motor de pistões rotativos. Mesmo com apenas doze participantes à chegada, ficou-nos a extraordinárÍa recuperação dos vencedores que, na décima primeira posição no final da primeira hora, assumiram a liderança no começo da parte da tarde. Os que se encontravam no circuito em 1991 guardam a lembrança emocionante do som espantoso do quadrirotor R26B da Mazda.

Lendas de Le Mans
Planeta de Agostini
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